Coleção pessoal de folhasmortas1

Encontrados 5 pensamentos na coleção de folhasmortas1

Ouvi quase já sem som
A tua mensagem já sem dor
Refleti com atenção
Por todos os momentos tristes
Que hoje sem escolha
A natureza te faz presente

É tanta dor sentida sem t abraçar
Lágrimas deslizaram o meu rosto
Sem que percebesses

Teu amor
Tua paixão
Não impediu o ombro invisível
Também chorei e sofri com dor a tua solidão
Como parte de um anónimo

Em vida queremos o melhor e maior
Não cantei victória
Não existe derrota
Apenas a dor de pesar
Quando sem querer
Chega o inesperado

Tua dor
Eu não sei retratar
Tua solidão
Tua interrogação

Apenas sei o quão dificil é
Oh Gita menina
Com carinho no olhar
Passos firmes na dor
Um destino
Vencer obstáculos
Tuas conquistas hj
É alegria de um anónimo marcado no tempo

FOLHAS em: é sempre dor

SOU UMA MENINA NEGRA NA COR

A aurora chega trémula no tom, quebrando meu silêncio cansado
Tristeza no olhar, mas tenho que levantar
Já é manhã cedo
Desço a Avenida, tropeçando na calçada sem nível

Atravesso sob o olhar fixo do farol
Único que não vê em mim, a menina negra que sou
Nada dificulta ser pontual para servir

É já ali, onde tudo começa
Vidros, janelas, portas, escadas e gente
Perguntas no olhar, silêncio na fala
Minha incerteza aconselha-me a desistir

Quero esquecer toda diferença e terminar minha caminhada
Sou mais uma menina negra na cor
Semelhante no rácio
Hábitos que divergem com dedo na cor, eu sei
Meu andar é compatível
Penso correr para bem longe e chorar
Acabo sozinha bem perto daqui

No corredor cínico que dá esperança de vida
Vozes simpáticas na cor pra me animar
Quando canta o galo na rocinha
Menina sem tecto, tristeza na cor
É cor na actitude que ensina
É cor na companheira de sala, eu sei
Distante dos meus, vou resistir

Menina negra na cor, eu sou
Não vou desistir
Esperança na raça, eu tenho sem cor.

«RGomes«folhas c.v. morta

37 anos depois

Tire o seu racismo do meu caminho
Porque eu quero passar com a minha cor negra
Passar com a minha cultura
Passar com a minha gente
Passar com o meu desprezado desenvolvimento
Mostrando com um sinal, a tua fraqueza
Mostrar pra você que sempre voltarás
Em busca do pão, que só a pérola de África produz.

Angola

RG...(Folhas C. V. Morta)

Não beleza no gênero
Não luz nas trevas

Não som no silêncio
Não côr na raça

Não beleza no charme
Não segregação no convívio

Não compensação no amor

Não dor na felicidade

Não cínismo no sentimento
Não madrugue sem noite

Não continue sem fé
Não me esqueça na vingança

Não vá sem sinal
Não sofra sem argumentos

Não julgue na inocência
Não corra no desespero

Não Não Não
Não pare de querer me amar...

FOLHAS em O Não Das Situações

Acordei caçado em ti
De corpo virado e alma solta ao vento
Recordações leves do teu último suspiro
De tristeza pelo término?
De dor pelo momento?
Prazer e somemente prazer?
Não sei.

Nesta noite
Zumbi alcançou o palmar de gente boa

Numa via sem asfalto
Em picada de mata virgem

Balas certeiras
Zuniram em direcção à tua rocha
Vivos sem conta
Asfixiados não contam mais
O prazer do trajecto pela vida
Herois sim, e mortos no medo do amanhecer

Nesta noite
Eu acordei caçado em ti

Sonhar quando tudo é utópico
Aquele amor platónico do bairro das aves
Aquela arvore
Aquele vento
Aquela madrugada
Aquela noite e nesta noite
Ficar à ústia por um amor casto

Eu quero sonhar
Sentir o teu beijo
Sentir o teu toque
Com polidez ao te amar
Mas sem polisarcia

Oh meu amor platónico
Do bairro das aves
Em polirrítimo
BEIJA-ME...


FOLHAS: O meu amor do bairro das aves-.