Coleção pessoal de brasil_book

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Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela.

Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador.

Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.

Quando você levantar o braço para bater em seu filho, ainda com o braço no ar, pense se não seria mais educativo se você descesse esse braço de forma a acariciá-lo, em vez de machucá-lo.

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

A minha vontade é forte, porém minha disposição de obedecer-lhe é fraca.

Damos voltas e voltas, mas, na realidade, só há duas coisas: ou escolhes a vida ou afastas-te dela.

"Não consigo conviver muito tempo com ninguém. E tinha isso em mente ao decidir que não teria telefone em casa. Se houvesse a possibilidade das pessoas me ligarem, eu sofreria demais nas noites em que ninguém ligasse. Quando ligassem, eu me irritaria por estarem me incomodando.“

"Tu já pensou na morte? Mas pensar mesmo? Tu não tem que imaginar o teu caixão, ou tua cabeça esparramada num asfalto, nada disso, não é assim que se faz. Apenas imagina o mundo sem a tua presença.“

Se as minhas mãos pudessem desfolhar

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

A Terra é o provável paraíso perdido.

Na infância... Bastava sol lá fora e o resto se resolvia.

Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

[POEMEU EFEMÉRICO]
Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril

"Poema não é pinto:
Quer escrever bem?
Escreve menos.
Faz poema pequeno.
Precisa mesmo é saber
Usar as ferramentas
E passar todo sentimento.
O resto fica pra quem quer estudar literatura
Aquele bando de tarados."

"Viver é belo e intenso demais para que se cometa o crime de passar por essa existência sob a sombra de tudo aquilo que nos foi apresentado como verdades."

Encerrando ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar, ao mesmo tempo, no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não pelo orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

É urgente olhar para o céu
Com a inocência de um animal
Negligenciar os saberes astronômicos
E medir as estrelas apenas
Com nossos olhos
Tão pequenas
Em nosso enfoque
É preciso
Pensar na lua sem compreendê-la
E reaprender aquela
Admiração natural
Deixar de lado o conhecimento
É urgente olhar para cima
Com nossos olhos de bicho
Para depois olharmo-nos
De frente
Dentro dos olhos
Com o sentimento puro
De imensidões de almas
Que se sabem em corpos
Tão pequenos
Feito as estrelas no céu

Quem vai quebrar o silêncio
Quando nosso peito calado pela distância
Sentir que há tempos já não tem voz?
Qual de nós dará o primeiro passo
Em uma corrida rumo ao abraço
Com braços atados por tantos nós?

Após a tempestade e alguma deriva
Será apenas o rancor quem flutua?
Ou será que a tua pele
Ainda navega tão viva
Procurando a minha carne
Qual a minha busca a tua?

Quem vai quebrar o silêncio
Quando nossa voz tingir-se de rouca
E o brilho dos olhos de escuridão?
Talvez os corpos falem sozinhos
E cada um quebre o próprio silêncio
Fazendo das tripas alguma canção.

"...o diabo desta vida é que entre cem caminhos, temos de escolher apenas um e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove. Pois bem: a literatura é como se você tivesse de renunciar a todos os cem."