Coleção pessoal de flavenilsonfreitas
Palavras são ações antes percebidas por alguns, entendidas por outros e repetidas pelos demais sem que hajam entendimentos da sua individualidade, causando assim as angústias das repetições.
Defino Socioética como uma matriz sociológica baseada na tese de que a sociedade moderna é duplamente regulada, obedecendo a uma dupla regulação normativa, pela Ética, de um lado, e pelo Direito, de outro, sendo a primeira uma norma ritual e a segunda uma norma jurídica.
Em termos de uma definição curta, defino família como “um sistema de moradia, parentesco e domesticidade regulado por normas rituais”.
A postulação da Socioética é que os ritos constituem o processo social que regula a introjeção das figuras paterna e materna e controla a norma ético-moral. Essa é a nossa novidade, colocando a sociologia como pré-condição da psicologia.
O eu é, por isso, a existência da universalidade totalmente abstrata, o abstratamente livre. Por isso, o eu é o pensar em quanto sujeito e sendo assim que eu estou igualmente em todas as minhas sensações, representações e estados [subjetivos], acontece que o pensamento está presente em toda parte e atravessa como categoria todas estas determinações. “
A vida real do relacionamento é a complexidade de ver a essência e existência do outro como única, sem querer mudar ela mas sim querer apreciar ela e suas mudanças espontâneas.
O agradecimento ilusório aos falsos líderes dá a eles o poder do reconhecimento da vida eterna em sociedade.
Dou a definição de espírito, aplicável à noção de espírito ético ou moral. "Por espírito entendo um ente nominal puro, com essência inteligente, que também chamo de principio espiritual ou mesmo princípio da vida. É um ente da linguagem, que somente existe nela, e de modo próprio e exclusivo na linguagem ritual. Porém, mesmo nesse plano linguistico puro, pode ser dotado de aparência, de corpo ou coisa, ainda que somente simbólica. Quando se diz que é ente nominal puro é porque sua existência material se baseia no seu nome (que é material por ser um som), não sendo necessária uma comprovação fora do nome. Para dar um exemplo, o espírito de um morto existe na medida em que o morto tem nome e a invocação do seu nome o torna existente dentro do rito. O fato de chamarmos tal existência de “existência simbólica” não apaga a sua realidade. "
Do ensaio "Cartilha da fé ética", no livro A espiritualidade ética.