Coleção pessoal de FIORENTINOCAPONE
Queria eu poder tocar seu coração,
Fazer você sentir todo carinho que tenho por ti.
E assim mudar sua vida para melhor,
Consequentemente você também mudaria a minha.
Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.
As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensável o concurso de uma pequena antipatia física.
Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.
As pessoas "enamoradas" vivem um pânico de serem abandonadas, trocadas, traídas.....criando um indivíduo possessivo procurando lapidar o companheiro a sua semelhança....deveriam refletir que a verdadeira segurança da relação prosperar esta baseada em SUA capacidade de amar e NÃO de se proteger.
Entusiasmo não é sinônimo de otimismo. Ser otimista é esperar que as coisas dêem certo. Uma espécie de "espera feliz". O entusiasmo não é uma espera, mas uma ação. Ser entusiasmado é comover-se com todas as coisas, ver em todas elas um potencial.Uma espécie de "coragem alegre"
As pessoas não querem trocar, querem apenas transmitir, unilateralmente, os seus desejos esperando que o outro se encaixe neles. Enunciam aos quatro ventos o que esperam de “uma mulher”, de “um homem”. Quanta bobagem! (se me permitem o desabafo). São essas abstrações simplórias - geralmente recheadas de preconceitos e idealizações sobre o que é uma "boa mulher" ou um "bom homem" - que reduzem a diversidade de todos singulares em generalizações unidimensionais, pobres! São pessoas que trazem uma roupa pronta e querem que o outro caiba naquelas medidas. Mas, o outro nunca cabe (e, que bom!). Porque o outro é sempre sem medida. Porque o outro escapa pelo chamado dos seus próprios desejos. Aprisioná-los é a forma mais rápida de matar o amor, a comunicação, o encontro.
Eis aqui uma exigência do amor: a comunicação. No que tem de entrega, troca e respeito ao desejo do outro.
Esse hiato. O intervalo, em que temos a impressão que a vida parou nesse ponto. Congelada: entre o sonho e a desilusão, oscilamos no terreno do nosso imaginário. Construímos e desfazemos o caminho. E, sem certezas, nos exaurimos no movimento circular, sem saída, dos nossos pensamentos, já cansados de ficcionalizar algo que nos escapa.
É preciso, contra todas as condições adversas, encontrar uma reconciliação consigo que nos reabilita para que possamos nos amar, mesmo que um pouquinho, eis a condição necessária para dar esse passo além, onde todos parariam.
Por isso, quero afirmar: se você acredita no que faz, insista.
Não quero que essa frase recaia em um otimismo ingênuo e fácil. Porque sei que, entre esse passo adiante e a frustração que o antecede, há o silêncio no meio. A angústia e a terrível sensação de que estamos condenados a nossa própria mediocridade. Perdemos a força, a vontade, indiferentes ao frio e ao calor, a beleza ou a feiúra, o sem sentido, o cinismo, o niilismo fatigado. Entre o desânimo e o ânimo que faz esse passo existir, há a confusão de sentimentos e a revolta com os nossos limites. Há a sensação de que o outro é muito superior a nós, inalcançável. Há a cobrança de porque não fiz isso, não falei aquilo, estudei aquela outra coisa? Há sempre entre a perda de seu valor e esse passo um enorme abismo onde nos metemos. E, de onde é muito difícil arrumar energias para sair. Como essa energia surge? Não sei, mas ela surge como uma pequena chama de fé “sem religião” que consegue aquecer nossa alma por inteiro. Parte de uma pequena ação que nos “realma” aos poucos e definitivamente. E nos faz ter a paciência de catar os retalhos que sobraram de nós, de costurar esse remendo que nos tornamos depois de perdemos nosso valor próprio.