Coleção pessoal de filizzolinha
Hoje talvez nada faça sentido, mas uma coisa é certa: faz-nos sentir. E que bom sentir que você existe em mim.
Eu voava para longe de tudo que me deixava com medo de ser aprisionada, quando eu só queria ser amada.
Por vezes a aparência bonita das pessoas e das relações é só uma tentativa (vã) de curar um interior machucado.
Esse tempo fingido, capengo de ti, porque eu quis assim.
Esse tempo doído, olvido, perdido bem dentro de mim.
Esse tempo cortado, que corta sagrado, a verdade de um amor.
Esse tempo danado, com sinais de pecado, que não acabou.
É um amor desmedido, nem por todos sabido, que hoje é tão meu.
De correspondido, se tornou esquecido, ou se tornou mero ateu.
Descrente de tudo, distante do mundo, que o outro queria.
Não quisto agora, por mais que bem quisto; foi quisto um dia.
Talvez a pior parte de alimentar coisas ruins está no simples e dolorido fato de que estamos alimentando algo que cresce no nosso corpo, na nossa alma.
Aos poucos, a gente aprende. Aprende a aprender com os tropeços por acreditar tanto na bondade. Talvez falte cautela. Talvez o que sobre seja ingenuidade. Talvez falte verdade e a gente só enxergue esperança. Mania dolorida é essa de acreditar...
Aquela sensação de encontrar dinheiro em roupa quando você está precisando... Quase a mesma de encontrar amor, depois de anos, quando você precisa (e, por vezes, nem imaginava que estivesse precisando).
Com o tempo, com as pancadas, com as dores e hematomas, a vida vai dando contorno ao ser humano. Com muros ou grades, cercas ou um gramado verde e bem cuidado, cada um protege o que colheu, mesmo às vezes sem compreender o porquê de ter colhido lágrimas quando plantou amor.
Acordar ao som de um presente lindo chamado carinho. Acordar no aconchego de lembranças de histórias, sons, rubores, risos. Simplesmente acordar e expurgar qualquer resquício de (o que mesmo que deveria vir aqui?).
Por que questionar algo se não aceita obter uma resposta desfavorável ao que se deseja ouvir? Respeitar uma opinião não significa se obrigar a aceitá-la. Não me chamem para discussões de qualquer esfera se não pretendem saber o que eu penso de forma fundamentada.
A dor da perda, de novo, e de novo. E agora veio rasgando o peito, sangrando uma dor de ausência, da vontade de estar perto, de novo, e de novo.
Poucos conhecem os detalhes. A maioria só tem tempo para a superfície, e se dispõe a se entrelaçar em conjecturas bem divorciadas da realidade.
Dizem que um elefante incomoda muita gente, quando, na verdade, pessoas que se destacam positivamente incomodam bem mais.