Coleção pessoal de Filigranas
Pela oportunidade da cultura, pela arte, pela educação, pelo ensino, nós podemos beirar a felicidade.
Escrevemos, sobretudo, com a vocação para uma revelação, para uma angariação daquilo que nos está vedado.
O amor não deve pedir, tampouco exigir. Há de ter a força de chegar em si mesmo à certeza e então passa a atrair em vez de ser atraído.
(Demian)
Sim, não morrerás! Na terra viverás pelo teu gênio, na memória da tua gente e, porque foste justo e meigo, honesto e piedoso, viverás no céu, no coração de Deus”.
(de um discurso de Coelho Neto homenageando Olavo Bilac, na comemoração do 3º ano de sua morte)
O animal não aprende nossas virtudes, se as tivermos, porém adquire nossos vícios.
O animal costuma compreender mais e melhor a nossa linguagem do que nós a deles.
Não se sabe por que os irracionais falam tão pouco, e os racionais tanto.
Eu pertenço à raça daqueles benditos ou malditos que precisam conhecer melhor os recursos de sua consciência para viver. l
Onde aparece o ouro, o terrível ouro, imediatamente os homens em redor se entreolham com rancor e levam as mãos às facas.
A curiosidade, instinto de complexidade infinita, leva por um lado a escutar às portas e por outro, a descobrir a América.
Para quem vive exclusivamente entre o metal, no cuidado do metal, e que por isso se metalizou, a perda do metal é a única dor verdadeira.
A ciência é uma grande montanha de açúcar; dessa montanha só conseguimos retirar insignificantes pedacinhos.
Quanto maior o nome, maior o afluxo de sedimentos ignóbeis, que cuidam poluí-lo, e se afundam, borbotando, no esgoto.
Atrás da anonímia se alaparda a covardia, se agacha o enredo, se ancora a mentira, se acaçapa a subserviência, se a arrasta a venalidade.