Coleção pessoal de fernandasloboda
Talvez eu perca a cabeça, talvez esqueça e cresça.
Talvez no vigésimo andar, talvez no porão.
Talvez eu mate o que fui, talvez imite o que sou.
Talvez eu tema o que vem, talvez te ame ainda.
O estudo em geral, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido ficar crianças toda a vida.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.