Coleção pessoal de Fengari
“ ha de vir o epitáfio “
No vazio do dia
Há de vir o sol
E se ele não nascer
O que ira acontecer?
No brilho da lua,
Que ela insiste em roubar
Se o sol nao sofrer
Como a lua ira se gabar?
Na solidão barulhenta da vida
O movimento se faz constante
De um ciclo errante,
Que há de acabar
E no silêncio da pré-noite,
Que há de vir essa solidao
Onde nossos neurônios trabalham
Para por pouco tempo descansar,
E a gente reclamando nesse lugar
É so pensar no trabalho constante
No movimento uniforme do nosso corpo,
Que mesmo relaxado
Há de ter a tônus muscular
No relógio infinito do universo,
Que talvez um dia há de parar
Os batimentos o compõem
Para no final repousar
Repousar no vermelho ou no azul e no branco
Eterno infinito, real infinito,
Que há de vir no limbo
Onde no silêncio de um moribundo
Súbitos suspiros exalaram
Para por fim na nossa inércia solidão.