Coleção pessoal de FelipeGarc3z

Encontrados 9 pensamentos na coleção de FelipeGarc3z

A.

Ah como eu queria
te ter, ter você
E tudo em que ti há.

Meu peito dói
coração amargo, triste
e todo sentimento
me corrói.

E nesse espelho me vejo,
a mercê das lembranças
como da vez, que em seu beijo
me trouxe esperança.

Agora tudo é caos, injúria
vi quem eu era, e aceitei
meu destino era você
e mesmo assim, neguei

⁠Reflexos,

Li poemas de amor, chorei
passei por dores, venci
te vi passar, olhei
sorriu para mim, perdi.
te vejo em mim mesmo,
isso é fato,
minha alma gêmea, minha metade
seus olhos o verde da aquarela,
a mais pura bela arte.

Reflexos.

Ainda sentado na mesa da cozinha, já era tarde da noite, dava pra ouvir uma antiga trilha sonora que vinha do rádio no fundo da sala, depois de uns minutos levantei-me e resolvi tomar um banho. Me despi de minhas roupas e liguei o chuveiro. Ali parado com a água fria caindo sobre minha cabeça me fazia pensar sobre muitas coisas que já haviam acontecido ou que ainda estariam porvir.
Me perguntava o porque do tempo passar tão rápido, ou qual o meu papel ali naquele lugar, e até mesmo mesmo me culpava por não conseguir mudar meu destino por mais que quisesse.
Naquele tempo parado eu consegui perceber que olhando para a lâmpada eu podia ver através da água que caia o meu puro reflexo, que só conseguia ficar ali parado olhando e observando até mesmo sem reação, sem palavras, sentimentos expostos ou um semblante de dor. E naquela melodia que tocava no rádio ao fundo da sala eu me afundava mais e mais até chegar a um lugar onde eu me via submerso, como um riacho, lago ou até mesmo um rio, que não se movimenta, mas reflete tudo que está em sua volta.

Paraíso.

O que pensamos quando nos vem à mente um paraíso ou o paraíso?
Bom, pensamos que com certeza é um lugar de paz, amor, harmonia, sossego, um lugar que não há choro ou medo. Põe se em questão que pode ser também mencionado quando alguém ou um ente querido morre.

Muitos chamam o paraíso de utopia, outros dizem que sera após essa vida, e tem também aqueles que se colocam como "neutros" nessa questão. São raras as pessoas que enxergam o paraíso hoje, na atualidade. Parece loucura chamar de paraíso o caos que vivemos e o ódio que nos cerca por todos os lados nesse mundo. A questão é que o paraíso não é um lugar distante. Somos sim, capaz de vivê-lo no nosso dia-a-dia, afinal, o paraíso só será um lugar perfeito se o nosso estado de espírito estiver em harmonia com ele. Ou então uma pessoa cheia de pessimismo e ódio seria capaz de enxergar o paraíso a sua frente? Eis a questão. A partir do momento que mudamos nosso interior, passamos a enxergar a vida de outra forma. O paraíso que nós queremos tanto ver e viver, se concentra dentro de nós, esperando para ser acordado. Há pessoas que despertam, que descobrem o paraíso e o vivem ainda nessa vida, já outras, só despertam ao morrer e viver novamente. Então, aproveite, viva o paraíso quantas vezes possíveis. Desperte agora, e que você viva seu verdadeiro "ápice da felicidade" em seu dia-a-dia, em cada ato, em cada olhar e sorriso. Seja você, seu paraíso.
Por que sem dúvidas, é o seu estado de espírito que determina as coisas ao seu redor.

Viagem.

Uma boa e qualquer viagem, onde corpos se locomovem em busca de algum ‘’lugar’’ ou ‘’objetivo’’, se entrelaçam em um belo romance com a espera.
Para onde vão não nos quer dizer tudo, contudo, devemos pensar o que vão fazer quando desembarcarem no destino que os esperam. Alguns, rever entes que significam tanto que nos dará a ideia de que a locomoção valeu a pena, outros, embarcam sem um ‘’objetivo’’, apenas ao encontro de um passa tempo vago para a calma do ser interior em alguma pousada ou algo do tipo.
O fator principal de uma viagem com certeza é o tempo, assim como no próprio filme: Interestelar(ficção científica), não se faz diferente, onde cooper e Murphy se entrelaçam em um determinado ‘’tempo’’ de espera, onde a filha espera a volta do pai que já não dá mais notícias da viagem intergaláctica que está envolvido, mas ao longo do tempo vê que o que prende as esperanças da própria em acreditar na volta do pai, é o amor, sinal este que Murphy tem no pulso (Um relógio) que o próprio pai deu para ela quando partiu para a viagem, onde ele se comunica com a filha por ondas dimensionais.
Como um bom e qualquer filme, é essencial que o final seja marcante, com o retorno de cooper para reencontrar a filha que já está mais velha que o próprio pai por conta da gravidade que retardou o tempo para o mesmo enquanto estava na viagem intergaláctica. O encontro de pai e filha é mágico, mesmo em idades totalmente distintas eles se abraçam como se fosse desde a última vez que se viram. E com esse jogo de ‘’vai e volta’’ do tempo o que realmente transcende e pode ser visto como a único sentimento que fica para contar a história em qualquer tipo de relação/laço com certeza é o Amor.

Amianto.

Em uma velha e cinza sacada de prédio, uma alma já cansada se opõe a seus pobres sentimentos e decide se jogar de lá.
Sua alma agoniza por dentro, enquanto seu espírito já em estado de inércia não faz o mínimo de esforço para evitar o pré acontecido, ali parada por alguns minutos, aquele pobre ser não sabe como lidar com aquela situação, o confronto dentro de si já é banal ao ponto de já não estar mais ali para acompanhar o resultado da briga.
O tempo em questão já não é amistoso, pois a qualquer hora a ‘’decisão ‘’ precisa ser tomada de qualquer um dos lados, e com isso resta a única saída que se resume na pura ‘’tristeza’’ e ‘’dor’’, não só da mesma, mas sim de outros que irão adentrar nessa realidade em poucas horas.
Ali parada em um flashback instantâneo ela consegue ouvir dentro de si, ruídos e sons passados das melhores lembranças, que sempre a fizeram caminhar em tempos de guerra interior, como a voz da mãe chamando-a para tomar café ao raiar do dia, o primeiro ‘’eu te amo’’ ou até mesmo o cântico de parabéns no primeiro aniversário. Lembranças tais que não são fortes para aniquilar a dor e angústia em seu espírito.
Em um último minuto, tomou-lhe um fôlego profundo como não fazia à tempos, olhou a triste ‘’rotina’’ e a ‘’mesmice’’ das pessoas que passavam lá embaixo e sem um pingo de dó ou lástima se jogou lá de cima.
Muitos lamentaram pelo acontecido, outros queriam entender o por que daquilo, e uma pequena porcentagem assim como eu e você estão verdadeiramente preocupados com inumeráveis sacadas cinzas e velhas ainda presentes na grande São Paulo.

Perda.

A perda em si é algo inusitado, faz com que sentimentos sejam destruídos em segundos, uma sequer ligação faz todo efeito. Entretanto, lidar com cláusulas deste tipo não é fácil, pois a situação em que acata o universo interior de cada ser é divergente, e em constante mudança, tanto quanto físico ou psicológico.
A perda não é algo contemporâneo, vem sido transcorrida a anos, desde o primórdio do universo e presente na rotina de todos os seres, desde o maior ao menor.
Mas como a perda é ocasionada? Seria só o destino querendo brincar com aqueles que não dão valor às mínimas coisas da vida? Ou um ser maior controlando esses mesmos seres por um tipo de seleção natural?
Em determinadas circunstâncias a perda é algo que deixa um enorme vazio no mais profundo da alma, onde o amor que habitara um dia já não se encontra mais presente.
Contudo para retardar ou amenizar a dor de uma perda é uma certeza que devemos ceder em zelar pela vida, mesmo que a mesma não seja como pré-planejada e com certeza ser grato por cada minuto que nos é dado seja por quem estiver por trás disto.

Otimismo.

Assim como a fé, é possivelmente que pessoas carreguem em si uma pequena porcentagem de otimismo em seus universos interiores. Mas ao que se remete o ‘’otimismo’’?. Bem, assim como no livro de João cap4.4 o mesmo relata que ‘’o que está em nós é maior do que o que está no mundo’’. Neste trecho de infinitas possibilidades, ele da a ênfase, creio eu a acreditar que a fé seria o que está em nós, e o que está no mundo seriam problemas contínuos que precisam ser solucionados, mas não do dia pra noite.
Podemos fazer uma correlação entre fé e otimismo, pois ambos procuram sempre ‘’seguir em frente ou acreditar na solução do problema’’. Assim como eu e você tão distintos em personalidade, nascemos, crescemos e ficamos velhos com este mesmo sentimento de que precisamos nos ‘’habituar’’ ao mundo contemporâneo, que por um lado aprisiona a atenção de alguns com entretenimento barato, que ficam à mercê do desejo e contudo a frustração é inevitável. Por outro lado remete à algumas questões da sociedade problemática por regência política de mal forma. Então eu questiono não a mim, mas ao tempo...

‘’Onde e quando’’ o otimismo se adentra?

Agonia.

Um velho homem já encostado em seu sofá em dias belos e calorosos de domingo, onde o vento passando e uivando por de trás de sua janela enferrujada trazia a perceber que o tempo já era um companheiro nativo.
Ele retardamente se levanta, segura sua bengala e se dirige até a cozinha para tomar uma xícara de café, onde para por alguns minutos e olha para a cortina cinza e sem graça onde sua mulher havia comprado em uma loja de tecidos.
Naquela cortina ele aprofunda seu olhar como um grão de areia no mar, olhando fixamente percebe que não há formas ou contornos que o remeta uma simples mensagem naquela velha cortina. Após alguns minutos ele pensa consigo se a sua vida é como aquela cortina, não por ser sem forma ou sem contornos, mas sim por ser cinza em um belo dia ensolarado de domingo.