Coleção pessoal de felipe_mateus_alessi

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⁠Da mesma forma que senti angústia no nada, acredito que Deus também, quando ele ainda não tinha criado nada, se sentiu só e sem sentido, criando a conexão de amor entre criatura e Criador.

⁠O Nada e o Tudo
No princípio, antes do verbo, o vazio,
Um espaço sem cor, sem forma, sem fio.
No nada, o silêncio é um grito mudo,
E o tempo, ausente, não é nem um segundo.
No nada, a mente flutua, perdida,
Angústia e paz, em dança indefinida.
É negro, é branco, é o oposto do ser,
Um espelho que reflete o não-acontecer.
Deus, talvez, sentiu o mesmo vazio,
Um universo sem alma, sem rio.
E no nada, em sua solidão infinita,
Criou o amor, a conexão bendita.
Somos reflexo de Sua criação,
Mas também criadores, em nossa condição.
No nada, buscamos sentido e essência,
E o tudo emerge da nossa presença.
O nada é pausa, mas não permanência,
Um sopro que dá vida à consciência.
Do vazio, surgimos, e a ele voltamos,
Mas no intervalo, amamos, criamos.
Então, se no nada Deus nos encontrou,
Foi porque no vazio o amor brotou.
E no eterno mistério de tudo e nada,
Está a verdade jamais revelada.

⁠O homem decide elevar-se a partir de si mesmo.

⁠O crescimento vem do confronto com as dores e dúvidas internas.

⁠Nas dificuldades, construímos nosso verdadeiro eu.

⁠O amor é uma força que expande a alma além de si mesma.

⁠Esgotamos nossos limites para criar algo maior em nós mesmos.

⁠O crescimento é alimentado pela prática e pela reflexão sobre a realidade.

⁠A elevação é um ato de vontade consciente.

⁠A jornada de desenvolvimento é feita de passos diários.

⁠Lapidar-se significa abandonar partes do que pensamos ser.

⁠Sou presente, mas também sou memória,
sou o que fui, e o que virá a ser,
um ser fragmentado, em eterna história,
desintegrando-me, para enfim, me refazer.

⁠O Pêndulo da Vida
No balançar da vida, o pêndulo ensina,
Entre a luz da alegria e a dor que se inclina.
Não há fraqueza em sentir a oscilação,
Mas sabedoria em buscar a contemplação.
A vida, dançarina de extremos tão vastos,
Nos convida ao centro, entre tempos nefastos.
Quem teme a tristeza, a alegria não vê,
Pois cada emoção traz lições para o ser.
O ponto de repouso, tão calmo e discreto,
É o segredo da paz, no balanço completo.
Nos altos, nos baixos, há força e verdade,
E o meio-termo revela a liberdade.
As dores são lembretes de êxtases passados,
E todo júbilo carrega tons calados.
No movimento eterno, há uma dança escondida,
Que ecoa na alma, pulsando a vida.
Se o pêndulo cessa, a vida adormece,
Mas quem aprende o balanço, jamais perece.
Olhe o pêndulo, ouça sua melodia,
E descubra no balanço a eterna harmonia.

⁠Subdivisão do Ser - Felipe Mateus Alessi
Sou templo de andares infinitos,
um corpo que abriga o mistério da mente,
onde o espírito repousa, mas nunca dorme,
vagando em sonhos, tocando o ausente.
Na pineal, guardo segredos profundos,
raízes de um jardim não visto,
onde lembranças brotam e dançam,
traçando o que sou, entre o bem e o imprevisto.
Lobos lutam, ferozes na mente,
o bom, o mau, o duelo eterno,
qual deles vencerá depende,
de qual energia cultivo no interno.
No telão da imaginação desenfreada,
projetam-se formas, luz e vazio,
um rio de ideias sem lei ou amarras,
fluindo incerto, mas longe do sombrio.
Divido-me em camadas, passado e presente,
o futuro, uma promessa em construção,
cada escolha um eco, uma semente,
que floresce no jardim da decisão.
O mago em mim ergue seu pêndulo,
entre a dualidade, busca o equilíbrio,
pois no consciente e no inconsciente,
há luz e sombra, vida e delírio.
Sou presente, mas também sou memória,
sou o que fui, e o que virá a ser,
um ser fragmentado, em eterna história,
desintegrando-me, para enfim, me refazer.

⁠Educar é construir o futuro no presente, desafiando os limites impostos pelo status quo.

⁠O sujeito alienado no consumo já não consome coisas, mas a si mesmo, dissolvendo-se em um mundo de aparências.

⁠A meritocracia em um terreno desigual não é mérito, mas privilégio mascarado de esforço.

O poder que não serve ao bem comum perde sua legitimidade; torna-se um eco vazio da dominação.

⁠Então, sejamos lógicos, mas sonhadores,
Aceitemos limites, mas sem desistir.
Pois o impossível, com suas cores,
Às vezes nos dá mais do que pedir.

⁠Por que buscar o inalcançável,
Quando o próprio chão me desafia?