Coleção pessoal de fabiahomobono
Estilhaços.
Cada dia que passamos
Um vida se compôs
Um poema
Uma letra
Musicas , sons
Nada meu era só meu
E sua vida me enchia
E repleta de amor
Um futuro eu seguia
Planos, descobertas
Cenas de novela
Passamos segundos de amor
E mesmo ainda nas guerras
Te amei e ainda amo
Mas a vida vai passando
E cada estilhaço que sobra
Mostra a roda que se forma
Um ciclo de cobranças e mágoas
De lembranças e de falácias
No amor muitos falham
Mas as falham não se instalam
A nossa infelizmente
Por mais que eu muita vezes tente
Machuca como fel
Toda vez que a a porta bate
E te vejo indo ao léu
Me perguntou porque permaneço
Esperando seu sinal
Se o amor que por ti tive
Parece sempre estar no final
Toda vez que você se vai
outro dia se amanhece
E tua historia parece linda
Como se nela eu não pudesse
Nem estar , nem pertencer
Porque as vezes me pego a chorar
Achando que realmente
Eu já não deveria estar.
Mas teu não, tantas vezes
Ecoou por meus ouvidos
E mesmo que alguns deles também tenham sido meus
Acreditei num para sempre
Que Cássia disse que não existe
Mas com você parecia simples
Achar que ela mente
Tantos términos
Tantos mágoas prontas
Tantos 'adeus'
E cada dia mais, uma mensagem
Me leva as lagrimas
Não que eu não tenha passado noites
a espera de uma linha de retorno
Mas porque elas são as mesmas
De uma repetida mágoa de retorno
Queria te deixar ir
E me permitir chorar de vez
Porque no mundo que criei
Não soube te desenhar sem mim
Ate aqui.
Mas um dia há de acabar
Com você ou só em algum lugar
Se me perguntar
Minha resposta é pronta
Mas essa dor constante
Me deixa a divagar
Hoje por fim escrevi
O que lábios não querem falar
Nossos diálogos cessaram
E me coloco só a pensar
Pensar e pensar
E pensar.
Te vejo ao sol
Te guardo na lua
Mas sem mim sinto q brilhas
E ao meu lado, se sentes nua.
E me perguntas, me questiona
Que amor me leva a tona?
Aos estilhaços venho a beira
E te grito, vai e seja!
Na dor de cada letra
Somos menos do que fomos
E aqui chegamos tristes
Tristes mesmo e já não somos
Nós.
Tenho certa resistência ao que me deprime. Aos negativos e hipócritas. Aqueles que julgam, que apontam. Muita resistência as rotinas. Resistência também a melancolia e falta de ambição. Tenho resistência aqueles que não sonham, não amam e não permitem, nem a si, nem ao próximo. Minha resistência aos que calam, quando deveriam gritar. Aos que falam, quando deveriam ouvir. Resistência a tudo que me faz pensar pequeno. Mas não resisto a vida, nem ao calor de um abraço, ou de palavras sinceras. Nada resisto a você, que é feito de verdade e é entrega. Não resisto, nem nunca hei de resistir, a tudo aquilo que me faz ser e poder. Errar e acertar. Olhar, e continuar seguindo. Ao teu encontro, ou mesmo, ao teu lado. Vida, vida e mais vida para mim, e para você.
Dói
Cada fibra
Cada veia
E muitas vezes, posso sentí-las
Quebrar
Escorrer sangue
Machuca
Cada pensamento
Lembranças
E várias vezes, a mágoa parece
Matar
Sufocar cada respiração, já ofegante
Perdoe-me, pois menti
Já não sou tua
e jamais então serei
nunca busquei por ti
em cada instante de minha curta vida
nunca lembrei de amar assim
entretanto,
ja não sou a mesma pessoa
e vejo você, em mim,
como um vírus
tomando conta de cada organismo
desfalecendo cada nervo de meu corpo
um sentimento de leveza que pesa
um amor que odeia
uma mágoa, que pune
um “ser feliz’ que condena.
Dói sim, já disse
E cada ciúmes que me provocas
Cospe na minha face
A dura verdade de não seres , também, minha
Porque somos do mundo
Somos dos desejos que escolhemos para nós
Desse modo me perdi
quando pensei te encontrar
Ja não somos
Quem nos será?
Eu queria muito mais e ir mais adiante
Tropecei
Caí várias vezes
Mas mesmo aqui, de joelhos
Sou fiel
As minhas intenções
E a tudo que tenho
E carrego
Desde o âmago
Sofrendo as linhas duras
Do destino, das escolhas
Jamais fechei os olhos
Somente para te ver
E em cada raiar de um novo dia
Meu sorriso percorre o tempo
E traz a brisa de seu aroma
De seus sentidos
Caminhando,
entre pedras, entre flores
Sou mais feliz
E posso mais
Em você e em mim
Cada noite
Cada lua
E para cada sol
Que há de iluminar meus sempre novos
Horizontes
E posso ainda alcançar sua mão
Vem comigo?
Triste mesmo é quando não amamos a nós mesmos.
É, pois as vezes chamamos de amor aquilo que acreditamos sentir pelos outros. Não por nós mesmos.
Aquilo que muitas vezes, ou quase sempre, egoísta, impomos ao outro. Como parte daquilo que chamamos também de entrega.
E cobramos.
Chamamos de amor aquela parte que achamos que estamos doando, mas apenas emprestamos a prazo. As vezes, com juros.
Triste mesmo, é vomitar doçuras, escrever purezas e na vida, na rua, no olho, emitir desprezo, amargura, egoísmo.
Triste mesmo é achar que amor é ensinar. Quando quase sempre, é aprender.
Triste é quando buscamos amor naquilo que não é nosso, e nunca será. Quando tudo que nos pertence, escolhemos ignorar.
Triste é não ver o amor transbordando ao nosso redor. Para valorizar aquele amor minguado, quase implorado daqueles ou daquilo que não ha nunca de nos afagar.
Triste. E o amor, não deveria ser triste.
O que tenho eu?
Tenho saudades
E não é de hoje
É de um tempo que não tem data
De um inicio que jamais esperei ter fim
Tenho medo
Mas não me deixa fraca
Traz a tona o orgulho
Que as noites frias e solitárias recarregam em mim
Tenho receio
E você brincou comigo
Me lançou no escuro de tua ausência
E me cobrou uma lucidez que você me levou
Tenho loucura
Mais do que jamais esperei de mim
E corri com sua foto de meu mural
Para te apagar de minhas lagrimas
Tenho...
Na verdade, não mais que antes
Não mais do que eu gostaria
Tão menos do que eu precisava
Tão nada...sem você.
Tenho amor
Um amor doloroso e machucado
De lembranças que me fazem rir
Mas também me fazem chorar
Tenho amor e não é pouco
Não é o nada que te cegou para o que eu sinto
É imenso e me enrubesce enquanto tira minhas palavras
Me marca. Mas te leva de mim aos poucos.
Tenho muito.
Força no sol que me guia todas as manhãs.
Na lua que me vela todas as madrugadas de insônia.
Nos sonhos que me fortalecem na minha luta
Mas meu obstáculo vai além, porque vem de mim.
Do que sobrou de mim, de quando éramos nós.
Tenho a mim. E não deve ser pouco.
Porque de mim, vem o sangue que me criou.
E me fez forte.
Sozinha, ainda posso ser mais.
Pois sou tudo em mim.
Saudades, medos, receios, loucuras, amor...
Muito mais do que você sequer pode imaginar
que perdeu.
Eu sei, amei demais, quis demais. Minha demasia de sentimento confunde as certezas alheias. Minhas verdades, minhas inúmeras razões, não são os fatos que elas esperam. Meus "sim" assustam os diversos 'não' que elas conhecem. Minhas historias, fantasias, meus contos de fadas ... eles sobrevoam os pensamentos das pessoas, mas elas, com medo de altura, pedem para descer. Eu sei, meu tudo muitas vezes afasta. Sou um excesso de mim mesma. Sou eu e muitas outras 'eu' dentro de mim, fugindo pelos meus abraços e beijos. Eu sei. Minha paixão pela vida, pelo sonho, pelo agora se perde no caminho que você traçou retinho para sua escola. Minha faculdade é outra. Meus livros não estão escritos. Minhas orações não são perfeitas. Minha essência não está completa. E minha busca sempre será continua. Eu consigo ser melhor todo dia, mesmo muitas vezes não conseguindo. Mas assusto os anseios, expectativas e a previsibilidade alheia. Assusto porque meu amor é meu, e quando o dou para alguém, e o quero nosso, esse alguém não sabe amar a liberdade de se tornar um, sendo muitos.
Onde?
Estava confusa
Perdida em um sim e um basta!
Minha rotina irremediável que me leva a você
Enquanto me expulsa de você
Me marca...
Em que parte disse que ficaria?
E onde foi que me perdi?
Aperto que seca minhas lagrimas e endurece meu coração
É você...e não somos nós.
Me pergunto as mesmas perguntas
Procuro novas respostas...novos por quês...
Onde está você...meu sonho de outrora?
Me guia...não me afogue no semblante de tuas mesmas desculpas
Tarde de chuvas, de sol, de garoas...
Metrópole que me engole e me engasga
De anseios, de falsas esperanças
E a noite traz você...e tudo que de nós, não quero mais.
Sufoco.
Gosto do sufoco
Que teu olhar me traz
Do frio na barriga
Quando as pernas falham
E as palavras somem
Gosto do suor
Que tua presença me provoca
Cada respiração
Que me falta
Quando me tocas
Tuas mãos, teu cheiro
Gosto do teu jeito
E nele
Gosto ainda mais de mim
Tua pele eriçada a cada sopro
Em cada língua que te molho
Te umedeço em mim
Gosto do teu gosto
Do sabor de tuas vergonhas
E quando, sem vergonha
Gostas de mim também
E nesse gosto pelo gosto que tudo tem
Somos nos, você e a mordida saborosa que entre beijos
Selamos secretos desejos...
Há pessoas que tem o dom de te levantar amor e te afogar, com a mesma intensidade e projeção, ao pior dos sentimentos. A estes, peço que cuidem de reforçar seus humildes chinelos no caminho da sabedoria. Nada é por acaso, e no fim dos casos, de todos eles, e a todos esses "alguém", uma resposta, ou como diria Newton uma reação, há de vir. E nem sempre, quem sabe nunca, vem da maneira como esperamos. Mas como merecemos. Mereça algo bom.
Ninguém pode fazê-lo por vc.