Coleção pessoal de OCruel
Amar tem dessas coisas... uma linha tênue entre viver em plena poesia ou perder, cruelmente, o nosso brilho.
“— Por que nós, os escultores de nós mesmos, podemo-nos deixar que outros venham e tentem nos esculpir?”
"Mas, quem poderá vir me dizer que não é verdade que meus dias são de trevas e que minhas noites são luz?"
Dessa maneira que prossegue a nossa existência: somos versos únicos transcritos no mundo pelas mãos de um poeta.
Mergulhar dentro de si pode ser algo perigoso, principalmente se aquele que mergulha não souber nadar.
Qualquer pessoa embebida em suas convicções sabe muito bem os riscos de suas próprias escolhas, e, muitas das vezes, não quer pensar nos mesmos.
A arte é belíssima e importante para a expressão da alma humana, mas dependendo de como ela é usada, principalmente quando agrega uma intencionalidade controladora subjetivamente, ela pode se tornar um gigantesco perigo.
Eis que no amor existe uma grande questão: é necessário sacrificar ou ceder algo que é próprio de si em prol do bem do outro e evolução de sua relação, e assim, vivenciar a verdadeira experiência do que é amar. Mas quem está realmente disposto a ceder pequenos egoísmos ou sacrificar o quê por alguém?
Romantismo: para os outros um mero exagero, mas para nós, os praticantes do ofício, o grandioso algo que é simplesmente, sublime.
Para fazer poesia creio que é necessário transcrever o que se sente, pois são os sentimentos que desenvolvem todos os sentidos, realidades interiores e exteriores. A alma poética parte da vontade do sentir.
É reto que o mundo nos obriga a cair e, muitas das vezes, a nossa única escolha é aceitar a queda...
Viver em solitude é um bem estar escolhido para si, mas para os que sucumbiram a escolha de viver em solidão passam seus dias e noites em amarguras e tormentos, cheios de vazios de si e dos outros.