Coleção pessoal de Eu_sou_apenaa_eu
Cada lembrança é um espinho cravado no jardim do meu coração, onde as flores murcham sob o peso das memórias que se transformaram em facas afiadas
No cadinho das minhas esperanças desfeitas, o amor é uma chama que consumiu não só o que éramos, mas também os resquícios do que poderíamos ter sido. Meu coração, agora um campo de batalha desolado, é um testemunho silencioso do colapso de promessas e da fragilidade dos laços quebrados. As lágrimas, como ácido, corroem a essência do que uma vez foi um refúgio, deixando para trás a ruína de um amor que desmoronou sob o peso da sua própria tragédia.
Nas páginas desbotadas do livro da minha vida, o capítulo do amor é uma narrativa de despedidas e silêncios não ditos. As estrelas que outrora iluminavam nosso destino agora são apenas pontos distantes, testemunhas silenciosas de um cosmos onde a constelação do nosso afeto desapareceu. Entre as linhas borradas, minha alma vagueia em busca de significado, perdida na penumbra de um amor que se desfez.
Em meu peito, o amor é uma canção triste, uma melodia desafinada que ressoa nas paredes vazias da minha alma. Cada promessa quebrada é um pedaço a mais da minha própria ruína, e o eco das lágrimas derramadas é a única testemunha silenciosa da tragédia que se desenrola no teatro deserto do meu coração despedaçado.
Nas entranhas do silêncio, meu coração sussurra a tristeza de uma alma naufragada, onde cada suspiro é um eco solitário na vastidão do vazio, e as lágrimas se tornam rios que levam consigo os fragmentos da esperança que um dia ousaram florescer.