Coleção pessoal de Esttela

Encontrados 7 pensamentos na coleção de Esttela

Depoimento de um garoto:

Certo, eu nunca fui um cara perfeito, e pelo meu ponto de vista eu cometi bastante erros. E toda vez que eu perguntava: Amor, você está bem? Ela me respondia: sim amor, estou. Mas eu não entendia o por que ela sempre abaixava a cabeça para responder isso. Quando saíamos, ela vivia olhando pro nada, distraída e muito pensativa. E quando estava perto de mim, olhava no mais profundo dos meus olhos. Nenhuma garota sentiu por mim, o que ela sentiu. Ela me enchergava com outros olhos, ela sempre queria cuidar de mim. E eu a achava quase insuportável pelos seus ciúmes chatos, e quando ela pegava no meu pé então. E o nome disso era Cuidado! O tempo foi passando, e era como se ela estivesse cada vez mais distante. E foi aí que eu comecei a me ligar nela, claro, foi aí que eu fui percebendo que isso chegava a doer em mim. As coisas começaram a mudar de um jeito tão rapido, e impossivel de parar. E eu me perguntava o que tinha havido com ela, o motivo da estranhesa dela dos ultimos meses … E eu simplesmente não conseguia enxergar. Aos poucos ela foi deixando de me procurar, me desesperei … fiquei louco cara. Então meus dias foram dedicados a uma única coisa, faze-la feliz. E em um dia como os outros, eu liguei o computador e ela não estava online, achei estranho por que no final da tarde ela sempre estava ali me esperando entrar. Procurei seu orkut, e simplesmente não estava mais lá. Tinha sumido, de algum modo tinha sumido. E eu tentei ligar pra ela, chamava chamava e ela não atendia (…) E me deu tristeza, me deu raiva, revoltada. Somente por ela ter sumido assim, por não me procurar, por não me avisar. Deixei meu orgulho falar mais alto e resolvi que não iria correr atras dela. E todo dia eu me sentia como se tivesse morrido uma parte de mim. Eu ia todos os dias aos lugares que costumavamos ir juntos, e ela não saia da minha cabeça. E o que mais doia em mim, era ver que ela não estava lá, segurando a minha mão, com aquela alegria de quem conhece um amor, sussurrando no meu ouvido o quanto me ama. Eu nunca mais a vi, e eu perguntei pra sua amiga: Ela está bem? e sua amiga respondeu: Você a conhece, eu acho. Eu passei a pensar em como eu deixava ela sozinha, que eu podia ter ligado mais, ter reclamado menos e ter exigido menos dela. Porque hoje, pouco, nem que fosse um pouquinho só dela aqui, me faria o cara mais feliz desse mundo. E no nosso mural em meu quarto eu escrevi: Se me amava, por que partiu? Tantas noites de insônia, tanta solidão. E eu lembro como se fosse ontem, ela em meus braços me pedindo pra eu aperta-la com força. Minha vida virou em torno disso, e tive que me acostumar. Seguir em frente, é o que fazemos mesmo quando não temos forças. Ninguém sabe o quanto isso doía em mim. Em uma noite escura, fui à praia, onde ela mais gostava de ficar, e lembrei o quanto aquela garota importava pra mim. Quando cheguei em casa, minha mãe me olhou e abaixou a cabeça. Entrei em meu quarto e lá estava escrito no meu mural, abaixo da pergunta que eu fiz: Eu também precisava saber que você me amava. Pensei que você lutaria por mim. Cara, como eu pude ser tão idiota? Por que eu não fui atrás dela. Isso foi o pior! Até que um amigo me mandou um link que tinha o nome dela. Cliquei ancioso, e era o seu tumblr. Eu sempre soube que ela tinha um, mas eu nunca me importei em ler. E quando eu comecei a ler pagina por pagina, lagrimas correram em meu rosto. Se eu ao menos tivesse prestado atenção em cada detalhe antes, eu não teria feito ela se sentir tão mal. Se ao menos eu tivesse lido como ela se sentia … Cada declaração, cada texto que ela dedicava a mim, e tudo o que ela tinha escrevido ali hoje fazia algum sentido, e eu passei a entender. E nada que eu pudesse fazer, iria fazer as coisas melhorarem. E hoje eu vi, eu a perdi.

A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Há momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar,
porque um belo dia se morre.

Tarde demais

Conheço uma mulher, já quase cinqüentona, que passou boa parte da sua vida apaixonada pelo primeiro namorado. Eles tiveram um romance caliente lá nos seus 18 anos, depois se separaram e cada um tomou seu rumo. Ele casou e teve filhos, ela casou e teve filhos. Nas raras vezes em que se cruzavam pelas ruas da cidade, cumprimentavam-se, perguntavam como andava a vida de um e de outro, mas nada além disso. A verdade é que ela preservou o sentimento que tinha por ele por muitos anos, mesmo sendo feliz no seu casamento. Era um amor de estimação. Até que esse amor, tão sem ressonância, tão sem retribuição, tão sem aditivos, um dia evaporou. Perdeu o prazo de validade. Expirou.

Dia desses esta mulher recebeu um telefonema. Era ele. Oi, tudo bom? Há quanto tempo? Trivialidades de quem não se fala há anos. Ela perguntou: o que você conta? Ele respondeu que estava ligando para dizer uma única coisa: eu te amo.

Corta. Não teve happy end. Ela agradeceu o telefonema, desligaram e ambos seguiram suas vidas. Conversando com ela sobre isso, senti sua felicidade e desilusão ao mesmo tempo. Felicidade, logicamente, por ter deixado marcas profundas no coração dele: nem em sonhos ela imaginou que ele também tivesse levado esse sentimento tão adiante. E a tristeza veio da falta de ressonância, mais uma vez. Por que a demora? Por que a falta de sincronia? Como teria sido se ele houvesse dito isso alguns anos antes? Agora já não adiantava.

A beleza e a tristeza da vida podem estar em situações como esta: descobrir, tarde demais, que se ama uma pessoa. Pode acontecer até com quem está ao nosso lado neste instante. Parece que é um amor morno e sem graça, e que se acabar, tanto faz, e só daqui a muitos anos descobrir que nada era mais forte e raro do que este sentimento. Tarde demais é uma expressão cruel. Tarde demais é uma hora morta. Tarde demais é longe à beça. Não é lá que devemos deixar florecer nossas descobertas.

Mais um vez, obrigada por tudo!
Você abre os meus olhos, me direciona quando estou perdida e me mostra a luz no fim do túnel.
Mesmo quando eu não estou acreditando em mim mesma, você esta ao meu lado me apoiando, acreditando e torcendo pelo meu sucesso.
Não sei como retribuir tudo isso.
Apesar de sermos diferentes um do outro, de nossos valores não serem iguais, de gostarmos de coisas distintas, amo estar em sua companhia.
Mesmo com seus defeitos bizarros, cônscio que os meus são tanto quanto, pois ninguém é perfeito!
E ninguém pode ter tudo!
Não tenho nada para te oferecer a não ser a minha gratidão, respeito e o amor que sinto por você. Mesmo você não retribuindo a isso não deixarei me abalar.
Existe um algo desconhecido que nos separa, queria eu poder ter a solução para esta situção, mas independe apenas de mim...
Não sou articulada, não é tudo o que eu queria lhe dar, mas este é o melhor que tenho em mim e quero que você aceite!!!

A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem: "Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes". É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.

Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.

Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca. Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonite e não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.

Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.

Eu nunca o obriguei a ficar comigo e/ou pedi para largar sua vida por mim, assim como você prosseguiu eu também procurei fazer o mesmo, algumas coisas descobri com o tempo, já sofri com minhas decisões, na verdade acho que recebi o troco que você tanto ansiava!!!
Mas, tudo isso já é história passada, assim como você, eu também tenho uma vida pela frente e muitas responsabilidades.
Poxa, depois de todo aquele tempo de meu amadurecimento sempre quis apenas que você soubesse de meu amor por você, não era necessariamente eu ficar com você, o suficiente para mim era que você estivesse ciente do amor que eu sentia e que eu tentei ficar com um alguém que eu achava que me amava também. Mas achar e ter certeza são palavras de significados distintos/opostos!!!

Essa sua performance não mudou nada do que sinto por você, garanto que é maior que qualquer idiotice que você faça!!!
Estou aqui apenas para deixar-lo ciente que eu ainda o amo muito.
Caso aconteça alguma coisa, quero que você tenha apenas a certeza de que eu te amei e que me importei com vocÊ sim e muito...
E você mesmo que não quis lutar novamente... Mas não quero que fique com nenhum peso, pois nós seres humanos somos inconstantes, estamos mudando de opinião a todo instante e também existe o tal do livre arbítrio...

Nem sei por qual motivo estou te escrevendo isso, nem deveria te dizer nada, apenas tergiversar como você fez uns tempos atrás.
Mas... Um dia vamos nos reencotrar, você pode ter certeza de uma coisa... Nunca mais irei marcar encontro algum com você, se for um reencotro que seja da mesma maneira como nos conhecemos... Num mês de setembro. (...)