Coleção pessoal de estevaodeandrade

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Importa saber é onde somos e seremos imprescindíveis, retomando o contato pessoal de qualidade e apresentando-nos como o próprio diferencial para o nosso paciente.⁠

O que talvez ainda não tenhamos percebido é que a pergunta já não é mais ‘se’, mas ‘quando’ e ‘onde’ o médico não será mais necessário...

... e, ao mesmo tempo, onde será indispensável.⁠

⁠Onde não há regras e padrões (ou quando existem, não são de fato aplicados), as “exceções” viram rotina.

Neste contexto, instala-se um ciclo vicioso de má prática, desperdício e pouco espaço para discussão.

A padronização de condutas é fundamental para reduzir a variabilidade (injustificada) do cuidado, o desperdício e os danos.

Porém, a partir da criação de protocolos, as exceções precisam ter espaço para discussão e devem ser abertamente tratadas, de forma multidisciplinar.⁠

A jornada para a construção da governança corporativa na saúde é longa e árdua, pede empenho e dedicação... mas, pelos frutos colhidos, mostra-se indiscutivelmente recompensadora. Para tanto, é necessário encontrar e escolher os melhores caminhos.

É essencial imergir na estrutura física, exercitar a criatividade e remanejar espaços para que sejam mais adequados aos protocolos e fluxogramas, e vice-versa, de forma que o paciente tenha menos esforço, a equipe seja mais ágil e a operação mais segura.

Prover o melhor fluxo assistencial, favorecendo a atuação de quem cuida – esse é um dos objetivos fundamentais do design de processos assistenciais.

As ações da Governança Clínica devem impactar positivamente na performance dos serviços e na melhoria dos seus resultados clínicos.
Acima de tudo, o paciente deve perceber que seu cuidado lhe proporcionou melhora naquilo que realmente importa para ele.⁠

Governança Clínica é promover alinhamento de condutas e conformidade institucional.

É trazer segurança assistencial, financeira e normativa à operação hospitalar.⁠

Governança Clínica é trabalho de conjunto e não se faz sem alinhamento, compartilhamento de responsabilidades e engajamento.⁠

Os fluxos e processos assistenciais precisam de estruturas físicas que favoreçam o cuidado.

O cuidado em saúde, quando aplicado de forma sistematizada e oportuna, embasado em diretrizes técnico-científicas, é mais seguro, tem melhores desfechos e apresenta menores custos por ciclo de cuidado, gerando valor para os pacientes e, por conseguinte, para o sistema de saúde como um todo.

Ações que entregam valor não necessariamente envolvem recursos financeiros ou estruturas altamente tecnológicas, mas não podem prescindir do envolvimento do paciente no seu processo de cuidado.

Isso não custa dinheiro, mas exige alinhamento institucional (alignment) engajamento (engagement) e responsabilização (accountability) de todos os atores de saúde.⁠

Valor e Empatia são duas palavras que fazem parte do Dicionário do Melhor Cuidado.

Ao se colocar diante do paciente, imagine-se no lugar dele e, vendo a maneira com que você se apresenta, faça a si mesmo a seguinte pergunta:

“Eu confiaria neste profissional que está aqui na minha frente? Porquê?”⁠

O paciente pode compreender e aceitar um “mau” resultado.

Para que isso aconteça, ele deverá ter participado ativamente de todas as decisões relacionadas à sua condição de saúde e estar seguro de que recebeu o cuidado mais adequado, mesmo quando o desfecho se apresenta diferente do que ele esperava.⁠

Quando pensamos em percepção de valor, o conceito de experiência do paciente se amplia...

Experiências aparentemente “negativas”, mas que foram tratadas em conjunto com o paciente e onde sua participação foi ativa e determinante, podem ser consideradas pelo próprio paciente como entrega de valor.⁠