Coleção pessoal de EscritoNoVento

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⁠O ouro brilha à porta larga,
Mas seu fim é cinza e brasa amarga.
Já o estreito é trilha esquecida,
Mas guarda em si a eterna vida.
A quem se curva ao próprio anseio,
Resta o vazio, o frio, o medo.
Mas quem se rende à voz do Eterno,
Bebe da graça, livra-se do inferno.

⁠Nas águas rasas, os pés se enredam,
Mas quem mergulha, jamais se envergonha.
A Verdade é um rio de correnteza forte,
Leva quem ama, guia à sorte.
Seus leitos ocultam mistérios eternos,
Tesouros guardados por céus soberanos.
Quem nela se lança não teme os ventos,
Pois firma os passos nos mandamentos.

⁠O ECO DO PECADO
O olhar vagueia, a alma vacila,
O doce engano sussurra e cintila.
Mas a taça dourada, que embriaga e seduz,
Esconde nas sombras o pranto e a cruz.
Davi, o ungido, provou desse fel,
Ergueu-se em glória, mas dobrou-se ao céu.
Pois todo prazer que se veste de engano
Traz sempre nos lábios o gosto profano.

⁠No labirinto do moderno,
perdido entre fachadas de progresso,
o mundo desfila um futuro inóspito,
pintado de cores que desvanecem a verdade.
Em meio à anarquia velada,
os valores se invertem como sombras ao entardecer,
e o coração, em seu silêncio profundo,
choraminga a desilusão de uma humanidade esquecida.
Cada passo ressoa a tristeza,
um lamento que ecoa nas vielas da existência,
desacreditando na promessa de um novo amanhecer,
onde o sonho genuíno se dissolva na ilusão.
Ainda assim, entre as ruínas do que se pensava moderno,
um sutil sopro de esperança insiste em cantar,
recordando que mesmo na desordem da alma,
a verdade pode florescer, se a coragem quiser olhar.

⁠Ao desacreditarmos na humanidade, amar ao próximo se torna um desafio maior a cada dia

⁠"Em um mundo onde os valores se invertem, a verdadeira lucidez reside em resistir à pressão corrosiva que busca nos corromper."