Coleção pessoal de ericlachowski
Sinto-me cansado de tudo, exausto de mim mesmo, desistindo aos poucos de quem sou. Estou deixando de lado a vontade de viver, a esperança de ter uma família, de acreditar nas pessoas. Sinto falta dos meus pais, do meu tio, do sorriso dele, de quando ele me chamava de "meu bebê," de quando me dizia que me amava, que cuidaria de mim. Era o jeito dele de me proteger, de mostrar seu amor incondicional. Sinto uma saudade imensa do meu tio. Por que você se foi? Por que me deixou sozinho? Por que não me levou junto? Eu não sei viver sem você, não sei como me guiar, não sei sentir emoções, não sei amar. Desde que você partiu, sinto-me vazio, insuficiente, sem amor ou compaixão, um lixo como ser humano.
Às vezes penso em desistir, em silenciarr essa dor insuportável que me toma cada vez que vejo uma foto sua ou me lembro de você. Lágrimas surgem sem que eu consiga evitar, e choro, sozinho, num canto, com essa tristeza que me assola mesmo após tantos anos. Eu me sinto desmoronando, como uma alma fragmentada. Só queria sentir um pouco de felicidade, ver seu rosto de novo, ouvir sua voz me chamando de "meu bebê" ao menos por um minuto.
Queria uma família completa, perfeita, queria vocês de volta. Apesar disso, tenho uma sobrinha, minhas duas avós e minha irmã. Não suportaria vê-los sofrer, mas ao mesmo tempo sinto uma vontade imensa de deixar tudo para trás, sem pensar em ninguém, mesmo sabendo o quanto isso machucaria a todos. Por favor, alguém, me ajude, só preciso de consolo, de algo que me traga conforto, que me faça sentir amado e feliz. Não aguento mais isso.
Amo minha família, mas nem todos estão aqui para ver a pessoa que talvez eu me torne, alguém com luz ou, quem sabe, interessante aos olhos de quem ficou. Eu preciso da minha família para me sentir completo. Por que a vida é tão injusta, tão cheia de dor e crueldade? Por que nada é perfeito? Daria tudo para vê-los novamente, por um instante que fosse.
Sinto sua falta, tio. Sinto sua falta, mãe. Sinto sua falta, pai. Quero vocês de volta. Deus, devolva-me eles. Não suporto esta vida vazia e cheia de dor, marcada por erros. Não fui feito para isso, não fui feito para viver sem eles, para suportar tanta dor. Por que você me trouxe para uma vida assim? Só queria paz, queria estar com eles. Mesmo que existam coisas boas, sempre haverá um vazio em mim que ninguém consegue preencher.
Quero ser feliz, quero vocês de volta. Posso escrever mil páginas sobre o quanto amo vocês e nunca desistirei disso, posso encher livros e poemas com o tamanho da minha saudade. Vocês são tudo para mim. Eu amo vocês. Me perdoem.
Hoje acordei e, por um instante, me peguei pensando: "Já estamos quase em 2025, e, de algum jeito, ainda estou aqui." Engraçado, não? Essa frase, apesar do risadas que pode arrancar, carrega um peso de reflexão. Eu poderia ter me matado em qualquer momento. Não havia ninguém para me impedir. E, mesmo assim, sigo respirando, carregando esse fardo de uma vida que, para ser honesto, parece fracassada. Uma existência que, ao invés de trazer crescimento, só amplifica a dor. Uma vida onde o único consolo que resta é a observação amarga de uma humanidade perdida, que insiste em errar.
A raça humana… ah, quão tragicamente previsível ela é. Feita para falhar, repetidamente, em cada tentativa de acertar. Um ciclo sem fim de erros, como se cada passo adiante viesse sempre com dois para trás. Somos uma coleção de pecados ambulantes, uma massa de erros ambulantes, sempre em busca de redenção, mas incapazes de alcançá-la. É curioso como, mesmo sabendo da nossa própria miséria, continuamos a nos arrastar por essa existência medíocre, tentando, falhando, repetindo. Uma espécie programada para errar.
Por favor, amor, não faça mais isso.
Não é como se os dias nunca tivessem passado tão rápido. Minhas emoções me dão um sinal, me dizem que não estou bem. Você me deixa nervoso para falar, então prefiro não dizer nada.
Eu sinto uma vontade imensa de liberar tudo, mas você continua pedindo para eu segurar. Você me deixa inseguro para agir, então eu não consigo entregar nada para você. Estou girando em torno de mim mesmo, tentando ser quem você precisa, mas...
Silêncio, amor, por favor.
Não diga mais nenhuma palavra. Por favor, fique quieta. Silêncio, amor, não diga mais nada, porque cada vez que você fala... eu só acabo machucado.
Nós tendemos a ter tantas pessoas a escolher que acabamos não escolhendo ninguém. Se escolhermos uma pessoa, estaremos rejeitando todas as outras; se não ficarmos com ninguém, não será necessário rejeitar. Isso é inconsciente, e ao tomar consciência disso, conseguimos encontrar um relacionamento – ou não.
A solidão é um espelho polido que reflete a verdade nua de nossa alma, revelando as rachaduras e os anseios que tentamos esconder do mundo.
Nunca compreenderei verdadeiramente a natureza da humanidade, pois a maioria apenas reverencia a Deus por temor ao castigo no "inferno", simulando um amor que sequer se esforça em estabelecer uma comunicação genuína com Ele. Tal cenário chega a ser irônico, evidenciando a profunda perdição em que a humanidade se encontra. A única redenção possível reside em Jesus Cristo, e caso não haja arrependimento, a salvação se torna uma possibilidade cada vez mais distante. Recomendo, portanto, que aceite a presença de Jesus em sua vida enquanto ainda há tempo para tal decisão.
Por que a depressão se faz presente em nossas vidas? É uma questão tão complexa e dolorosa de se enfrentar. Recordo-me vividamente do primeiro de agosto de 2020, quando fui tomado por uma crise avassaladora da qual não vislumbrava saída. A depressão me envolve em um véu de sofrimento infindável, deixando-me sem rumo. Anseio por tempos em que a vida seja leve, sem a carga pesada desse mal, mas infelizmente nem sempre as coisas são tão simples.
Gostaria de compreender melhor como lidar com esse fardo, como ser gentil comigo mesmo e com os outros durante esses momentos sombrios. É alarmante pensar que tantos jovens, cerca de 90% na adolescência, enfrentam a depressão sem sequer perceber. Alguns, infelizmente, chegam ao extremo de pôr fim à própria existência, sem encontrar saída para o abismo em que se encontram.
Desejaria poder superar essa dor sem sofrimento, mantendo-me recolhido em meu próprio mundo. Anseio por compartilhar meus sentimentos com alguém que amo, mas até mesmo essa simples ação parece inalcançável para mim. Peço-lhe, por gentileza, que me auxilie nessa jornada desafiadora.
Por mais que me encontre em um estado de desânimo, sempre fui amparado quando chegou a minha vez de ajudar. No entanto, falhei ao retribuir a gentileza e acabei sendo rude com alguém que se importava comigo, causando-lhe sofrimento. Apesar da minha postura rígida, ainda consigo nutrir sentimentos de amor. Luto incessantemente contra os meus problemas, mas eles sempre retornam para me assombrar. Não compreendo o que há de errado comigo. Apenas desejo encontrar a felicidade e escapar do sofrimento. Queria ser desprovido de toda humanidade, pois a vida é repleta de dor e desgraça. Por que os seres humanos sofrem tanto? Estou exausto, cansado de tudo isso. Escrevo para tentar escapar dos meus problemas, mas nem mesmo isso consigo alcançar.
Eu me encontro frequentemente em solidão, mesmo que não transpareça. Sou um cara reservado e não aprecio interações sociais. Na maioria das vezes, me calo não por falta de capacidade auditiva, mas por escolha própria. Desejaria conseguir me comunicar com minha família, ou ao menos tentar desabafar com eles. Acreditei que me cortar poderia melhorar as coisas, mas infelizmente nada mudou e tudo se tornou ainda mais sombrio.
Passo cerca de vinte horas diárias ou mais em completa solidão, tendo diversas oportunidades de pôr fim à minha existência. Questiono-me o motivo de não o fazer. Seria medo? Ou talvez o receio de ver meus entes queridos sofrerem por algo tão insignificante como eu? Hum... Será que realmente vale a pena persistir nesse estado de desolação e batalhar contra minha depressão ou semelhante?
Por qual razão as pessoas persistem em proferir mentiras para mim, mesmo cientes de que detenho o conhecimento da verdade? Qual seria o propósito dessa conduta por parte delas? Seria, por ventura, com o intuito de me causar sofrimento? Por qual motivo almejam as pessoas perpetuar a mentira, proporcionando um estado de felicidade fictício à pessoa, em detrimento da exposição da verdade e, consequente desencadeamento de um estado de tristeza? Não seria mais simples e correto comunicar a verdade, ao invés de perpetuar uma mentira?
Despertar às seis horas da manhã com pensamentos auspiciosos e algo verdadeiramente extraordinário é uma experiência singular. A sensação é ainda mais gratificante quando se desperta de bom humor e se depara com um acontecimento positivo, como o caso de se ter a irmã tatuando o nome da pessoa amada em seu braço. Este é um acontecimento genuinamente surpreendente e de grande significância, tanto para nós mesmos quanto para nossa família.
Entretanto, ultimamente tenho me sentido um tanto abatido e melancólico. É importante ressaltar que na vida há dias bons e ruins, e é somente uma fase passageira. Aceito que Deus criou sua obra de forma não totalmente perfeita, permitindo que as coisas fluam naturalmente, sem manipulação dos seres humanos como marionetes. Já cogitaste quão formidável é o nosso Criador? Já refletiste sobre a grandiosidade de tudo aquilo que Ele criou?
Poderia passar dias a fio escrevendo sobre os detalhes e nuances da minha existência, entretanto deixarei este relato para os próximos capítulos.
Recentemente tenho me sentido bastante desanimado. Não consigo compreender por que as coisas têm sido tão difíceis e frustrantes ultimamente. A quantidade de contratempos tem sido expressiva e dificulta minha capacidade de discernimento. Gostaria sinceramente que as coisas fossem mais descomplicadas e agradáveis. Se apenas o mundo pudesse se embasar no amor e na compaixão, sem espaço para sofrimento, por que a realidade em sua essência é repleta de crueldade e dor? Por que não alcança a perfeição que muitos consideram ideal?
Me vejo desmotivado e quase sucumbindo a todo esse panorama adverso, contemplando inclusive a existência divina. Por abdicar de meus esforços, inevitavelmente decepcionaria a Deus, o que certamente acarretaria em consequências punitivas, abalando não apenas Sua personalidade, como também aqueles que compõem minha família, a quem tanto prezo. Ainda que tema perdê-los, paradoxalmente desconsidero a ideia de me privar da própria vida, pois percebo quão simples seria esse ato em contraste com a complexidade do sofrimento causado pela perda de um ser amado. Por que tal sofrimento precisa existir?
Almejaria a possibilidade de tornar-me insensível e desprovido de afetos, o que se apresentaria como uma solução ideal. Esse estado de apatia representaria um panorama desejável em minha existência. Sabem aquelas ocasiões em que a tristeza se faz tão presente que apenas pensamentos negativos parecem predominar? Pois bem, este é meu atual retrato. Encontro-me imerso em um turbilhão de pensamentos que me assolam com intensidade, sem razão explícita. Por que minha trajetória precisa ser permeada por tamanha melancolia e infortúnio? Existe a perspectiva de um dia experimentar a felicidade? Haverá um desígnio divino reservado para mim?
Desejaria ardentemente pôr fim a estas reflexões angustiantes; contudo, a cada minuto, a cada segundo que transcorre em minha existência, os desafios tornam-se mais espinhosos, obstaculizando a resolução de quaisquer questões. A cada passo dado, um contratempo se materializa. A cada decisão, um erro parece surgir. Talvez este ciclo de erros e tropeços seja uma constante na jornada humana... Acaso, o processo evolutivo humano se baseia em tentativas e equívocos constantes? Não sei dizer ao certo.
Encontro-me mergulhado em profunda tristeza e todo este desabafo é oriundo de um anseio íntimo. De certo modo, pouco importa.