Coleção pessoal de enoixlipi
"eu acredito nele " " pq? " "ele não é nada, é algo insignificante, é o nada do universo, mas tem um propósito".
Já tive de muito do que me arrepender
Eu na verdade me arrependo de tudo
Não posso dizer que meus erros sejam grandes
São erros simples, erros bestas
Olho pro mar, e o mar olha pra mim
Vejo o céu e o céu me vê
Na verdade vejo tudo, mais não vejo nada
Apenas observo, não presto atenção
Meus erros são esses
Não vejo o que tem que ser visto
Vejo o que não pode ser visto
Que idiota eu
Olho alguém e esse alguém me olha
Vejo atentamente o observo
Entrego-me em seu olhar
Desdobro-me em sua face
Imagino tudo, pairo a espreita
Olho e vou, vou e olho
Entrego-me, me entrego
Esse é o meu erro, me entregar.
Tive um momento pequeno de Lucidez
Esses poucos momentos vi tudo como é
Tudo que de muito parecia muito
Mas de nada era nada
Tive que acordar percebendo que já estava acordado
Tive que observar algo novo
Refletir novamente, o que era
Quem sou eu?
Perdoa-me vida, acordei de vez
Percebi quem era você
Na verdade eu percebia
Só não sabia que estava lúcido
Tive que andar, sem caminhar
Que louco não?
Não, não é louco
Eu simplesmente me tornava lúcido.
-diários de um louco
Todo mundo é um gênio. Mas se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ele vai gastar toda a vida acreditando que é estúpido.
Você diz que não é especial porque o mundo não sabe da sua existência, mas isso é um insulto à minha pessoa. Eu sei da sua existência.
Você não pode simplesmente não falar com seu ex-namorado depois de os olhos dele terem sido arrancados do raio do rosto dele.
" e assim eu vou olhando pro mundo lá fora, encarado essa minha pouca falta de amor próprio , vendo que poderia ser tudo diferente, mais como dizia o sábio, aquele que não se ajuda, não tem êxito."
Tenho visto o quanto é difícil prosseguir, talvez nossa relação esteja tendo um fim, inescrupuloso ou talvez seja a minha cabeça que esteja me confundido, de duas coisas eu sei, saudade confunde e eu rezo pra que seja só a minha cabeça.
As vezes me preocupo com o pouco que mostro te dar, não tenho problemas, dou o quanto mereça ganhar.
Eu acho que to te perdendo, talvez seja isso mesmo, não posso fazer muito.
Ainda não havia pensado que seria tão insuportável e doloroso, mais é, e fere, não consigo mais nem está acordado, dormindo tinha pesadelos que agora parecem mais fácil estão lá, eu te amo muito, mais se tiver de ir não posso fazer muito se não aceitar e viver com uma faca no coração a todo instante cortando e me mutilando por dentro.
Acho que preciso ser apático, enfim. Amo-te . Mas...
Sempre vai existir o mas....
É preciso aprender que tudo o que foi perdido não tem volta
É preciso aprender que na vida, perdas são algo que se tem que aceitar
Que aquela historinha de que o que vai volta, é uma mentira universal
Aprender que apego só levam a sua desgraça, que se for escolher amar, não ame.
Enfim viva intensamente.
Um dia conheci uma garota. Essa garota não era uma garota comum, tinhas seus defeitos tinha suas falhas mais fez eu me sentir a melhor pessoa do mundo, me fez pensar parece impossível aquilo acabar, mais um dia eu, eu esse babaca estúpido, idiota imbecil, hipócrita, egoísta, um filho da mãe. Conheceu alguém que veio como uma tempestade, sem avisar, sem cessar. Ele (eu) não pode contra a tempestade, lutou ou talvez não, e se perdeu na tempestade enfim.
Foi bom os nossos momentos, foi legal viver essa loucura q a gente chamava de amor
, você sim, merece alguém que te transforme que vença a tempestade. Merece alguém que saiba te entender, tipo, um homem de verdade o que eu não sou.
O jeito como eu sinto por você nunca vai mudar. É claro que eu te amo - e não há nada que você possa fazer pra mudar isso!
O primeiro beijo
Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
– Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
– Sim, já beijei antes uma mulher.
– Quem era ela? perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engolia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...
Ele se tornara homem.