Coleção pessoal de Emidioraq

Encontrados 6 pensamentos na coleção de Emidioraq

Hoje...
Hoje me despi do restinho de medo que ainda me vestia,
Sequei a última lágrima que ainda escorria...
E de repente o espelho já não me amedrontava,
A cabeça baixa se levantava e...
E outra vez lembrei quem sou!!
Sou pássaro de fogo,
Queimando e renascendo das próprias cinzas
Guerreira,
Destemida,
Que cai,
Mas sempre levanta,
Forte,
Sábia,
Refeita!
Hoje...
Hoje abri meu maior e melhor sorriso,
Liberei a mais sonora das gargalhadas,
E lembrei:
Eu???
Eu nunca me dou,
Sei bem quem sou... (Raquel Emidio - 21 de Julho de 2015)

Hoje...
Hoje me despi do restinho de medo que ainda me vestia,
Sequei a última lágrima que ainda escorria...
E de repente o espelho já não me amedrontava,
A cabeça baixa se levantava e...
E outra vez lembrei quem sou!!
Sou pássaro de fogo,
Queimando e renascendo das próprias cinzas
Guerreira,
Destemida,
Que cai,
Mas sempre levanta,
Forte,
Sábia,
Refeita!
Hoje...
Hoje abri meu maior e melhor sorriso,
Liberei a mais sonora das gargalhadas,
E lembrei:
Eu???
Eu nunca me dou,
Sei bem quem sou... (Raquel Emidio - 21 de Julho de 2015)

As vezes chego ao supermercado e percebo que a grana não vai dar para levar as guloseimas que tanto gostamos. Por alguns instantes fico decepcionada, mas depois penso que se a minha dispensa ainda comporta o básico suficiente, tenho mais é que sorrir, agradecer, lembrar e determinar a vitoria, já que amanhã sempre será outro dia. Pois poderia ser pior, existem milhares de pessoas por aí que adormecem famintas sem quaisquer esperanças no amanhã. Aprendi a pensar que tudo pode ser pior, basta focar na Lei de Murphy. Quando a suspeita de câncer se manifestou, por alguns instantes perdi o chão e pensei: "Meus filhos!" Mas como eu disse, foi só por alguns instantes. Pois a viagem de volta do hospital para casa, que não durou 20 minutos me fez refletir e cair na real: "Epaa!! Pára tudo! Eu não preciso de um câncer pra morrer. Basta que eu esteja viva!!! Posso ser vítima de bala achada, que as pessoas ainda insistem em dizer que é perdida, posso bater com a cabeça e morrer, posso sofrer um infarto, um derrame... E com esse pensamento eu recebi meu diagnóstico, firme e sem medo, contrariando o semblante triste e desolado da jovem Doutora, que após eu indagar se não tinha chances, ela ainda argumentou: "Mas você vai fazer quimioterapia e perder os cabelos! Vai sofrer mastectomia radical!" E, sem qualquer tristeza ou desespero eu lhe disse: "Doutora, se você me disser que eu tenho 1% de chance, vou agarrar e tentar acrescentar dois zeros. Cabelos crescem! E quanto à mastectomia: Mais vale um bom na mão do que dois ruins no soutien!!... Já diziam Mamonas Assassinas... Há reconstrução, mas isso nem me preocupa. Estou me despindo de qualquer vaidade em nome de minha saúde e minha vida. E, mesmo que meus cabelos não mais cresçam, se eu continuar viva por dois anos, já será lucro!" Estabeleci uma meta de dois anos. Bom, em Agosto completarei 5 (cinco) anos dessa conversa e desse diagnóstico. Agora em Maio, completarei 4 (quatro) anos de cirurgia em que limei esse CA. Se ele vai voltar em outro lugar ou não, não sei e nem me preocupo, pois ele já sabe que aqui a parada não é fácil. Pois não dou a ele o valor que deseja. E olha que não foi fácil viu. Passei por grandes aborrecimentos e descasos até iniciar o tratamento. Mas eu sou e sempre serei brigona. Consegui o que queria e ir para onde queria. Mesmo que esse atraso tenha aumentado o perigo. E, como se não bastasse, durante as quimios vermelhas, após descasos e indiferença de dois médicos, durante as duas primeiras, fui parar por sorte nas mãos de um Anjo chamado Luiz Guilherme Pinheiro Branco. Era a última quimio vermelha e talvez eu nem fizesse as brancas, pois o tumor já estava se tornando inoperável. Dr. Luiz Guilherme me informou que ao contrário de reduzir, o tumor havia dobrado de tamanho. Marcou a última quimio vermelha e me encaminhou para marcar logo radioterapia, pois talvez, se não houvesse qualquer regressão, eu iria à hormonioterapia. Sem qualquer demagogia, saí de lá sem nenhuma preocupação ou pensamentos ruins. Acho até que a ficha não tinha caído e nem caiu. kkkkkk Na consulta para saber o que aconteceria comigo, Dr. Guilherme mostrou-se mais feliz e eufórico que eu e disse que o tumor havia regredido tudo que aumentou e que iniciaríamos as quimios brancas. Ele ainda ficou surpreso e desconfiado de eu ter conseguido marcar radioterapia para menos de quinze dias, já que as marcações estavam demorando mais de três meses. Então lhe respondi: "Doutor, não tenho costas quentes, não tenho conhecimentos e nem dinheiro para pagar propinas. Apenas meu sorriso e minha humildade. kkkk" Tive que desmarcar a radioterapia e fazer uma bateria de exames para detectar alguma possível metástase. Eis que o danado do câncer não se alastrou para lugar nenhum. Era como se ele tivesse crescido dentro de uma bolsa. E essa bolsa com certeza foi meu pensamento. Pois, quando a mente decide, o corpo costuma obedecer! E tenham certeza que não sofri quaisquer efeitos colaterais de dor ou enjoos provocados pelas quimios. Tomava os remédios, que evitavam, antes. kkkkkkkk Sou boba não. Além dos sucos e caldos naturais que me eram indicados e preparados carinhosamente por uma grande amiga e irmã de outras existências Vera Lucia Gama, Curica Solta na Buraqueira Chumbreguete!... Um mês antes do diagnóstico me converti ao Budismo de Nitiren Daishonin. Confesso que essa semente havia sido plantada há mais de vinte e cinco anos por minhas vizinhas e amigas Lea Barreto Do Amaral e Vanderlea Barreto. Elas me ensinaram a recitar o Nam-Myoho-Rengue-Kyo. E por todos esses anos, as vezes me pegava recitando, sem saber o que significava. Só sabia que era vitória. Pois na época, o meu preconceito me impediu de participar das reuniões em que D. Lea e Vanderlea me convidavam, mesmo morando ao lado delas, onde também aconteciam as reuniões. Mas tudo tem seu momento. Foi então que conheci outra grande amiga e irmã de outras existências Sandra Santos, na porta do Colégio Pedro II em São Cristovão. Ao descobrir que ela era budista, comecei a indagar, entender e me interessar. Já na primeira reunião que ela me levou, decidi por mim que me converteria e buscaria absorver os estudos e praticar incansavelmente pelo Kossen Rufu (Paz Mundial). Um dia ela me ligou e eu lhe disse que estava me sentindo um pouco perdida, sem motivos, pois até então nem tinha certeza de câncer. Só estava mesmo triste e deprimida por vários motivos que eu não encontrava a razão. Já nessa primeira reunião, durante a explanação do Carlos Olimpio Martins, em que uma frase ficou gravada: "Todos temos carmas negativos, mas cabe a nós transformá-los. A determinação é nossa." Então virei para Sandra e disse: "Procurei por isso a vida inteira." Sempre fui questionadora, desde criança, jamais entubei goela abaixo o que me diziam como verdade absoluta. Muitas pessoas têm suas reservas e conceitos formados contra o budismo, sem se darem ao trabalho de informação. Dizem que não acreditamos em Deus, que cultuamos um Buda num prato de costas pra porta e com arroz e moedas. kkkkkk Confesso que fiz isso antes de conhecer a filosofia budista. Não cultuamos imagens, mas também não recriminamos e julgamos quem o faz. Praticamos o Nam-Myoho-Rengue-Kyo (Devoção à Lei de Causa e Efeito). Isso não significa não crer em Deus, significa que não atribuímos à onipotência tudo que de bom ou ruim que nos acontecer. Não esperamos por milagres, pois quando ele não vem, sofremos e nos desesperamos. Se partirmos dessa visão, é um tanto injusto que alguns se salvam e outros não. Enquanto vemos por aí tantos patifes se salvarem. Tudo parte de nós. Afinal esse é o livre arbítrio. Mas cada um com sua crença e que seja sempre respeitada. A minha é a Lei de Causas e Efeitos. Sempre colhemos aquilo que plantamos. Somos responsáveis por tudo que de bom ou ruim que fizermos, e uma hora essa conta chegará. Por esse motivo, nunca maldisse o câncer. E mesmo que ele volte, o pensamento será sempre de indiferença contra ele, luta e combate. Não estou passando por isso a toa. E, se, caso ele volte, oro para que não, vou lutar, mas se não sair vencedora, é porque minha missão por aqui terminou. Mas saibam que enquanto eu puder, vou sambar sobre ele. E com certeza não sairá vencedor, pois se eu for, o levarei comigo. Mais uma vez afirmo que não é demagogia, mas o câncer para mim não foi só subtração. Foi muita adição de coisas boas também. Eu estava em uma depressão profunda, e ao descobri-lo, tudo isso se foi. Quando parei de lamentar perdas e sofrimentos e entendi que tudo partia de mim, passei a receber tantos benefícios, passei a ser tão mais feliz e forte, que quem me conhece e conhece minha história de luta sabe!! Sendo assim, não pensem que eu agradeço ao câncer pelas conquistas. Agradeço pela minha tranformação como ser humano, pela transformação do meu pensamento, por não me colocar como vítima das circunstâncias e pela força que adquiri em batalhar contra mim mesma e sair vencedora. Nosso maior desafio e nossa maior vitória é vencermos a nós mesmos dia após dia, já que somos nós mesmos nossos maiores amigos e inimigos também, dependendo da causa que provocarmos.
BOA SORTE A TODOS!!!
Parabéns e muito obrigada para quem conseguiu ler esse texto gigante. kkkk Obrigada pela atenção. (Raquel Emidio - 07 de Maio de 2016).

Adoro quando vejo as pessoas decepcionadas por perceberem que estou fazendo ou vivendo o que elas desejavam que eu não fizesse. Alguns que eu pensava ser amigos, que eu pensava ser família, desejaram minha derrota, mesmo sob beijos e tapinhas nas costas. Mas sempre gostei de contrariar todas as estatísticas. Pois um dos maiores desafios da vida é vencer a si própria (o) todos os dias.

Ser MÃE é abrir-se em SORRISOS, mesmo quando a ALMA está SANGRANDO.
Ser MÃE é ser AÇO, mesmo quando se sente VIDRO.
Enfim, ser MÃE é viver todas as DORES e todas as DELÍCIAS de ser o que é.

MÃE
Uma das palavras mais repetidas do mundo, desde o momento em que aprendemos a falar, seja lá qual for o idioma.
Mamã, manhê, mainha, mãezinha, maminha, mamãe, ou simplesmente mãe. Seja por um pedido de socorro, seja por ciumes, seja por exigir atenção, seja por protesto, por rebeldia, seja por amor, por saudades ou gratidão. Mas com certeza é a palavra mais pronunciada pelo pensamento e proferida pelos lábios.
Na infância, a dependência nos fazem mais agarrados, mais apaixonados, mais egoístas e ciumentos...
Na adolescência, a tentativa de auto afirmação, a rebeldia latente e inerente, a falta de noção nos tornam muitas vezes, mesmo que imperceptivelmente, cruéis com nossas mães. Por simplesmente pensarmos que somos donos da verdade, independentes, que o mundo é nosso...
Mas, apenas quando nos tornamos mães, ou até mesmo pais conscientes, é que descobriremos o que é AMOR INCONDICIONAL, o que é DOAÇÃO SEM RETRIBUIÇÃO, O que é aquele AMOR QUE NÃO SE PEDE E NÃO SE MEDE... Se antes, o espírito era destemido e aventureiro, uma trava se instala em nossos pensamentos. Aí, vem aquele MEDO DE MORRER, MEDO DE SER INCAPAZ, MEDO DE PERDER!!
Faz parte da vida, mas não há momento mais cruel que uma mãe SE DESPEDIR ETERNAMENTE DE UM FILHO!!!
Então, que sejamos mais filhos enquanto pudermos. Que as "FLORES" sejam oferecidas em VIDA e não em JAZIGOS. Pois, como disse Anne Frank: "Os MORTOS recebem mais flores do que os VIVOS, porque o REMORSO é mais FORTE que a GRATIDÃO."