Coleção pessoal de egila_souza

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Renascimento lírico

Dos meus avessos a “tiração” de pó
Das muitas versões em uma só
Dos elementos que me complementam
Dos espaços vagos e despretensiosos
Do que há em mim, do meu plural astral
Do resto de sal no meu corpo
Da marca do sol na minha pele
Das minhas marcas/cicatrizes
Do meu eu
Que nem eu encontro
Que no eu se perde
E renasce no lirismo

Pois até posso ser vaga
Mas vaga em poesia!
E na alegria de conseguir pensar além da caixa, além das sombras na caverna, levando comigo Eraclito e o seu Rio mensionado, pois entendo que era uma no início desse texto, agora não mais!

Texto 1

Renascimento lírico

Vivendo no completo torno de mim
Fazendo o lírico associar-se ao lado mais louco
Dentro da bolha do MPB que explode todo anoitecer
E então me fazendo egocêntrica
Pois estou para mim, e ninguém mais

Nos meus renascimentos diários
Busco a essência inicial de tudo que sinto
Pensando na minha base
Questionando e buscando respostas
Para aquilo que subconsciente faço sem saber
O por que ?

Texto 2

Nova emoção criada por Égila Souza

O que você tá sentindo ?
Tô meio chuva hoje!

Hãn ?

Tô meio triste, chorosa porém estou em paz, lavando o que precisa ser lavado e me acalmando ao som de cada pingo de lágrima.

Amor bipolar

As vezes eu não quero o comum
Não quero o fácil
Não quero as mesmas coisas
Só me interessa o extraordinário
E as vezes eu só quero o convencional
O cotidiano chato
A rotina enfadonha
E preciso de um amor que surfe nas ondas do meu humor
E as vezes que me imponha
Que decida por mim
E que me deixe livre dentro da redoma de nós mesmo….

Reflexões de uma alma rasgada
Tive que rasgar minha alma muitas vezes para que fosse feito o entendimento… E quando me perguntam sobre o que aprendi, choro, pois tudo que me fez aprender, fez-me sofrer amargamente.

Quisera eu não conhecer a dor, mas também não conheceria a verdade… Me questiono se tudo isso valeu a pena… Quando rasgada, quis morrer. Quando vaga, não sabia o que era morte. Hoje, costurada, sei que quero viver. E vejo o brilho da vida, não vejo motivos para reclamar e nem mesmo momentos para querer me rasgar.

Pois já fui o que não queria ser. Sofri o que tinha que sofrer. E aprendi a mais libertadora e cruel das lições:

“Se vivo sem propósito, que propósito tens minha vida?”

Solitariedade

Movimento de inclusão solidária aos solitários deste mundo. Que esse texto chegue a todos aqueles que sentem o vazio da solidão, em qualquer momento que seja, especialmente àqueles doentes que se veem sem amigos para compartilhar um pouco da sua dor e dividir momentos de loucura.

Esse movimento é para todos aqueles amargurados, que com o mínimo de cérebro, preferem a solidão a presenças mais vazias do que o próprio vazio interior.

Solitariedade

Solitários por escolha e por vaidade 🫧🌟

Sintam-se abraçados e acolhidos, e mais que tudo, compreendidos.

Love - me

Me ame como eu amo a poesia
Me ame como eu amo boas musicas
Me deixe ser livre numa gaiola de amor
Crie um mundo, meu e seu

Me guarde como uma joia
Seja delicado cuidando da sua rosa
Seja preciso ao me amar
Seja certeiro quando nos deitar

Só quero sejamos um
Seja na cama
No sofá
Ou rua
Somos um
Co-dependentes
Co-existente

Me ame pra valer
Me ame pra morrer
Ou não ouse abrir a boca pra falar de amor!

Licença, poética…

Peço a ti espaço, escadas e varandas
A chave, as portas e todo teu interior
E desculpa pela impaciência às vezes
Pelo medo de te perder de vez enquanto

Peço a ti, licença pra entrar devagarinho
Às vezes quebrando portas
mas sempre abrindo caminhos
Que no meu canto encontre carinho
E no meu amor você faça ninho

Peço a ti que quanto a mim, nunca negligencie
Que me trates sempre bem e além
Pois de ti farei sol
nas escuridões será minha lua
Quem me guias e quem me aconselhas
Sobre tudo te escutarei e por ti tudo farei

Peço licença, sou poeta
E as vezes estarei num mundo alternativo
E não se sintas excluído
Pois és em ti que eu orbito…

Que no planeta sejas eu
pois toda poesia é você
No complexo paradoxo
Não te quero ermo
Sejas meu e sem mistério.

A vista da janela

Nos meus pensamentos há uma janela
Dela vejo a minha vida
Meu presente
Meu futuro
Me vejo

Sentada na grama enquanto o sol queima minha pele,
Enquanto o vento me abraça
E os meus pés no chão sentindo cada grão de areia
Tomada pelos mil acordes que existem em meus dedos
Por todas as músicas que sei de cor
Tomada por todos os pensamentos que possuo.

Olhando da janela até parece uma mulher comum em um dia qualquer
Sem visão, pois ver vai além dos que os olhos captam
Essa mulher que vive o universo das entrelinhas,
Vive a folha rasgada e amassada
Que busca todos os sentidos
Todas as sinestesias
Todas as curas
Dos amores a fúria
Mais fortes das ternuras
Pois nela há tantas ranhuras
Que se pensares bem
A perspectiva da realidade às vezes é mera vaidade…

Submersa

submersa no meu pensamento
Entre o fôlego e o engasgo
Entre a água e ar

Submersa
Em todas coisas que me afagam
Entre teu disfarce e a interface das palavras
Entre abraços sem braços e sorrisos sem dentes

Submersa
No raso racional que não questiona
Enquanto pensante, palavras e significados
Enquanto vento, somente vastidão

Submersa
Nas sensações do ser
Nas intenções não intencionadas
No pedido, na mágoa, no ponto ou reticências?

Submersa
No se e no talvez
No mergulho mais complexo
No existencialismo mais inútil
Na decisão, e no confuso!

Em total submersão entre a loucura e a razão!

Falar sobre sentimentos sem falar de Djavan
É não falar nada!
Dizes que me ama?
Dizes *eu te amo* !
E ainda não sinto o amor
Pois o que ouço nas letras das canções
Vai além de 3 palavras
Vai além dos mares
Muito além dos tempos
Desertos e indecisões

Eu poderia facilmente dizer que sinto Djavan
Pois aí te sinto de todas as formas
Te amo além de tudo e além de todos
Meu sentimento é Djavan
É intenso e fugaz
E nos teus sinais não me confundas
Pois se Deus realmente criou tudo pensando em você, me criou pra ti!

O que está sentindo?
Djavan novamente!
Djavan
Djavu
Amor I love ú!

Milton Nascimento falou - se quem sabe isso quer dizer amor;
Mas Djavan sabe o que quer dizer e o que é !
E eu estou aqui divagando sobre sentimentos
Somente pra dizer que se for me amar
Que me Djavan, pois esse é o mais sincero e puro sentimento, o mais completo que vai do dos mares ao deserto, que não cabe o “se” somente a certeza de ser!

Não te amo
Te Djavan!

Intuir a verdade dói
Desespera o coração
É uma triste sensação
De saber o que não sabe
Mas que é a pura a verdade

Intuição
Arma da cabeça que atira no coração
Que brota, que apodrece que entorpece

Intuição
Dizes que é exagero, coisas da minha cabeça
Dizes que não há com o que se preocupar
Quando intuindo estou sentindo, devagar e sempre toda traição
Droga de intuição

Sinto a verdade
E a dor que a precede
Intuição é para os sensíveis
Para os bons, para os puros
Que sentem o mundo
Para quem de fato merece…

A poesia da vida se faz na subjetividade da verdade, no quão frágil são as relações o humanas e do quanto a superficialidade está em alta.
Pensar em poesia no início de 2024 é estar frente ao paradoxo da geração que faço parte, ver o mundo tal qual está e querer permanecer a mesma jovem rabugenta e antiquada nao faz muito sentido, mas o que faz ?
Hoje penso no tempo de qualidade, hoje penso na rotina, vaidade e penso de verdade.
Que 2024 venha com novas perspectivas, cheio de amor, paixão, amizades e tudo de bom que possamos imaginar.
E que venham mais perguntas, pois filosofia e poesias andam lado a lado, que a curiosidade também faça parte desse novo ciclo e que ausência de quem amamos seja ausente, só quero presenças verdadeiras e músicas boas, quero cola, resina, osso, batidas, eletros, ecos, ampolas e doações, quero está na mais fiel versão de mim mesma, de corpo e alma no que me proponho e de olhos fixos no que almejo, me permito sonhar somente com aquilo que não é prioridade, sem mais delongas, vivamos nossas próprias crônicas.

Redescobrindo a paixão

Tem sido um grande prazer te conhecer
E reconhecer que ainda tenho borboletas no estômago.
Tem sido bom demais falar sobre tudo e sobre o nada por 2 horas trancada no banheiro.

Tem sido excitante não saber o que fazer de vez enquanto!
E eu te fotografo toda vez que você sorri,
Toda vez que não temos o que falar e nos olhamos
Guardo essas fotos na memória como guardei teu cheiro
Guardo a maciez da tua boca
E a sutileza do teu toque
Guardo o teu olhar, que ainda não aprendi a decifrar
E se é pra falar mesmo, to te guardando em um lugar de carinho cheio de beijos e abraços quentinhos.
E mais ainda guardo minhas fantasias, de ouvir o “senhorita” pertinho do meu ouvido.

Grandes pássaros poderiam passar
Mas o que passava mesmo eram as horas
E de tudo que poderia passar, o que não passa é vontade de te beijar…

Te achei em meio a covardia

Procuro te entender todos os dias, principalmente quando manda essas mensagens confusas,
procuro os meus defeitos que você tem apontado,
procuro toda essa culpa que tu me atribuiu
E o que encontro é um “homem”, se isso é ser um homem, já não sei!
Mas eu te encontrei, me culpando por suas inseguranças, por sua falta de constância.
Te achei fugindo de qualquer responsabilidade, e sendo maior dos covardes.
Covarde quando me culpa, quando me confunde, quando me atiça e quando me deixa quebrada.
Não tens competência de ser o que deveria e então me culpa, pois você mesmo não atinge as próprias expectativas.
E então se fez um troço no sentindo literal da palavra.

Meu armário empoeirado

De tudo que guardo sobressaem-se as poesias
A beleza dos detalhes que observei
A beleza dos olhares que fotografei
Guardo o amor que sinto e lacrimejo
Guardo a paz dos abraços e fogo dos beijos
Guardo a dor de cada queda
E a felicidade em tudo que tenho na terra
Que por mais que nada seja
És o que é meu.

Detalhes pessoais

Gosto dos meus pés descalços
E meu pescoço descoberto
Gosto da delicadeza dos tecidos sobre o meu corpo
Gosto da minha pele macia
Do meu traseiro redondo em roupas coladas
Gosto da minha feminilidade
Dos meus passos e tropeços
Gosto do meu olhar selvagem as vezes
Das feições nada meigas
Os detalhes dos meus movimentos
Gosto de ser quem sou e de brilhar onde vou
De atrair, desejar e ser desejada
Sou menina mulher
Sou levada.

Pensando em querer-te um pouco mais

Eu falo teu nome no silêncio dos meus pensamentos
Parece que você virou o meu assunto preferido ..
Você tem me feito brilhar como o sol
Tem me feito querer arder como fogo
E no mais inocente sorriso me faz querer-te perto.

Tenho despertado com vontade de te ver
Despertado pra você
queria despertar com você.
Horas quero que me cuides
outras quero te cuidar
Horas sinto o vazio da sua risada e no instante seguinte você me preenche com nossas poucas lembranças.

Sem pensar em futuro a longo prazo
Hoje eu quero você!
Colhendo acerolas todas as tardes
Vindo me surpreender de vez enquanto.
Quero ouvir músicas e rir desesperadamente
Quero o rosado do teu pescoço colado no meu nariz.

Te quero pra mim
Pois querer é nobre e de tudo que sou pobre,
Sou rica dos sentidos e te sinto as vezes meu por mais que ainda não tenha sido!

Preciso de rosas

Eu nunca recebi flores
E sinto falta da sensação que desconheço
Me sinto vivendo errado
Sou romântica mas não aponto de serem comigo

Queria flores
Flores pra me sentir viva
Sexy
Por uma rosa na boca e me sentir como uma dançarina de tango
Queria sentir o perfume
A textura

Queria um buquê
Bem grande
Do tamanho da ausência que me faz
Queria pétalas no chão
Para que eu pudesse pisar
Deitar-me

Queria espinhos
A dor de uma boa furada
A dor da invasão

Queria a delicadeza das pétalas
E o incômodo dos espinhos
Queria deitar e ver uma chuva de rosas
Queria o drama e paixão
Queria suspirar ao pé do ouvido
Sentir os poros dilatados
Os pelos espetados

Queria todas as rosas que pudesse ter
Todos os buquês
Todos os espinhos
Queria por mim o mais indescritível carinho
o endeusamento de ser bem lembrada
De ser bem querida
Queria por fim ser colhida…
Não desta vida, mas do status de não ser a escolhida…

Dorso

Vejo no espaço tempo a fenda
Que revela luzes e verdades
Vejo a vela e o vento da vida
Que me permite navegar
Sozinha
deriva …

Vejo no horizonte apenas o trivial
Que permite esquecer o vendaval
Vejo um grande relógio desorientado
Que busca acertar as horas
Enquanto concilia problemas de outrora.

Vi o dorso de muitos num lapso flash
Vi o meu próprio dorso colado na cama
Longos eram os dias
Longas eram as horas …

E enquanto de costas
vi a tal importância da vida
Da minha vida
Que não importa para todos
Mas importa para mim.

Pois no fundo da ausência
Está em eclipse a pseudo bondade
E a mais falsa das amizades.