Coleção pessoal de educarvalho
(...)
Se eu pudesse humanizar minha alma
Diria que ela está exangue
Com uma expressão mofina
De um cavaleiro derrotado
Que não foi morto no duelo;
Escudo quebrado,
Espada baixa,
Armadura despedaçada,
Olhar langue, vergonhoso,
Os músculos fadigados.
Ali, imóvel, no meio daquela multidão
De olhares repressores.
Digno de pena.
A espada que a pouco parecia dar-lhe plenitude
É agora o símbolo de sua derrota
Algo que não pode mais levantar
Algo tão pesado que já nem pode segurar
Mas com o punho fechado, serrado, da euforia que passou a pouco,
Também o impossibilita de solta-la.
De símbolo de força e garra a símbolo de derrota e humilhação
Torna-se agora uma chance de recomeço,
Mais uma ultima fagulha de força e esperança
De, quem sabe, mais um duelo mortal.
(...)
Muitas vezes o homem esquece que a evolução pos o cérebro a frente dos punhos e deixa esse espírito neandertal assumir o controle dos seus atos e palavras. São esses homens fracos que fazem o mundo entra em colapso com guerras sangrentas e destruição massificada. Esse tais, estão à procura de uma pseudo-vitória sobre os que eles consideram inimigos, mas não sabem esses tolos que “o inimigo” é uma criação dessa mente envolta desse espírito neandertal. Os homens de mente deturpada jamais terão a vitória sobre seus “inimigos”, pois a única vitória que perdura é a que e conquista sobre a própria ignorância.
O homem pode deslocar-se para o bem ou para o mal dependendo da mente que controla o seu conhecimento.
(E.C.)
O homem ama todas as vezes que se envolve, mas, como muitos são covardes, não admitem esse amor. É muito claro que a coragem do homem está na mulher que o acompanha.
(E.C.)
Viajar!
A estrada que me apetece é aquele por aonde eu vou.
Viajar é não ser adaptável às formas do cotidiano. É quebrar a carapaça e se expor a aquilo que não se conhece.
De que me serve estórias de outros se não trilho as minhas próprias. De que me serve mapas escritos por mim se não os sigo.
Bom e sentir o peso da mochila em meus ombros, carregada com uma barraca, algumas roupas, o colchão inflável, e todos os meus sonhos.
Bom é se adaptar ao clima, as pessoas, ao modo de vida, então partir e fazer tudo de novo. É bom se perder às vezes. Melhor ainda é se achar, pra não se perder mais.
E as comidas? Ah! São muitas e de todos os tipos.
Bom são as poesias escritas na estrada, as danças do povo, flores, o luar, o sol e ela.
Ela que viras elas se você não tem ela. Ou ela que é bem melhor do que elas se você a tem e ela o tem.
E como é bom voltar para casa com bagagem repleta de estórias novas, distribuir os presentes e dormir em seu ninho. Mas o melhor de tudo é o enriquecimento da alma do pensamento, da mente, do corpo.
Viajar. Se na de avião vou de ônibus, se não de ônibus vou de bicicleta, se não de bicicleta vou a pé, se não a pé compro muletas que me agüente que eu agüente com elas. Mas estarei na estrada que me apetece.
Viajar!
(E.C.)