Coleção pessoal de Eduardomatteo

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⁠Ninguém entende como me sinto
Não sinto nada
Fiquei esperando até agora
tudo oque você consegue ver
Não existe mais
Eu disse
Nós éramos maior que tudo isso aqui
errei
errei
errei
Quero ver com os estão as suas mãos agora
Será que envelheceram?
Não vejo
Eu não sinto
Por favor passe por mim e acene como se não pudesse me enxergar
Não é como não sentir
Está mais pra não existir
Ei, você me ouve?
Tragam para a festa somente bêbados e prostitutas
Preciso me sentir em casa novamente

⁠Fragilidade

A sensibilidade do toque ao olhos
Sem tato e sem contato
Somente a imaginação
O sentido de ser

Sentindo a pele
O arrepio
A boca
Falo mas a voz não vem
O tempo passa
Então arredio vou embora
Ou melhor você se vai
Será que foi meu jeito
Meu nome
Meu endereço
Ou apenas me faltou calma
Talvez tenha notado o suor
Um leve tremido
Coisas que ninguém vê
A ansiedade
A fala que se contém
Outrora eu que gritava
O som hoje já não vem
Mais uma vez deixado
Traído pelo meu corpo
Ou será a alma que aos poucos perdeu o controle
Já não é a mesma
Não emite a mesma eletricidade
Energia!!!

⁠IRMÃO
Homem que sai do mesmo ventre
Alma desesperada
Quando assume não me conhecer
Admite que qualquer maldade que lhe fiz
Mesmo sem perceber
Entendeu ser por querer
Pobre alma! A minha ou a sua?
Atormentada pela solidão
Nós dois
Pobres almas
Empobrecidas pelo pecado
Quanto mal consigo fazer ao meu corpo antes de te conhecer?
Acelero
Quero que acabe ou eu quero mais?
Mais, mais, mais
Corpo e Alma discordam nessa questão
Enfim, fraco!
Novamente aquele olhar, aquele maldito olhar
Desprezo ou decepção?
Talvez ambos!
Se não consigo distinguir
Cabe a mim escolher o que menos me machuca

⁠Eu era azul
Azul como o céu
Como o mar
A noite adormecia
Protegido na escuridão
E mesmo com a lua a iluminar o pátio
Lá fora sabia muito bem
Que nada me machucaria
Com a cor sendo perdida aos Poucos
O branco dominava a visão
E pouco ou quase nada
Se tornava perceptível
O sonho que era possível
Aos pouco se distanciava
E então eu enlouquecia
A pergunta era?
Será que um dia terei cor novamente
O branco não mente
Tudo foi perdido
Novamente, o homem regressa
Ao estado animal
Embriagado, entorpecido
Sem pensar
Me envergonha
Olhar de fora
O que me tornei por dentro
Sem direção
Rumo
Ou razão
Identidade zero
Se não tivessem feito registro
Mal saberia eu dizer quem sou
Busquei a perfeição
Encontrei a tragédia
O ouro, do tolo
Se distância a cada passo
No fim do arco íris
O pote vazio
Precipita a tragédia
Busquei a calma
Em mares agitados
Encontrei a calamidade
Naufraguei em frente a praia
Talvez somente
E tão somente
Depois de tanto navegar
Se soubesse nadar
Não teria encontrado
o fim
Em águas rasas

Se não sou um homem são
Nem sóbrio
Que tipo de homem sou?