Coleção pessoal de EdsonVaguiner

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⁠Não há pactos entre homens e leões!

(Aquiles)

⁠"Um pingo!"

Começou como uma gota d'água numa bolsa uterina.
Seu líquido tornou-se tão quente e confortável que seria melhor não ter saído de lá.
Mas saiu, e foram seis. Cara de um, focinho do outro, mas só um tinha nome. O Pingo!
Os outros eram pingos de indigentes.
Não conseguia nem disfarçar o quanto aquele Pingo me incomodava. Parecia um ponto dentro de casa. De sujeira e poeiras, tudo ele aprontava...
De repente, um som com uma voz poética falou uma palavra que mais parecia profética: -Seu Pingo de gente!
Pronto. Pegou. Agora era tudo diferente. O que era um Pingo d'água, tornou-se um Pingo de gente, um Pingo de carinho, um Pingo de amor, um Pingo de atenção, um Pingo de traquinagem, um Pingo de bobagens, um Pingo de cachorro, um Pingo de ser humano, um Pingo de Deus.
É, meu Pingo. De gota em gota você encheu nosso oceano de felicidade. Pena que a maldade de Adão tombou você no pingo vazio que é o silêncio do nada...
Botou o pé na estrada e se foi...
Assim como veio, saiu meio assustado. Fiquei ao seu lado até o último suspiro...
Meu Pingo de alegria ficou nos olhos escuros que a lâmpada da vida apagou.
Queria que a Arca tivesse aqui e te levasse para algum lugar seguro. Você voltou para o útero quente, mesmo estando frio; meu Pingo de dor...

De Pingo em pingo, a vida vai encerrando...

Para meu cachorrinho.
Onde você estiver!

Viver Amar Perdoar!
(Para uma amiga)

Sinto os dias vazios, momentos sombrios assolam meu apertado coração. Fiz da vida meu laço, do amar um embaraço, um misto de tristeza e solidão. Esforcei-me para compreender o que de fato é viver, sem os traumas do passado nem angústias do futuro, como sempre, lugares inóspitos, frios, escuros.
Entre barreiras e muros. Escalei montanhas, saltei no infinito, entreguei-me ao paraquedas que não abriu. Tombo feio, quebrou minhas asas da imaginação. Senti-me sem chão, sem noção, sem coleção, dormi no relento seria acalento para quem não consegue acordar.
Dos dilemas e problemas, fiz minha história fragmentos de memórias, hoje não preciso mais de paraquedas, que não ampara minhas quedas. Tenho minhas asas para voar.
Como disse o poeta que sem me conhecer falou o que sinto, como um doce absinto, fiquei admirada ao recitar: Vivier e não ter a vergonha de ser feliz... Cantar e cantar na beleza de ser um eterno aprendiz.
Confesso que estou cansada, mas no meio da jornada, tenho que caminhar.
Hoje viver é presente, amar é essência, perdoar, consequência de quem me tornei.
Hoje não compreendo a vida. Sou ar em movimento, fogo em chamas, águas fora do oceano, terra firme e arada. Hoje sou a vida em movimento. O Hoje, sou eu!

Este culto não celebra apenas os dois anos de casados.
Este é o culto da superação.
Um sábio pastor disse que: "quando casa, os bichos crescem."
A borboleta vira lagarta.
O ursinho vira dinossauro.
A princesa vira baleia.
A coruja vira anta.
O unicórnio vira jumento...
O coelhinho vira cachorro...
Ele tem razão. Os bichos crescem. Mas junto com eles outras coisas crescem também...
A intimidade cresce. O amadurecimento, a compreensão, a fidelidade, o amor.
A família cresce. No meu caso, cresceu tanto que se tornou Divina!
Um filho divinamente nascido do coração.
Mateus, dádiva de Deus.
Laís, quem diria que teria uma filha antes de Emíliy?
Cresceram o número de mães, pais, filhos, irmãos...
As Bolas crescem!
A barriga cresce. E neste momento oro muito para que a barriga que deve crescer seja unicamente a de Liliane.
Meu sonho é que uma bolinha esteja dentro da outra Bola!
O filósofo de Jesus citou: "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,
E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.
E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."
Uma coisa cresce com a outra...
Junto com tudo isso, cresceram as dores.
Dor de cabeça, dor na alma, dor no bolso, dor na carteira...
Dores que nem os céus almejam ouvir os clamores, pois são como uma mulher que está para dar a luz...
Os céus não está cego para nossa dor, reforça um pensador.
A dor deve ser sentida...
Dizem que a dor pertence a Ana; ANADOR.
Mas a dor não é só de Ana. É de Edson, de Liliane, Eliene, Margarida, Hélio, Diana, Sandra, Monique, a dor nos pertence. Mas, a dor fortalece! Sem ela jamais saberíamos o quanto somos fortes!
Pobre da Ana que vive sentindo dor...
A vida são como as flores. Dias que estão brotando. Belas. Suas folhas verdes, suas flores brilham, como a luz do sol. Mas, em dado momento murcham, secam e se vão....
Penso no Girassol, que passam seus dias sempre apontando para o gigante rei em chamas, e mesmo morrendo, com sua cabeça direcionada para ele. Finalizo por fim este pensamento, com um suave cheiro de ungüento que devemos ser semelhantes a esta planta, mesmo tombando no Jardim da existência, jamais tirar os olhos do Sol. O Sol da justiça...
Em meio a tantos problemas e batalhas, acusações e falhas, no fim do túnel há sempre uma luz. Enxergo a ponta de um madeiro, consigo discernir que é uma cruz. A cura para a dor, cara Ana, não é um paliativo vendido em farmácias. A cura tem um lindo nome: Nosso Senhor Jesus!
Parabéns amor, por suportar minhas fraquezas e franqueza.
Tem coisas que não se explica, uma delas é o amor...
Para o amor da minha vida, por toda eternidade!
Por esta causa me ponho de joelhos, observo em um espelho, o leito sem mácula. A transcendência de um novo alvorecer. O despertar da consciência me faz lembrar da inocência que fez Eva adormecer....
Bendito o fruto do seu ventre...
Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou: Em Nome de Jesus, TE AMO, minha Bu!

Flores e eu!


Regando flores artificiais, com águas minerais que nascem na fonte da imaginação...
Flores artificiais não crescem... Também não morrem...
Meu eu vive um dilema, quase um sufocado problema que me faz pensar: A dor de ser eu é amenizada pela alegria de não ser os outros...
Enquanto molho minhas plantas, os outros plantam para não molhar...
Sou um ser social que vive em um mundo virtual, totalmente antisocial. Sem transtornos aparentes, vivo uma vida normal.
Meu eu é uma mistura típica. Tipo comida baiana. De tudo um pouco, do nada, acabo em sufoco. Tenho muito que dizer. Fico triste ao perceber que não sei me expressar.
Um sofrimento latente que alcança os lugares mais impenetráveis, onde minhas plantas crescem, os jardins florescem, e a vida não para. Assim como o tempo. Bem, os dois param... Mas lá não...
A flor artificial parece comigo: Muitos admiram, poucos molham, ninguém planta...
Sem almoço ou janta, vivo a vegetar.
Sinto pena da planta que nem isso faz...
Vou contar um segredo, tenho medo da flor secar, um dia meu eu acordar e não mais conseguir dormir. A flor não está triste, não vive em estado vegetativo. Pobre crisântemo, jamais será natural, sem aromas como as rosas do jardim que desafiam por ser perfumada.
Pra mim, você tem cor, cheiro e sabor. Deixou meu dia mais feliz, ainda que não saiba disso, pois a natureza te negou a raridade de não ser parte da fauna nem flora, porém, quem liga agora. No final, vamos acabar em um lixo por não sermos naturais. As flores e eu...

Menina carente, um sorriso inocente, de palavras comoventes, uma história sem precedentes.
Alguém um dia me disse, que ia encontrar um presente, não seria no mundo real, mas alguém do outro lado, como algo casual, fiquei muito contente...
Cheio de angústias, mas em meio às lágrimas, ela não desiste da luta. Sonhadora perspicaz, mesmo a oposição dizendo que não é capaz, nunca deixou de sonhar.
Luz que ilumina todos, mesmo dentro dela estando escuro, procura paz nos lugares obscuros, não se entrega a corações duros, salta vales, pula muros, meio moleca, vez por outra, entra em apuros.
Quem disse que a vida é um porto seguro?
Segura ela que quero ver.
Luana é seu nome, Luh, seu apelido. Do mundo sombrio nasceu uma guerreira, tudo que passou, lutou e enfrentou, alguém das cinzas ressurgiu. Há quem diga que ela é um anjo, mesmo sendo levado, mimado, mal criado... Para que ter elogios se a menina cresceu. Nada mais que óbvio. Meu nome era Luana, satisfação, agora sou Tóquio.
Pegue leve, "vice"?
Senão vai sentir o peso da minha evolução!
Tóquio não é só emoção. Tem raízes profundas que enterram a razão...
Em meio a batalha, ela sorri para o perigo, chama Hades de amigo, segue com força e precisão...
Se atravessar seu caminho, tome cuidado, não é do seu feitio, mas se for mal educado, ela será sua assombração...
Tóquio, menina que cresceu e tornou-se uma fênix, não tente a sorte, porque o azar será certo, inocente!
Menina leve de cabeça tranquila!

Tenha Karma!

Disse o Camponês, tentando usar o Inglês para corrigir o Português.
Saiu dos campos em prantos, pois na sua época não haviam pratos para ofertar aos santos...
Como todo pai, considerava-se importante; deixou seu lado rompante e virou Protestante.
Protestava contra tudo!
A vida sem dilemas jamais terá conteúdos, falava o homem, meio sisudo.
Protestou tanto, que um dia ficou num canto, tomando sopa de canudo. Estado Vegetativo...
Melhor que Estado Islâmico, vociferou, quase sem voz.
A dor era atroz, sentia câimbras que davam nós, na garganta, no peito, deitado num leito, coberto de lençóis.
Um dia, meio chateado, protestou contra si mesmo e disse: Da vida estou cansado, meus filhos já estão criados, vou buscar o que sobrou de mim.
Partiu o pobre homem, que agora sentia fome, mas desta vez era diferente; não lhes doía a barriga, o que buscava era comida para saciar sua mente.
Saiu até do País falando que estava feliz, pois conseguira o que quis, deixar de protestar...
Voltou aos campos e prados, ganhou um cavalo alado, sonhou que estava montado e pôs-se a chorar.
- Tenha Carma, meu senhor!
Disse o camponês, tentando consolar o Português que chorava em inglês.
- Sou um homem sem noção, como ensinei religião, quando nem eu sabia?
Ah, meu Deus! O Senhor usou uma jumenta para me dizer que o cavalo sou eu!
Tenha Karma, meu rapaz, por favor, não vire Ateu.
Se compreender a palavra saberá que não as pronuncio errado, seu estado é delicado, todo verbo denota uma Ação...
Saia do seu "lugar sagrado", dê espaço a dúvida que precede a razão...
Não vou comprar seu belo cavalo alado, me convenci calado que o cavalo é você...Em outro tempo, em outro espaço, o cavalo será eu... Muita Carma nessa hora...

Luvas"

Comprei num boteco chamado pelos espertos, casa de construção. Lá vende de tudo um pouco: ferros, cimentos, argamassa, remédio para quem tá rouco. Coisa de louco!
Fui em busca de algo concreto, a chuva castigava e molhava todo o teto, escorria até o piso, onde o salário tá liso, muito escorregadio.
Recebi uma indicação que mudou minha opinião, pois a chuva é um dom, quem reclama perde o tom, neste lugar vazio.
-Ouça meu rapaz, você não precisa de pás, tampouco de cartaz, para mudar este lugar sombrio.
Perguntei assustado o que disse o pobre coitado que me vendia um barril: Qual a solução para evitar o alagamento, pois sem areia e cimento, não se faz a contenção deste horrível sofrimento?
-Você precisa de luvas, mas não é qualquer uma, disse o homem, convicto de seu conhecimento.
-Explico rapidamente, pois quem chega neste ambiente, sempre vira meu cliente.
Diga meu amigo, respondi-lhe meio impaciente.
-Com Luvas você trabalha de tudo nesta vida... Não faz calos nas mãos, evita infecção, esconde até sujeiras que as vezes ficam expostas, quando a mão é mais ligeira e agarra sorrateira, um maço de pregos, cabeça de macaco...
Mas como vou trabalhar, se não tenho o material que aqui vim procurar?
-A luva é solução, pois com ela não tem infiltrações que penetram nas paredes dos corações vazios...
Cabra bom de vendas, me convenceu com uma frase que minha vida ia mudar.
Saí de lá satisfeito, com um par de luvas e um quilo de pregos...
Quem precisa de concreto, se o abstrato convence que você não molha mais?
Hoje uso as luvas e mesmo no meio da chuva, faço com elas, construções em mim...
Bom moço que trabalha na quitanda, se não fossem seus conselhos, até hoje estava na varanda, preocupado com meu telhado...

Não sinta timidez ao demonstrar suas fraquezas.
Tenha cuidado ao exibir suas forças.
Sabendo das fraquezas, vão tentar miná-las.
Descobrindo suas forças, destruirão com facilidade.
A casa não cai por conta das paredes, mas, quando derrubam os alicerces!

Meu pecado!

Dizem que são sete, os Pecados Capitais.
Acho que são oito, ou até mais...
Errar o alvo é o sentido da palavra... Quem não erra? Errei o alvo várias vezes. Sou ruim de pontaria...
Se minha hamartia é o erro, logo não estou errando, de fato. Estou acertando o alvo; um objetivo que não queria alcançar... Sou ruim de pontaria, acerto sem querer...
Meu pecado é esse, mirar no alvo que fixaram. Mirar e atirar, sem ao menos pensar se é isso que quero. Mas mandaram... Pecado da obediência. Meu pecado é consistente. O que para muitos é uma vitória, para mim, nunca foi suficiente.
Sou ruim de mira. Sempre acerto o alvo errado. Cometo pequenas falhas. Nunca me questionei: Quem fixou aquele ponto, com um objetivo pronto? Acertei...
Visão embaçada, cabeça pesada, mãos suadas, arma enferrujada...
Chego a conclusão que meu pecado não é o alvo, tampouco a arma, mesmo sendo ruim de mira, meu pecado está no foco que está sempre desfocado...
Se tivesse uma munição a mais, não queria gastar neste alvo, meu pecado não é errar; é tentar acertar...
Não existe alvo, não existe arma...
O que existe é um comando inválido de pessoas que insistem em dizer, seu pecado é não mirar. Respondo, por fim, que não existe um alvo em mim... Vou apontar ao vento, atirar sem medo. Errar ou acertar, tanto faz. Elimino o comando e determino a direção...
Meu pecado é obedecer!

Converso tanto e termino não falando nada.
No final, sou apenas um paroleiro sem palavras...

Escolhas...

É nossa condução que nos leva onde almejamos chegar...
Cada passo nos leva ao destino que traçamos.
Todo detalhe conta.
Um cálculo que nunca é exato...
Fiz uma retrospectiva, cheguei onde queria. Descobri que não era ali que desejei estar; mas o tempo não para, tampouco retrocede.
Quem voltou fui eu... No tempo...
Coração dilacerado, alma estilhaçada, cortes e recortes, pedaços de pano costurados em um espantalho.
Agulhas perfurando o corpo.
Bonecos não sente dores, disse um robô, com muita fé.
Robôs não sente dores. Disse o espantalho, meio espantado.
Escolhi ficar parado num pomar, espantando aves que brincam de espalhar sementes...
Ora, seu moço, não é tão ruim assim. Tirando os cães que ladram, casulos que morrem, sem a sorte da metamorfose, o sol escaldante, o medo das crianças que brincam ao longe, estou um tanto satisfeito.
Ouvi boatos que sou Judas, e serei queimado, outros dizem que sou a imagem de um cristo crucificado. Se a pobre senhora que me costurou pudesse contar, diria que sou apenas um boneco empalhado, o chapéu era de um senhor, a roupa, de um menino, os olhos, de um urso velho, o cabelo, de capim, o sapato, de um andarilho que com dó me calçou e seguiu descalço... mãos, luvas de um pobre trabalhador, tudo, doado!
Sinto compaixão da senhora, que escolheu costurar...
Pobre de mim, que escolhi ser assim, um pouco de um bocado. Quieto, inquieto, pois meu corpo não será embalsamado, temo por ser cremado, sem ritual religioso, nem um funeral adequado, pois quando chega o inverno, o pomar fica alagado, o dono sempre zangado coloca a culpa no pobre espantalho que não espanta ninguém e no lugar de boas árvores, nascem Matos também. Sementes dementes, que ficam torturando os lavradores, que escolheram carpir...
Já escolhi minha companheira, uma boneca ligeira, feito de pano, igual a mim.
Penso todos os dias no casamento, aliança de ouro, tirada do jardim. O que vale é a intenção, pois, se meu coração é de retalhos, sentimentos de luxo, é ilusão.
A lua não será de mel, nem as bodas, de papel, escolhi algo simples, nossa vista será sempre o céu...
Aqui estou eu, de braços abertos tentando espantar os corvos, com medo de alguém assumir meu lugar, e no verão virar gravetos, lançado em uma fogueira, fumaça incômoda, queimado pelo dono que escolhi...
Se me perguntassem, antes de me sentenciar, eu responderia: Escolho não escolher, minhas escolhas acabaram comigo, pobre espantalho de alma sentenciada...

(Vazios)

Amar a morte, altar sem sorte, bazar ou resort.
Espuma ou escuna, de calça ou short.
Sem água, anágua, alagam as pálpebras de intensos cortes.
A Dor não dorme, quando a fome é enorme no esôfago ou no córtex.
Palavras levam as larvas, que insistem comer, o que sobrou de mim.
Mato ou capim, planta, jardim...
No final da história, o que vem a memória, é uma inserção, pedaços de infiltração em um cano rachado, gotas no telhado, chuvas de reflexão.
Fica combinado assim, rendas de sonhos espremidos, um dia a vida fará sentido quando a dúvida e a fé for exauridos, sem necessidade de armas, ar, comprimido, em um tempo que o vento não levou!
Amar...Ramagens que crescem embaraçada, tomou toda a escada que meu eu subiu...

Leis devem ser criadas com
objetivo de estabelecer a ordem e o progresso.
Quando se cria uma lei ou norma pautados em ideias que não seja para manter a ordem e o progresso, logo está estabelecido o caos, a desordem e o retrocesso.

Tem gente que é gente boa.
Tem gente que é gente ruim.
Tem gente, que nem gente é!

"Quem serve ao diabo por dinheiro, jamais servirá a Deus pelo preço da renúncia!"

Com você, enxergo o quanto somos fracos. Com você, enxergo o quanto somos falhos. Com você, enxergo que a vida só tem brilho, quando os olhos brilham.
Com você, vejo a luz daquele que é infinito.
Com você, os sonhos são reais.
Com você, recordo que um dia serei apenas história...
Com você, todo meu futuro faz sentido.
Com você, viver é extrair a beleza da inocência.
Em você, desperto o melhor de mim.
Em você, descubro o quanto sou egoísta.
Sim, amor, você é uma das formas teofânicas.
Você me faz acreditar que o ser humano ainda tem esperança.
Em você, encontro minhas mazelas.
Com você, descubro o quanto sou mortal, e que a imortalidade é consequência das acoês.
Com você, choro de felicidade.
Choro de tristeza. Tristeza por saber que a máquina mais perfeita, tornou-se um espectro, diante de um ser perfeito imagem e semelhança (de quem?)
Com você, descubro o amor.
Sim, o amor puro. Sem interesses. Sem fingimento. Sem hipocrisia!
Quando crescer, minha pequena princesa, quero ser igual você. A eternidade é o começo de uma história que começa com um simples ponto.
Em você, venço o mal, o terrivel mal que assola a raça humana, o egoísmo!
O céu existe, e pertence a você, meu anjo!
Consegue uma vaga pra mim, e todos nós, miseravéis pecadores, porque o céu é seu.
O céu é dos anjos, e isso, aprendi com você!

"A Seita que dói menos"
Foi difícil aceitar a ideia que toda forma de vínculo nos causa dor.
Em busca de respostas, encontrei mais perguntas: Quem sou? De onde venho? Para onde vou?
A inquieta alma, assombrada pelo único fato inevitável que une todos os seres vivos em um só rebanho de condenados, é atraída pelas propagandas de efeito imediato, como se a eternidade fosse passageira. Paga tudo para ter paz. Vende tudo para obter paz.
Fui padre, fui monge, fui frade, fui conde, fui astrológo, fui teólogo, para tentar encontrar a verdade, fui longe.
Para uns, hóstia; para outros, hospício.
Para eles, solução; para mim, sacrifício.
Entre sorrisos e soluços, busquei quase de bruços, a caridade que me faltava.
No final das contas, ouvi uma senhora em prantos dizer assim: a seita que dói menos, é aquela que não existe no campo do pensamento, onde a imagem não criou.
Sigo, portanto sem sossego, pois entre a coragem e o medo, a resposta que encontrei, de fato não alcancei o que minha alma buscou.
Aceita esta verdade, inquieta alma de vaidades, pois um dia sossegada ficarás.
Como disse: vens novamente, inquietas sombras?

Fiz bem!

Não é culpa, é punição.
Não é desculpa, nem encenação.
Não é frescura, tampouco sutura, o que chamam de depressão.
A alma não cura com medicação, o suor não verte se não tiver inerte no jardim da solidão.
Fiz caso do que me chamaram.
Fiz desdém do que acharam.
Fiz graça para os que opinaram.
Fiz música, fiz dança, fiz teatro, fiz lambança numa equivocada esperança que tudo isso seria bom, mas, no final do som, quando cessaram o coro e o tom, percebi perplexo que tudo não passava de uma mera realidade.
De tudo que fiz, juro que me arrependo um pouco, mas, existe algo que não fiz, no meio de um sufoco, entre um suspiro e outro, onde o homem fica louco, e o quarto faz-se tonto, sem direção nem ponto, senti-me um herói por fim, quando apareceu uma flor e baixinho sussurrou: "Isso já passou"!
Despertei-me para a verdade, que não fui só vaidades, nem um criminoso habitual, mas no final da história o que ficou na minha memória foi o que a meiga flor me falou: seu crime foi perdoado, por que seu Advogado lhe mostrou sua isenção!
Não fiz, agora me diz: porque pesa a raiz se a árvore brotou?

Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha, e por isso terei você para sempre.