Coleção pessoal de edpalestra
Um capelão militar me contou a seguinte história:
A filhinha de um soldado que seria transferido para um posto distante estava sentada no aeroporto, em meia as magras posses da familia.
A garota estava com sono. Encostou-se nos embrulhos e sacolas de lona.
Uma senhora veio andando, parou e pôs a mão na cabeça da menina.
-Coitadinha - disse ela - Não tem lar.
A criança levantou os olhos, surpresa.
-Mas agente tem um lar - respondeu a menina. - Só não tem uma casa pra colocar ele.
Conta-se que um soldado dirigiu-se ao seu superior e lhe solicitou permissão para ir buscar um amigo que não voltou do campo de batalha. Permissão negada, respondeu o tenente.
Mas o soldado, sabendo que o amigo estava em apuros, ignorou a proibição e foi a sua procura. Algum tempo depois retornou, mortalmente ferido, transportando o cadáver do seu amigo nos braços.
O seu superior estava furioso e o repreendeu:
- Não disse para você não se arriscar? Eu sabia que a viagem seria inútil! Agora eu perdi dois homens ao invés de um. Diga-me: valeu a pena ir lá para trazer um cadáver?
E o soldado, com o pouco de força que lhe restava, respondeu:
- Claro que sim, senhor!Quando eu o encontrei ele ainda estava vivo e pôde me dizer: - “Tinha certeza que você viria”!
...nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.