Coleção pessoal de ednaqueirozrj
Na viagem da vida, compensa levar na bagagem tudo o que é agradável, que promove crescimento pessoal, boas interações, descartando os fardos desnecessários, para que o tour seja gratificante e maravilhoso dia após dia!
PRIMEIRO DE ABRIL
Eis que na Idade Média surgiu
Há séculos resistiu
Da inocência se despiu
Ar de soberania, mistério, malícia assumiu
Conquistando engajamentos mil
Status de verdade travestiu
Mesclando, nas entrelinhas, o sutil
Com o ardil
Na saga da conspiração seduziu
Sem se importar se a algo ou a alguém atingiu
Feriu
Reprimiu
Oprimiu
Destruiu
Se liberdades e sonhos restringiu
O poder, a fama o troféu indevidamente conferiu
A despeito do que transmitiu.
O 1º. DE ABRIL repaginou seu perfil
Status de influencer assumiu
Celebridade para quem sua “verdade” curtiu
Na urgência de compartilhar, repercutiu
E os fatos não conferiu.
Debutou na modernidade com o codinome FAKE NEWS.
Sedenta por milhares de dígitos de views.
Edna Queiroz
Direitos reservados
Deixa ir...
Desapegar-se
É abrir-se ao novo
Assim como a árvore
Perde suas folhas
Para ressurgir reluzente
Para a nova estação!
RECEITA
Fiz-me assim:
Pitadas de regras
Doses de bom-senso
Porções de humor
Partes de ideologia
Fração de impulsos filosóficos
Gotas de insensatez
Abundância de sonhos
Muita fé
Tudo fermentando com o passar dos anos
Crescendo a olhos vistos
- Química inesperada!
E agora?
O que fazer diante da rebeldia da massa que repele a forma?
Faço do sonho minhas asas;
Da canção a trilha musical de vida;
Da tinta, a ponta do iceberg do pensamento;
Da natureza, a inspiração, o palco, o pano de fundo que dá beleza ao cenário da minha vida.
E assim vou eu, trabalhando, rindo, brincando, filosofando, cantando, amando, recriando cada instante.
Palavras
Gosto de brincar com as palavras
De ver como refletem meu sentir
Nao escreverei
Quero deixá-lo por inteiro
Repleto de minhas emoçoes
CANÇÃO EXCÊNTRICA
Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
protejo-me num abraço
e gero uma despedida.
Se volto sobre o meu passo,
é já distância perdida.
Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
- saudosa do que não faço,
- do que faço, arrependida.