Coleção pessoal de edjanemendes
Sei que não posso voar.
Minha vontade era mesmo de abrir minhas asas, me entregar ao vento e deixar que ele me levassa pra onde quisesse, por onde lhe fosse conveniente, por onde fosse possível me levar. Nesse exato momento sinto-me podada, minhas asas foram tiradas e eu busco no vento a sensação da minha liberdade, uma liberdade que nunca existiu, uma vontade que sinto tão intensa, sensações, desejos, até parece que ja tive esse gosto. A LIBERDADE é um prato cheio, que você pode se lambuzar. Mas mesmo assim, não deixarei de querer. Pra mim tem o gosto mais doce, eu, eu mesma e nada. Nada que possa impedir de levar-me até a altura mais alta, a atitude mais inconsequente, o medo mais exitante, a loucura mais inesistente, uma alma quase que consistente, uma medida previamente. Tenho sempre um 'quê' de mesmice e isso me encomoda profundamente, porque o mesmo já não almeja mais la liberté. É o mesmo de mim que já não quero mais.Já não suporto essa mesma cara de presa, de gente pra dentro, que cobre a dor mais profunda com o sorriso mais hipócrita, por dentro um estilhaço, por fora uma cara rosada, satisfeita e sinicamente feliz. Sofro com um desvio de personalidade que vai de mim até você.
Já aprendi a suportar e a conviver diretamente comigo mesma presa dentro de mim.
Eu estou presa dentro de mim e não posso sair mais.
Talvez depois de engatinhar, andar, correr eu possa pular e empulsar meu vôo e me livar de mim.
no ápice da minha felicidade consegui ser deprimentemente convincente.
Nem por um minuto mude de lugar, eu não.. Não quero te perder de vista, eu estou aqui te olhando, mas se eu piscar não saia daí mesmo assim, porque quando eu abrir os olhos novamente eu vou continuar a te olhar, assim como se nunca tivesse visto. Nem por um segundo pare de cantar, eu vou te ouvir e repetir a mesma música quantas vezes forem preciso para que ela não saia da minha cabeça, mesmo que ela já não saia desde a primeira vez que a ouvi. Nem por um decreto vá dormir com a cabeça quente, triste, mal e pense que está sozinha, eu sempre penso em você antes de me deitar, então ficaremos mal e passaremos a noite em claro, da mesma forma. Honestamente? Se um dia vier uma chuva bem na hora que eu estiver lhe falando tudo isso, e levar embora, e você esquecer, não pense que farei o mesmo, dessa vez eu não vou poder, vou ter que esperar a chuva passar e começar a te contar tudo de novo.
Começo, meio, e sempre tem fim.
E eu só cobro toda a sinceridade do mundo.
Cansa um mundo frouxo, um laço meio solto, um nó cego, um beijo pouco, um abraço louco, um grito rouco e eu parecendo um tonto. Intensidade, sinceirdade, saudade, verdade, contrariedade e não há nada no mundo como a ansiedade. Você se sente bem em passar mal. Tonteira, zonzeira, puleira, medo, silencio e o estômago revira, de repente parece que a gente pira!
Cheiro de bolo, e um riso bobo.
As bochechas tremem, as palavras gemem.
Você fica quente e frio no mesmo segundo, as mãos suam, e a acaba o mundo.
Tonteira, zonzeira, medo, silencio e o estômago embola e você segura, mas não consegue e chora.
Quero ir embora... o outro esquece, não chora, enrola, diz estar por fora e também vai embora.. para sempre.
Sente, de sentir, não sente de sentar.
Estar, de estar aqui, não de estar lá.
Sorrir, de feliz, não sorrir para parecer..
Lembrar, de gostar, não pra esquecer.
Agora somos eu, não somos nós,
Agora é silencio, não tem mais a voz,
A voz do som, não vós de eles,
nem a voz de nós, nem o nós daqueles.
Aqueles dias e noite e tardes e de novo só.
Somente EU.
Pode ser que sintam saudade de você, ou você tenha marcado a vida de alguém, mas também leve em consideração o fato de ter sido um grande inconveniente ter passado por certas vidas
Talvez você..
Com o tempo você vai... Com você o tempo vai...Você passa do ponto, e pronto. Simplesmente vai, sem ter a chance de voltar ao mesmo ponto. Então chega uma hora na vida que precisamos fazer escolhas. Toda hora na vida precisamos fazer escolhas. Toda nossa vida somos forjados, forçados, induzidos, ou formados a fazer escolhas. Talvez você cometa, em algumas palavras, os piores erros de sua vida, talvez tenha se poupado certas cólicas cardiologicas, talvez você tenha medo e isso te impeça de OUSAR. Mas você não vai pro inferno por isso, não, nada tão ruim assim... Quem sabe tenham lhe feito promessas, juras e lágrimas, mas depois tudo isso eram apenas ilusões e clichês e você descobriu que seu mundo não ia acabar por isso. Talvez uma palavra doa muito mais que cada tropeção que você deu na vida, ou a palavra se transforme naquela pedra do seu caminho e machuque seu dedão do pé, onde você sentirá e verá diariamente essa dor. Talvez você sinta saudade de coisas que você nem se quer viveu, mas queira esquecer de outras que viveu tão intensamente E SEM PENSAR..Pode ser que sintam saudade de você, ou você tenha marcado a vida de alguém, mas também leve em consideração o fato de ter sido um grande inconveniente ter passado por certas vidas.Você pode ter muitos amigos, ou apenas um que te acompanhe até mesmo no banheiro. Pode agradar a muitos, a poucos, a maioria, aos populares, aos NERDS, mas infelizmente nunca vai agradar a todos. Você pode ser marcado por uma musica, um cheiro, um jeito, uma voz, porque sempre precisamos ser rotulados. Talvez você planeja o seu futuro sendo alguém muito bem sucedido, envelhecendo em um sítio lindo, ao lado do seu grande amor, na beira de um lago, num frio de uma manhã de domingo, ou você apenas queira tudo isso e por fim deixe tudo ir embora, porque você montou seus sonhos em cima de pessoas, e não em cima da SUA VONTADE e das suas perspectivas, e então eles se vão.. Quem sabe os seus olhos já não saibam o que veem, seus ouvidos não ouçam mais o suficiente pra que você faça valer tudo que já lhe foi dito até essa linha do texto... Sinto só uma voz me chamar, um som a tocar, parece que vai aliviando toda a tensão, a voz cantando junto, e meu coração acelera, minha respiração fica ofegante, sem pudor, meus olhos se fecham e eu permaneço nessa cegueira sem fim.. FAÇA, HAJA, QUEIRA TUDO o quanto puder, ou então deixe que decidam tudo por você!
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Quero poder errar meus erros, quero ter medo do que me assusta, quero poder me reerguer e com tudo aprender.
Mulher madura, sábia e prudente
Formosa, meiga e talentosa
Valente, forte e inteligente
Mulher doce, encantadora como uma rosa.
Mulher admirável, ativa e cativadora
Carinhosa e que com amor me trata
Tão bela, ousada e sedutora
Mulher de pele brilhante como a prata.
Mulher de minha vida, perfeição
Misteriosa, suave e delicada
Dona única do meu coração
Mulher amiga, humilde e honrada.
Mulher simples, fiel e singela
Firme, cautelosa e humana
Jóia rara não há como ela
A mulher que este tal poeta ama.
Mulher sempre presente e de alma pura
Mereço-a da forma que ela é
Tanto amor há nessa criatura
E como é grande o meu amor por essa mulher.
Mas eu não sei..
Quero liberdade, quero viver!
Aqui, ali, seja onde for..
Quero poder errar meus erros, quero ter medo do que me assusta, quero poder me reerguer e com tudo aprender. É tão fácil ser guiado, acertar tudo, ser boa gente e viver pacificamente correto e estagnado, em um ponto onde para você ser reconhecido é preciso andar. MAS EU NÃO QUERO ANDAR, prefio mesmo é correr, se pudesse voar! Até onde meu conhecimento chega a alcançar e as comprovações me são explícitas, minha vida terrena, se resume em apenas esta. Não quero perder meu tempo, ele tem de ser aproveitado. Tantas historias mal contadas, de vidas mal vividas, por terem sido bloqueadas por outras vidas bem mais que mal vividas e tem a petulância de dar conselhos. Conselhos? Pra que tê-los? Se na maioria das vezes são meramente ignorados e não são seguidos? A mente humana é contraditória e os sentidos não respeitam mais, na maioria das vezes, com um corpo em extrema incostância. Quem sabe o medo tenha se tornado um prazer? Uma vez que você erra e permanece ali... Permitindo que tudo aconteça diante dos seus olhos, novamente parado como um expectador insatisfeito, assiste tudo com uma vontade louca de que tudo chegue logo ao fim.
Um dia de domingo
Aquela noite estava linda, o céu estrelado, depois de um dia tenso e cheio de oscilações de humor, decisões e.. tempo. De tempo tipo temperatura, e não do tempo tipo hora, também, porque a hora andou, praticamente correu, e então ela também mudou. Mas de repente, no meio da noite, as estrelas se escondem, o céu foi tomado por nuvens acinzentadas e reflexos de raio. Daí então, a chuva. Mas antes da chuva, a menina sentou no sofá e na frieza de uma palavra, botou os pingos nos I's e em meio a toda a frieza a lágrima se desprendeu dos cantos dos olhos. Ela desce, fazendo molhar sua blusa branca e borrar o resto que ainda havia da maquiagem. Por fora nada mais parecido com o que ainda tinha por dentro algo borrado, literalmente cansado, de tudo, de todos, cheio de, ou melhor, vazio de. Um vazio que não havia mais espaço para se esvaziar, não cabia mais tanto de nada dentro de alguém que só sabe que de viver, de conhecer, de entender, de aprender, de esquecer, não sabe mesmo de NADA. Não é preciso saber tudo, mas um pouco de tudo. Isso POUCO, ainda era pouco tudo que ela, a menina, precisava saber. Nada é suficientemente o bastante para se concluir que ainda, depois de tudo, não é suficiente para se entender. Por fim, para esvaziar um pouco menos o vazio, foi peciso ainda chorar a não lágrima. Talvez seja por isso que o tempo mudou e depois choveu.
Amar em segredo é a pior das sensações, e não querer demonstrar aumenta ainda mais a chance de enlouquecer... “
Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.
...mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado comigo: um dia encontro.
Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Eu vou entrar em você. Em cada parte do seu corpo. Você que vê tantos olhos. Mas nenhum é como os meus. Eu que te olho assim. Diferente. Você possui todos. Mas quem te possui sou eu. Vou decorar seu organismo. Vou descobrir o teu gosto. Só pra te ter quando eu quiser. E eu quero o tempo todo. Eu vou fingir que não quero, vou fingir que não ligo, que não penso. Eu quero que você me queira. Que sinta a minha falta. Que queira me provar. E sentir a temperatura diferente dos nossos corpos. Quente. Frio. Ao mesmo tempo. Eu quero a sua boca. Quero a sua voz e o seu jeito de falar. Quero que você me queira como nunca antes. Por quê eu sei. Exatamente. O que quer. E eu tenho aqui. Tudo. Que quiser. E. Quando quiser. Venha pra mim...
Poeminho do Contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!