Coleção pessoal de EdisonPalmer
Chuva de letrinhas
Em todos os lugares tinham letras,
Elas estavam até dentro dos armários,
Nas prateleiras, nos ares, nas gavetas,
Fazendo um balé de abecedário!
Plainando quais espertas borboletas,
Ariscas, em decidas e subidas...
De caixas derramando papeletas,
Pintadas com letrinhas coloridas...
Voavam sobre mim, bando de letras,
Rodopiando e fazendo piruetas,
E de repente, em uma doce calmaria,
Vindas do céu descendo em vôo brando,
Sobre o papel e uma a uma, fui juntando
No coração... E as transformei em poesia!
Caminho oposto
Quem tomou a senda do oposto
Da mágua, e da crítica gratuita,
E viu tal gesto provocar desgosto,
Por causa de opiniões fortuitas!
E espalhou mais mêdo que esperança,
Em detrimento da felicidade,,
E com os pesos postos na balança,
Achou-se mais mentira que verdade....
E nunca teve na vida um amigo,
E Nunca atendeu nenhum mendigo,
E mesmo assim jamais se arrependeu,
Que pena! lá se foi no esquecimento...
Perdeu-se como folha sêca ao vento,
Passou por esta vida.... e não viveu!
Como colher amigos?
Primeiro você, os colhe!
Depois então os escolhe!
Nem todos os colhidos
Serão também escolhidos!
Mas todos os escolhidos,
São com certeza colhidos!
Por isto, venham comigo,
E vamos colher amigos!
Um guerreiro sabe que um anjo e um demônio disputam a mão que segura a espada.
Diz o demônio: "Você vai fraquejar. Você não vai saber o momento exato. Você está com medo.
Diz o anjo: "Você vai fraquejar. Você não vai saber o momento exato. Você está com medo.
O guerreiro fica surpreso. Ambos disseram a mesma coisa.
Então o demônio continua: "Deixa que eu te ajudo". E diz o anjo: "Eu te ajudo".
Nesta hora, o guerreiro percebe a diferença.
As palavras são as mesmas, mas os aliados são diferentes.
Então ele escolhe a mão de seu anjo.
(Manual do Guerreiro da Luz)
Um ancião índio norte-americano, certa vez, descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira:
- Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom, e eles estão sempre brigando.
Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, o ancião parou, refletiu e respondeu:
- Aquele que eu alimento mais frequentemente.
No amor ninguém pode machucar ninguém; cada um é responsável por aquilo que sente e não podemos culpar o outro por isso... Já me senti ferida quando perdi o homem por quem me apaixonei... Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém... Essa é a verdadeira experiência de ser livre: ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la.