Coleção pessoal de duda_postaue

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Ganhar o mundo sem perder a mim.

Que as pessoas que me queiram bem me encontrem, e as que não querem, nem saibam onde me procurar.

A gente aprende a não esperar nada de ninguém. Aprende, na marra, que criar expectativa é cavar a própria decepção. E mesmo assim, às vezes, a gente escorrega. No fundo, ainda tem aquele restinho de esperança… aquela voz baixinha dizendo: “dessa vez vai ser diferente.” Mas não é.

E quando a falta de consideração vem — fria, seca, doída — ela não bate só na porta da razão. Ela entra direto no peito, derrubando tudo que a gente construiu pra parecer forte. Porque não é só o que fizeram. É o que isso diz sobre o que a gente vale. E aí, por mais que a gente tente fingir que não se importa, por dentro a gente desmorona.

A verdade é que ninguém prepara a gente pro vazio que fica quando alguém escolhe ignorar o que sentimos. Quando não ligam. Quando passam por cima como se nada tivesse acontecido. E de repente, somos só criancinhas de novo. Frágeis. Tolas. Com o coração exposto e a alma gritando por algo que nunca vem.

É cruel como o mundo cobra força, mas não oferece apoio. Como as pessoas exigem maturidade, mas machucam com atitudes tão pequenas. E a gente engole tudo. Finge que tá tudo bem. Que já superou. Mas lá no fundo, a verdade é que doeu. E ainda dói.

Eu já sou tão grande, mas continuo tão pequena. Cresci por fora, mas por dentro ainda carrego a mesma alma frágil de quando eu era criança — sensível demais, fraca demais, incapaz demais. Era pra eu ter mudado. Era pra eu ser forte agora. Mas continuo sendo aquela menininha assustada, tentando parecer corajosa num mundo que me engole.

Tem dia que a gente não entende nada, mas sente tudo. E talvez seja isso viver: aprender a caminhar mesmo quando o coração não sabe pra onde vai. O importante é continuar, mesmo em silêncio.

“o que é o amor? talvez seja uma das perguntas mais antigas e ainda sem resposta definitiva. o amor não é algo que se possa medir, pesar ou definir com exatidão. ele é tão vasto quanto o céu e, ao mesmo tempo, cabe no mais íntimo dos silêncios.

o amor é escolha e instinto. é aquele impulso que faz o coração bater mais forte ao ouvir uma voz, mas também é a calma que sentimos ao olhar para alguém e saber que ali é o nosso lugar. não é sempre perfeito, e talvez resida aí a sua beleza: na imperfeição de quem ama e ainda assim se entrega, nas diferenças que se complementam, nos erros que ensinam a perdoar.

é contraditório. o amor pode ser leve como um sopro e pesado como um oceano. ele nos ensina a soltar e, ao mesmo tempo, a segurar firme. é sobre querer a felicidade do outro, mesmo que isso às vezes signifique abrir mão da nossa. e, no entanto, é nele que encontramos a mais profunda alegria, porque amar alguém é sentir que, por mais que o mundo seja grande e assustador, a presença daquela pessoa torna tudo menor, mais suportável.

o amor, muitas vezes, não vem com garantias. ele carrega o medo de não sermos bons o suficiente, de não sermos compreendidos, de sermos deixados para trás. e ainda assim, continuamos a amar, porque o amor é também um ato de coragem. é olhar para o outro e dizer: ‘eu te aceito como você é’, mesmo sabendo que ninguém é perfeito.

o amor é construir. não é só sobre o que sentimos, mas sobre o que escolhemos fazer com esse sentimento. é cuidado, paciência, dedicação. é o esforço de olhar além de nós mesmos, de colocar o ‘nós’ acima do ‘eu’. e, ao mesmo tempo, o amor também nos devolve a nós mesmos, nos revela quem somos quando somos verdadeiros.

o amor é poesia que não se explica, mas que todos entendem ao sentir. é a soma de tudo o que nos torna humanos e a essência do que nos torna divinos. no fim das contas, talvez o amor seja isso: uma força que nos conecta ao que é mais puro, mais belo e mais verdadeiro em nós e nos outros. uma dança eterna entre o caos e a harmonia. o amor, talvez, seja simplesmente tudo.”

A vida tem uma forma peculiar de nos ensinar, muitas vezes através de dores que parecem sem propósito no momento. Quantas vezes nos perguntamos: “Por que isso está acontecendo comigo? Qual o sentido de tudo isso?” E, no entanto, é no silêncio do tempo que as respostas chegam. Nada que nos ocorre é em vão; cada experiência é uma peça do quebra-cabeça que nos torna quem somos.


Se você olhar para trás, verá que cada momento, por mais difícil ou insignificante que tenha parecido, moldou a pessoa que olha no espelho hoje. Talvez, sem essas lições, você seria alguém mais vulnerável, mais ingênuo, e poderia enfrentar sofrimentos ainda maiores. Não se culpe pelas curvas do caminho; elas não só fazem parte da jornada como te guiam na direção certa. Afinal, é na dureza da vida que lapidamos nosso caráter, tornando-nos não perfeitos, mas mais preparados para o que está por vir.

Quem te trai uma vez, vai te trair mil vezes. Você não precisa beber o mar inteiro para saber que ele é salgado.

⁠todas as cartas da sua existência sempre estiveram voltadas para você. cartas de júbilo, desespero, dilemas difíceis ou até mesmo as mais triviais. o universo sempre as dispôs na palma da sua mão.
entretanto, criamos para nós mesmos a ilusão de que o amanhã é um mistério absoluto, quando, na verdade, trata-se de uma questão de escolha.
aquilo que não conhecemos não é o que está além do nosso alcance, mas o que repousa na profundidade da vida. o que é raso e superficial, por sua natureza, nos é fácil de decidir:
a que horas ajustar o despertador;
o que consumir no desjejum;
qual roupa vestir para uma reunião que julgamos crucial;
em que restaurante almoçar.
essas escolhas são nossas, tangíveis e ao nosso dispor. já aquilo que transcende nosso domínio – o imprevisível, o insondável – permanecerá desconhecido, não por negligência ou falta de zelo, mas pela própria essência da existência.
vivemos à mercê de decisões que moldam nossa realidade, cada uma uma peça no mosaico da vida. contudo, o conhecimento que carregamos é fruto das escolhas superficiais que ousamos tomar. as profundezas, essas, só se revelam na queda – quanto maior o tombo, mais incerto e desafiador se torna o fundo.