Coleção pessoal de Dmartins08041999
Um dos nossos principais erros foi ter um discurso de direita, mas fazer políticas de esquerda, soando como conservadores, mas agindo como trabalhistas.
O universo que observamos tem precisamente as propriedades que deveríamos esperar se, no fundo, não houvesse nenhum projeto, nenhum propósito, nenhum mal, nenhum bem, nada além de indiferença implacável.
Uma das maneiras interessantes pelas quais podemos ver aonde isso pode levar é nas franjas selvagens do movimento ambientalista no momento, que está dizendo: “Na verdade, bem, os humanos não são especiais. Eles não apenas não são especiais, mas são uma praga, e há humanos demais. Há muitos de nós. Somos um tipo de asteroide biológico que está causando uma grande extinção no nível da extinção que exterminou os dinossauros.” Há uma razão pela qual, nas franjas mais sombrias do ambientalismo, ele se transforma em nazismo.
Nossa Constituição foi feita para um povo moral e religioso. Ela é totalmente inadequada ao governo de qualquer outro.
Em última análise, a base de quase tudo que pensamos, em seu cerne, é teológica. Acho que você vê isso muito claramente na questão do humanismo: a ideia de que os humanos têm um valor particular é fundada em uma ideia teológica. Tentativas de sustentar essa ideia sem a teologia que historicamente a sustentou parecem ser totalmente falsas e fadadas ao fracasso.
Os Fundadores não eram realmente superortodoxos. Eles eram todos nominalmente cristãos, mas não passariam no teste decisivo para muitos evangélicos hoje. Mas eles concordavam absoluta e enfaticamente que você não pode ter uma sociedade livre com uma constituição como a que eles criaram, a menos que você esteja tentando governar um povo religioso. Se você não tem religião como força controladora, então os tipos de leis que temos não poderiam funcionar.
A santidade da vida humana é uma noção judaico-cristã que pode muito facilmente não sobreviver ao desaparecimento da civilização judaico-cristã
De fato, o ateísmo, particularmente em suas formas militantes, é realmente uma estrutura metafísica muito perigosa para uma sociedade. (...) Não temos, não acho, um sistema ético evoluído. Não compro a ideia de que a evolução por si só nos torna morais. Ela pode modificar o comportamento, mas há muitas evidências de que, no estado bruto, quando as restrições da civilização desaparecem, nos comportamos da maneira mais selvagem uns com os outros. Acredito muito que, com a sabedoria herdada de uma religião de dois milênios, temos uma estrutura muito boa para trabalhar.
A compaixão contradiz a lei da evolução, que é a lei da seleção. Conserva o que está maduro para o declínio, luta em prol dos deserdados e dos condenados pela vida; e, pela abundância dos fracassados de toda a espécie, que mantém vivos, confere à própria vida um aspecto sinistro e duvidoso.
O que é bom? Tudo o que aumenta no homem o sentimento do poder, a vontade de poder, o próprio poder.
O que é mau? Tudo o que nasce da fraqueza. (...)
Os fracos e os fracassados devem perecer: primeiro princípio da nossa caridade. E há mesmo que ajudá-los a desaparecer!
O que é mais nocivo do que todos os vícios? A compaixão da ação por todos os fracassados e fracos: o Cristianismo...
Nenhuma mulher deve ser autorizada a ficar em casa para criar os filhos. A sociedade deveria ser totalmente diferente. As mulheres não deveriam ter essa escolha, precisamente porque, se houver essa escolha, muitas mulheres a farão. É uma forma de forçar as mulheres em uma determinada direção.
Quando os europeus tomaram o nosso país, combatemo-los com as nossas lanças, mas eles derrotaram-nos porque tinham armas melhores. (…) Mas eis! O missionário chegou a tempo e colocou explosivos sob o colonialismo. A Bíblia está fazendo o que não poderíamos fazer com nossas lanças.
Não há serventia nenhuma em tentar "enxergar o que está por trás" dos primeiros princípios. Se você perscrutasse tudo, então tudo seria transparente, mas um mundo totalmente transparente é um mundo invisível. "Perscrutar" todas as coisas é o mesmo que não enxergar nada.
A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. Ela é o ópio do povo.
A supressão da religião enquanto felicidade ilusória do povo é a exigência da sua felicidade real.
Todavia, se em um momento de tumulto e no delírio ébrio produzido pelo espírito ardente destilado no alambique infernal que ferve hoje furiosamente na França, devêssemos descobrir nossa nudez, rejeitando aquela religião cristã que, até agora, tem sido nosso motivo de orgulho e nosso consolo, assim como uma grande fonte de civilização entre nós e muitas outras nações, ficaríamos apreensivos (sabedores de que a mente não suportará o vazio) de que alguma superstição grosseira, perniciosa e degradante devesse tomar seu lugar.
Sabemos, para nosso orgulho, que o homem, por constituição, é um animal religioso; que o ateísmo é contrário não apenas à nossa razão, mas também aos nossos instintos, não podendo prevalecer por muito tempo.