Coleção pessoal de diogo_lima_carvalho

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⁠Olá, de novo você que me lê toda vez.

Sim, deleite-se com mais um pouco deangústia. Mas fala de angústia nada tão grave do que na minha mente. Pois dia após dia percebo os problemas que nunca enxerguei. Não porque ignorei, mas porque nunca houve a necessidade de vê-los.

Agora que meus desejos foram finalmente atendidos, vejo eles claramente como o ouro embaixo da água cristalina. Agora eu percebo o peso da escolha certa, e a frase nunca fez tanto sentido: "Cuidado com seus desejos".

Agora me veja nesse desalinhamento confuso, com a sensação de ser um mero brinquedo sendo usado por um propósito de outra pessoa. Mas agora eu que me resolva na angústia.

Você se identifica com essa angústia? O que te deixa angustiado?

⁠De propósito quando
você pegar as tuas
cartas de Bacará,
Deixarei fotos só
para te desconcentrar,
E pensar que tem
coisa melhor na vida,
e de fato há,
que é vir me procurar
para a gente se achegar.

⁠Olhe dentro de mim, você pode se ver a todo momento.

⁠Será que gosta de mim como eu gosto de ti? Será que você consegue entender o que eu digo com essa sentença?

Pois tenho dúvidas dia após dia se realmente gosta, se realmente posso lhe confiar o meu coração, que é tão desconfiado.

Tenho medo de entregar a única coisa que eu tenho de bom.

Tenho medo da incerteza, da insegurança, das nuvens escuras que aparecem no horizonte no fim da tarde.

Tenho medo, pois não sei se conseguirei viver com o que sobrou.

Te mostro o meu melhor sem me esforçar nem um pouco sequer. Pois é assim que eu serei o resto da minha vida.

Prometo viver contigo, sorrir, chorar, aprender, dançar, cantar, escrever e aprender milhares de outras coisas que não dariam para ser escritas em tão pouco espaço. Então, por favor, se tem pena de mim,

então te peço só uma coisa: se tem realmente pena de mim, conseguiria responder se gosta de mim como eu gosto de ti?

⁠Ah, essas ruas! Passo dia após dia entre elas, em alguns dias esperançosa, em outros, escura. É impressionante como elas mudam, mesmo sendo as mesmas ruas, deprimentes. Mas às vezes eu sei que elas brilham com o brilho da vida, como também sei que elas me destroem com as desventuras da mesma.

A questão é será que um dia essas ruas vão deixar de ser tão escuras e cultivar tão intrinsecamente com a própria escuridão de dentro da alma? Será que se eu preencher o espaço, elas deixarão de ser tão escuras? Mas preencher com o quê? Comauto-realização? Não, pois sei que faço isso todo dia e elas continuam escuras. Com amizades? Não, porque todo dia eu conheço gente nova e elas continuam escuras. Com amor? Não sei, pois sou ludicamente perdida nessa história, e não sei...

Mas um dia eu irei achar a resposta dessa pergunta. Então, esperemos.