Coleção pessoal de dio
Como é difícil quando você se dedica o máximo para realizar uma tarefa, um regime, uma atividade física, quando se entrega diuturnamente ao trabalho e no desempenho de seus sonhos e, de repente, aparece uma pessoa e começa a criticar o que estamos fazendo e como estamos fazendo. Não respeitam nosso labor, nossa força, nosso entusiasmo. Apenas olham com aquele olhar arrogante, aquele sorriso alvar e proferem suas sentenças destrutivas. Há uma grande necessidade de que aprendamos a fazer auto-crítica e que saibamos ouvir a idéia e sugestões de terceiros. Mas não estou falando de idéias divergentes saudáveis. Falo de crítica destrutiva. Falo de certo tipo de pessoa que parece não dormir a noite se não destruir alguém com suas críticas no dia. É um esposo que não coopera e parece se alegrar na produção de palavras que arremessam sua parceira para a masmorra de sua alma. É uma esposa que parece se regozijar com a sensação de incompetência que consegue causar em seu esposo. São alguns pais que amaldiçoam seus filhos com palavras ásperas, xingamentos e com palavras de desânimo sobre o seu possível futuro e escolha. São filhos que criticam seus pais pela forma como lhes tratam e porque esperavam mais deles. É aquele patrão inconveniente que afunda as possibilidades daquele funcionário esforçado. A crítica é um inferno quando não se possui habilidade social para enfrentá-la. Alguns homens brilhantes passaram por isto e conseguiram superar. O professor de Bethoven disse que ele tinha uma maneira estranha de manusear o violino. Que preferiria tocar suas próprias canções ao invés de aprimorar suas técnicas. Seu professor o qualificou como sem esperança como compositor. Você sabia que Walt Disney foi despedido por um editor de um jornal por falta de idéias, e que foi à falência várias vezes? O professor de Thomas Alva Edson disse que ele era muito estúpido para aprender qualquer coisa. Lembrando que Thomas Edson registrou a patente de mais de mil invenções. A tese de doutorado de Albert Einstein em Bonn foi considerada irrelevante e sofisticada. Alguns anos depois seria expulso da Escola Politécnica de Zurich. O mais curioso foi que Henry Ford, o primeiro a fabricar carros em série, foi à falência cinco vezes antes de ser bem sucedido nos seus negócios. Se estes grandes vultos da história tivessem ouvido aquelas críticas iniciais, não teriamos musicas tão belas, não assistiríamos pateta, Mikei, Mine, Pato Donald, Pluto...Não teríamos a lâmpada, ou demoraria um pouco mais até sua descoberta, e não existiria a Ford. Felizes são aqueles que sabem lidar com a crítica alheia. Aqueles que, mesmo sendo criticados, acreditam em seus sonhos. Que transformam as críticas em alavancas para o futuro. Ouça todas as coisas, mas retenha só o que é bom para sua vida.
AJUDE A SI MESMO
Uma das expressões mais trágica em qualquer língua é a expressão ALGUM DIA. Ela carrega, em seu bojo, pensamentos e sentimentos negativos e derrotistas. É a síntese de toda esperança e sonhos não realizados dessa geração corrompida, alienada, transviada, que está às margens do ideal esperado. Consigo ouvir um drogadito, um alcoolista dizendo que Algum dia se livrará deste mal hábito! Algum dia acordará desta detestável vida que está mergulhado e tudo isto não passará de um grande pesadelo. Ouço o jovem e adultos solitários fernandopolenses dizendo pelos cantos sombrios de suas tacanhas vidas que Algum dia o amor vai entrar em suas vidas, e expulsar a tristeza! Que sua alegria não será movida por uma noite de balada apenas. Que encontrarão o grande amor de suas vidas. Ouço aquele que foi abandonado e traído, falando que Algum dia encontrará uma pessoa digna de sua confiança e, só assim, voltará a confiar e se entregar, sem reservas! Falam que Algum dia passará esse sentimento de rejeição. Escuto uma pessoa presa a um namoro, a um noivado, ou um casamento sem amor e, aparentemente, sem esperança, dizendo que Algum dia, de algum jeito, vai achar uma saída! Algum dia encontrará o que está procurando! Sabe que lá fora existe felicidade e satisfação. Algum dia vai ficar livre para seguir seu coração! Algum dia encontrará alguém para aceitá-la como é, algum dia...! Se você olhar bem de perto, descobrirá que muita gente vive para aquele dia. Dia previsto, místico, mágico, em que as coisas melhorarão, os conflitos internos e externos, as dificuldades desaparecerão! Parece que achamos que só precisamos de um pouco mais de tempo; que alguém ou alguma coisa chegará e fará tudo melhor! Achamos que algum dia nossas preces serão atendidas; algum dia seremos mais felizes, mais senhores de nossas vidas e destino. A pífia sensação de que, em algum lugar, de algum jeito, um milagre está esperando-nos. Mas o que observamos entre as pessoas comuns é que este algum dia nunca acontece. Penso que se nós, fernandopolenses, simplesmente, ficarmos sentados esperando, este milagre não virá, jamais. Não chegará nenhum cavaleiro mascarado, nenhum super herói para livrar-nos dos reias problemas do dia-a-dia. Se suas preces serão respondidas, se suas necessidades serão saciadas, se seus sonhos serão concretizados, será o resultado de algo que você fará! Pára de ficar pelos cantos da vida, esperando o milagre de Algum dia. Chega uma hora em que você tem de fazer acontecer. Você tem de agir! Ficar sentado, esperando um milagre externo, sonhando por melhoras, podem ser fatais! Faça alguma coisa! Ajude-se!
O grito, do Ipiranga ao Santa Rita...
Às Margens do Ipiranga, D. Pedro recebe uma carta vinda de Portugal onde, Segundo ela, as Cortes de Lisboa, baseadas "no despropósito e no despotismo" buscavam impor ao Brasil "um sistema de anarquia e escravidão. No dia sete de setembro, o príncipe recebeu as cartas às margens do Ipiranga e concluiu que era a hora de romper com a metrópole. Depois de ler, amassar e pisotear as cartas, D.Pedro montou "sua bela besta baia", cavalgou até o topo da colina e gritou à guarda de honra:
- Amigos, as cortes de Lisboa nos oprimem e querem nos escravizar... Deste dia em diante, nossas relações estão rompidas.
Após arrancar a insígnia portuguesa de seu uniforme, o príncipe sacou a espada e gritou: - Por meu sangue, por minha honra e por Deus: farei do Brasil um país livre.
Em seguida, erguendo-se nos estribos e alçando a espada, afirmou:
"Brasileiros, de hoje em diante nosso lema será: Independência ou morte". Eram 4 horas da tarde de 7 de setembro de 1822.
Desde esta data, 1822, quando se deu o grito de Independência, nosso país, passo a passo, foi jogado em um lamaçal de erros e podridão. As sentenças proferidas, onde se apoiara, são dignas de nota. POR MEU SANGUE. Nosso pais está hoje submerso num mar de sangue, onde notamos uma completa desvalorização da vida. Pessoas se matam e morrem por absolutamente nada. Numa saída de uma festa, em um jogo de futebol, dentro de um ônibus, no trânsito. Basta uma frase mal posta e, de repente, surge a fúria, a agressão. Nem mesmo a sacracidade familiar escapou desta violência. POR MINHA HONRA. Onde está a honra deste país? A começar pelas nossas autoridades? Onde as pessoas trabalhadoras não conseguem um lugar para descansarem suas cabeças. Quando compram algum bem, à preço de suor, mal conseguem pagar os impostos do que adquiriu. Ligamos a televisão e vemos representante deste mesmo povo morando em um castelo! Os magnatas de colarinho branco tiram dinheiro de velhos e crianças e não vão presos. E quando são aprisionados, contratam um bom psicólogo, psiquiatra, neurologista, e providencia-se um laudo de insanidade mental. Pronto! Estão em seus castelos e com tudo que subtraíram. Há certas castas de políticos e poderosos que compram pessoas ou as pressionam para que se vendam por mil tijolos, um uniforme do time da vila, um piso, uma laje, até mesmo por uma cesta básica.
EU FAREI DO BRASIL UM PAIS LIVRE. Liberdade é uma grande utopia neste país. A cada dia que passa, descubro que somos escravos do analfabetismo, somos escravos da fome e do trabalho explorativo de menores, somos escravos da burocracia do sistema, somos escravos dos traficantes e ladrões, somos escravos de uma minoria que tem dinheiro e poder, somos escravos dos que detém o saber, somos escravos das pseudo-religiões que tentam nos vender um pedacinho do céu, somos escravos de hospitais e postos de saúde que, às vezes, nos tratam como subprodutos, como escória social, que nos consideram como estatística. O último, a quem D. Pedro pediu ajuda foi POR DEUS. Talvez a única frase que podemos ter esperança de D. Pedro, seja esta mesmo! Do jeito que as coisas andam, só mesmo por Deus. Fico preocupado quando vejo um maluco com sua espada desembainhada perto de algum rio montado em seu animal, mesmo que seja às margens do Ribeirão Santa Rita.
O mundo no olhar malicioso da inveja
A palavra inveja vem do latim “ invidia”, literalmente, é não-ver, não querer ver o bem do outro, ver ao contrário. Eis um dos sentimentos mais torpe e difícil de ser eliminado da alma humana. Trata-se de um dos vícios que mais causa sofrimento à humanidade. Há pessoas que se colocam como cães de guarda, sempre alertas ao menor ruído. Basta alguém se destacar em alguma área, por mais ínfima que seja e lá estará o invejoso, pronto para apontar o dedo e tentar minimizar o feito de seu próximo. Uma roupa diferente, um calçado da moda ou mesmo uma jóia, um ponto comercial, uma vitrine bem organizada e chamativa, uma habilidade especial em determinada área, uma promoção, uma aprovação em um concurso, e lá está ela. O grande problema, no meu ponto de vista, é que, diferente da cobiça onde a pessoa deseja ter o que você tem, e da avareza, onde a pessoa quer ter sozinho o que temos; a inveja faz com que as pessoas que a possuem sejam incapacitadas de ver a sua glória, seu sucesso e sua alegria. O ser humano possuído por este sentimento mesquinho não quer ter o que você tem; ele não quer que você tenha. Sua alegria inefável é quando você perde, quando não atinge seus objetivos. A sensação do invejoso é que todos conspiram contra ele, até mesmo as “forças espirituais”. O rio que produz verdes pastos, que faz brotar flores e frutos, na sua débil visão, não passa pelo seu quintal árido. Ele não se preocupa em criar um caminho, uma simples cova para que as águas voltem para lá. Eles torcem para que o rio que te abastece também seque. Ela deseja que você sofra até a morte; deseja que trabalhe e seja afligido sem que progridas em seus feitos. O indivíduo invejoso só consegue ver onde falhamos e os nossos defeitos. Nem mesmo Jesus, o grande Vendedor de Sonhos, escapou destes destruidores. Foi movido por este sentimento que a corja religiosa pediu sua crucificação. Conta-se uma história que certa vez, na floresta, uma cobra começou uma terrível perseguição contra o vagalume. Subia morro, descia montes, atravessava as matas, subia em árvores, cruzava rios, na tentativa de matá-lo. Cansado, o vagalume resolveu se entregar de vez. Não havia mais forças para escapar. Suas asas já estavam gastas e não tinha mais nenhum canto seguro para se esconder da sagaz e ardil cobra. Antes de ser devorado, o vagalume, disse para a cobra:
- Dona cobra, antes de destruir-me gostaria apenas que me respondesse três perguntas e depois poderás consumar com seu desejo de morte.
- Claro, seu vagalume, quais são as três perguntas?
- Primeira...Eu fiz algum mal à senhora?
- Não, seu vagalume. Claro que não!
- Segunda...Eu faço parte de sua cadeia alimentar?
- Não, imagina, claro que não faz parte dela!
- Terceira...Então, por que a senhora quer destruir-me?
- Vou te destruir porque não suporto o seu brilho! Só por isto.
Às vezes, nas relações afetivas, nos casamentos, no trabalho, na escola, na faculdade, nas igrejas, nos vizinhos, o que achamos ser apenas manifestação de raiva ou ódio contra nós, é, camufladamente, pura inveja. Tem pessoas que não suportam o que você têm, nem o que você é, nem o que você faz.
Seria melhor não ter saído da cama
Isto já aconteceu com você? Dormir bem, feliz, cheio de expectativas para o futuro, com o coração transbordando de euforia, capaz de mostrar um sorriso para qualquer felino ou canino que cruzar o seu caminho, e de repente, 7:00 da manhã... Bom dia querido, como está? Você emite uma abrupta e áspera resposta que traspassa toda casa e a alma daquela ou daquele que lhe fez a pergunta ? Desperta do inocente sono e, do nada, como num breve momento esquizofrênico, começa a introjetar uma visão negativista de si mesmo! Dá uma olhadela no melhor espelho da casa e percebe-se como inadequado, feio, errado, defeituoso, sem valor ou importância, fracassado e tende a atribuir essas características a defeitos de sua na¬tureza física e psíquica. Não há grife e nem salão de beleza que pareça dar um jeito naquilo! Nos sentimos como pedras espalhadas pela natureza; sem razão de existir, sem finalidade, esperando o tempo nos desgastar, sentimo-nos sozinhos, como ilhas esquecidas pelos oceanos desta vida. As águas do choro, da decepção, do descontentamento, das mágoas, invadem nossos velhos castelos, nossas antigas fortalezas, e nos vemos encharcados e sem saída! Se sua natureza é má ou inadequada, entende que não poderá ser valorizado ou amado por ninguém. Depois de autodestruír-se, de abandonar aquele assombroso espelho, sem claudicar, sem a presença da razão, volta-se o olhar para o mundo que o cerca. Aquele mundo cheio de brilho, de desejos, encantamentos, é encara¬do e descrito como incapaz de lhe propiciar experiências positivas! O mundo se torna su¬per exigente, que provoca toda espécie de frustração, plenamente falso, cheio de obstáculos insupe¬ráveis e insuportáveis, com solicitações absurdas e jamais atingiremos. Nos sentimos como que sentados numa cadeira de balanço, onde se exige que você faça alguma coisa, mas não o conduzirá a nenhum lugar. São feitas antecipações de que as dificuldades e os sofrimentos presentes serão intermináveis e que seus es¬forços em alcançar objetivos específicos serão inevitavelmente fracassados. Então, caímos no labirinto perigoso onde se pergunta sobre a razão pela qual vivemos. Ninguém sairá desta infindável tristeza enquanto não encontrar esta resposta. Muitos têm gasto toda vida para descobrirem “como não se deve viver”. Outros ainda não descobriram como, nem porque viver...As maiores tempestades que enfrentamos não são as externas, e sim, as que nós mesmos criamos e controlamos dentro da nossa triste e pessimista alma. Pois se existe inferno na terra, só pode ser encontrado no coração de uma pessoa triste. Ah, lembra do dia anterior quando tudo parecia maravilhosamente belo? Ele ainda não morreu. É apenas um momento, uma fase, um instante insano de melancolia e norteado pelo pessimismo que você está passando...Vai passar! Agradeça por ter conseguido saído da cama hoje. Alguns nem isto conseguem.
Com a palavra, o Capacete...
Eu sou o Capacete, sei que este mês de janeiro está marcado por uma situação muito comentada nos bares, padarias, praças e casas da nossa cidade. Falo sobre o “ladrão do capacete”. Meu visor trinca, ao saber que muitas donas de casa não sabiam mais o que fazer para evitar que suas casas fossem roubadas; senhores que, andando pela rua, procuravam um meio mais discreto possível de proteger suas carteiras e seus automóveis; lojistas que dobraram a atenção da segurança de suas lojas; sem contar a invasão nociva das mentes das crianças que clamavam aos pais que acendessem a luz de seus quartos ou que permitissem que fossem dormir com eles. Mas sou inocente, juro! Sei que meus companheiros motoqueiros já estavam preocupados quando paravam com suas motos na frente de algum estabelecimento, temendo que fossem recebidos de forma hostil, sendo confundidos com o meliante! É claro que ele usava-me devido ao fato de estar dirigindo uma moto, mas existe alguma coisa mais séria e lamentável que aquele homem desejava esconder. Meu psicoterapeuta Junguiano dizia que este lado sombrio, que tanto temia que aparecesse, o qual ele chamou de sombra e que incluía aquelas tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis e contrárias aos padrões e ideais sociais, geralmente, aparecem em vossos sonhos e que, freqüentemente, aparece como um animal, um vagabundo ou qualquer outra figura de categoria mais baixa. Eu, o Capacete não me incluo nisto! O modus operandis do elemento demonstrava que não era um larápio qualquer. O terror criado por vocês era mais fruto de uma cidade interiorana marcada pela violência que cresce paulatinamente. Mas graças ao mestre dos capacetes, este homem deu sua última cartada! Perceberam que quando me tiraram de sua cabeça ele se mostrou uma alma desesperada e assustada com tudo o que lhe aguardava a partir daquele flagrante. Ele me confidenciou que o motivo era um veículo seu, instrumento único e essencial para sua sobrevivência, que se quebrara e não tinha como pagar! Não cogitou, armou-se de uma ignorante coragem e esqueceu-se do seu passado sem mácula, da família que o admirava e dos amigos que viam sua luta e esforço! Montou em seu veículo de duas rodas (que precisava ser investigado) escondeu-se por detrás de mim, e partiu para uma viagem estigmatizante. Quando quebramos certos limites, a volta, às vezes, é quase impossível. Eu não protegia apenas sua cabeça! Escondia, também, sua vergonha, seu orgulho em pedir ajuda, sua aparente derrota, as necessidades que iria enfrentar, escondia seu caráter, seu nome, sua dignidade. Vocês não sabem como era difícil para ele chegar em sua casa e tirar-me de sua cabeça! Bandidos roubam vocês sem máscaras e sem capacetes, e até deixam suas credenciais e nunca vi vocês tão indignados. Mas tudo está terminado! À policia, meus aplausos e desculpas por ter sido usado e criado tanto mal! Faço um pedido ao mestre supremo dos Capacetes: Que eu nunca mais seja usado para esconder as mazelas e as sombras de nenhum desesperado inconseqüente!
Dizem que cada povo tem o governo que merece. Baseado nisto podemos tecer uma rede de pensamentos sobre o que o povo de Fernandópolis espera dos nossos vereadores e prefeito. Há alguns anos atrás o povo brasileiro estava desacreditado, desconfiado; crentes de que um mal súbito social e financeiro, criado por um sistema ganancioso e elitizado iria dizimá-lo e corromper o futuro dos seus filhos. Era preciso um novo governo, mas não um qualquer! Era preciso um “HERÓI”. Que tivesse a força e audácia da juventude, que usasse um belo uniforme, que aflorasse seu lado narcísico, que não fosse agorafóbico, pelo contrário, que amasse as aparições públicas, em belos carros e até mesmo portando seu jet-ski. Collor era este herói! Mas tempos depois, após comprometer toda estrutura do país, de enriquecimento ilícitos de seus amigos por influência, vexames na família, morte de PC, confisco, e quebrar os nossos sonhos do herói, foi deposto pelos comuns caras pintadas. Desfeito o sonho do herói para este desprotegido povo e após percebermos que todo herói tem seu calcanhar de Aquiles, buscamos outro governo. Mas não queríamos mais um bravo, destemido e audacioso jovem. Desejávamos o néctar da sabedoria e do conhecimento político e social. Alguém que falasse bem, em vários idiomas, que tivesse livros já escritos, que representasse a nossa ignorância lá fora. Um INTELECTUAL! Que fizesse que, lá fora, não nos vissem como terceiro mundo, caracterizado pela fome, desemprego, analfabetismo e desigualdade na divisão de renda. Alguém que, mesmo que nada entendêssemos de sua fala, o aplaudiríamos de pé. Ele seria nossa cara de país em desenvolvimento. Por oito anos, FHC encarnou esta utopia. Depois da CPI do caso Sivam, da CPI da pasta Rosa, das questionáveis privatizações, da desvalorização do Real e outras dezenas de roubos históricos, não queríamos mais que estivesse liderando-nos. Hoje, alguém sabe por onde anda nosso representante intelectual? O povo brasileiro disse chega! Chega de herói, chega de intelectuais! Queríamos alguém dos nossos. Operário, PROLETÁRIO, semiletrado, rústico, amante e expositor do senso comum, inimigo da ciência, um Che Guevara dos desiludidos. Que sustentasse o ledo engano da alma do povo sofrido de que, um dia, todos chegaríamos lá. Mas depois que seus companheiros fizeram aquela farra com dinheiro público, das malas policoloridas, ficou difícil continuar acreditando na seriedade de suas promessas; ainda diz que nada sabia e que era desconhecido os tais episódio. Banalizou a história de uma causa, e ainda continua gritando pelos continentes que o Brasil está excelente e que não temos mais miséria. Então, matamos o modelo de herói, não entendemos nosso modelo de intelectual e nos decepcionamos com o modelo do homem das parábolas e metáforas simples. Esperamos, agora, que nestes anos pela frente, que nossos vereadores e prefeito sejam heróis que protejam mais os cidadãos desta cidade e seus sonhos. Que afugentem toda espécie de narcisismo, tornando os interesses desta cidade superiores aos seus desejos de autopromoção. Que sejam sábios, tendo consciência do que falam e fazem e os efeitos de suas escolhas no futuro dos nossos filhos. Que tenham a cara deste povo, alguém dos nossos, que não matem, em nós, a santa utopia de que nem tudo está perdido.
No passado, todos os escritores se questionavam sobre o seu lado sombrio, escuro, para eles, perigoso. Até mesmo certo homem chamado Paulo de Tarso dizia que se desconhecia. Aquilo que ele queria fazer, não fazia...aquilo que não queria, isto fazia; até se chamou de homem miserável, por causa disto. Freud chamou esta parte de ID...Caraca, pra ele esta parte humana desconhecida era um depósito de tudo o que foi reprimido, proibido, bloqueado por causa de pressões sociais, éticas e morais. Também, teve um certo Jung que dizia que este lado que tanto tememos, o qual ele chamou de sombra incluia aquelas tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis e contrárias aos padrões e ideais sociais. Em sonhos, a sombra freqüentemente aparece como um animal, um vagabundo ou qualquer outra figura de categoria mais baixa...(kkk). Ai, mas não quero falar sobre Sombra e nem sobre ID. Quero falar sobre armário...É só uma brincadeira séria entre mim e minha amiga, (kkk)...Ás vezes, lamentamos por coisas que aconteceram, pessoas que passaram por nós e que não soubemos aproveitar, usufruir. Situações vividas que, devido a posicionamentos éticos, morais e religioso, simplesmente, abrimos mão. Há pessoas que estavam e estão conosco que nos fizeram ou fazem ver o mundo de outra maneira. Que parecem ter a palavra certa, o toque certo, a mão perfeita, os movimentos precisos.Nos arrebataram, nos arrebatam e nos arrebatarão...Mas, percebemos que estas coisas e pessoas nos são proibidas, vetadas.Elas aparecem em nossos pensamentos como uma obsessão; surgem, secretamente, em nossos sonhos, como invasores ...o problema é que eles nos invadem com nossa permissão...meu Deussss...Se pudéssemos materializar o que sonhamos!!! Por que o tempo parece conspirar contra nós quando estamos felizes? Por que parece que quando amamos alguém e queremos morrer ao lado dela, vem outro alguém, uma circunstância e nos rouba isto? Por que amamos o que nos ferem? Por que amamos o proibido? Por que amamos quem não nos valoriza? Por que nos prendemos em coisas e pessoas que não nos dão sossego? O que minha mãe, pai, amigo, pastor, professor falariam ou pensariam se soubessem de todos os meus sonhos secretos, minhas fantasias indizíveis, meus pensamentos Obsessivos? Lamentável...Mas é melhor não...então, para que serve o armário? Tudo está lá. Guardado, engavetado, com senhas, com grades, e só nós temos acesso através dos pensamentos e nossos sonhos. Acho que poderia terminar este texto com uma letra dos titãs: Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado mais, e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer...Queria ter aceitado as pessoas como elas são. Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o sol se pôr. Devia ter me importado menos, com problemas pequenos, ter morrido de amor...Queria ter aceitado a vida como ela é. Deixa eu voltar e depositar estas coisas em seu lugar devido...no Armário!
Jesus perguntou o que as pessoas diziam sobre Ele. E eles disseram: Uns dizem , João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas, outros dizem que o Senhor tem demônios ( Belzebu ) nós achamos que o Senhor é Cristo, o Filho do Deus vivo. Assim também somos nós; no trabalho, na faculdade, na escola, dentro de nossa própria casa, nas igrejas, nos clubes, para os amigos. Poderemos ser vistos como João Batista que preparou todo o caminho de Jesus; Podemos ser vistos como Jeremias que viu sua vida ser destruída pelos babilônicos, mas confiou até o fim nas misericórdias do Senhor; Poderemos ser vistos, como um profeta das verdades absolutas de Deus; Mas, dependendo do interesse e da motivação de alguns, também poderemos ser vistos como alguém que age sob influência de Belzebu. Tudo depende do interesse de quem fala e de quem ouve. Graças a Deus que Ele revela aos nossos corações, pelo seu Espírito Santo, como fez com Pedro, quem o Senhor acha que somos: Somos filhos do Deus VIVO.
Uma das maiores aventuras e ambições do ser humano é viajar. Alguns reservam 30 dias do ano pra isto, economizam até o que não podem; tudo para que no fim, no meio ou no início do ano partam para alguma praia, algum hotel fazenda, um chalé na montanha, uma aventura de pesca esportiva... Mas existe uma viagem que poucos fazem... é a viagem para dentro de nós mesmos. Tentar nos conhecer é doloroso, sombrio, angustiante. É difícil visitar as trilhas escorregadias dos nossos desejos, percorrer as correntezas perigosas de nossas emoções, subir as montanhas pontiagudas das nossas dúvidas e ansiedades, entrar nas cavernas escuras de nossos traumas, medos, complexos. É complicado mergulhar nas águas turvas da nossa vontade de falar tudo que pensamos e sentimos, pois isto, certamente, ferirá alguém. Mas, se você não fizer esta viagem interna, jamais será você mesmo. Sempre viverá pelos outros, sob comandos do que os outros esperam que seja. Boa viagem.
Já teve a vontade de chorar alguma vez e teve medo do que os outros iriam pensar? Esta é a maior chaga da nossa sociedade! Às vezes, temos que dissimular nossas emoções por causa dos outros. Eu acho que pior do que aquele que simula, é aquele que dissimula. Desde criança ouvimos a mítica história reforçada de que homem não chora, que choro é coisa infantil. Fácil encontrar alguém que esconde por trás da máscara da seriedade, da euforia excessiva, da agressividade e do evitamento social, uma incontrolável vontade de chorar! E quando há força necessária para fazermos isto, não se vê ninguém que esteja à altura de, simplesmente, oferecer seu ombro amigo! Querem saber a causa da lágrima! Quem disse que precisa de causa para se oferecer o ombro? Amigos, sejamos mais humanos!
A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Já leu o Salmos 23? Olha, posso viver muito bem em lugares secos; Posso me afundar nas tormentas das águas; minha alma já até ficou especialista em decepção, frustrações causadas por pessoas e circunstâncias; as vezes, não anda pelos caminhos da justiça como Deus gostaria que eu andasse; O vale da sombra da morte já é um lugar tranqüilo pra mim...já passei por ele tantas vezes que nem o percebo mais; Quando desaprendo um medo, consigo criar outro na hora! Nem sempre senti que Deus estava comigo, principalmente nas minhas angústias, pensava que ele estava tão longe! Minha mesa, nem sempre foi farta, mas sempre estive na presença de meus inimigos; Ás vezes sinto que Deus não foi bom em certas coisas comigo, sei lá, parece que não teve muita dó de mim, parece que faltou com sua misericórdia! Bom, parece meio loucura isto, não é? Mas, preciso te falar uma coisa que mudou minha vida: MESMO SENTINDO TUDO ISTO, O SENHOR NUNCA DEIXOU DE SER MEU PASTOR... Não o amo por aquilo que ele me faz, apenas o amo!
Certa vez Sigmund Freud disse: “Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.” Encontrei um antigo amigo meu, dos tempos de meninos na rua, e começamos a falar sobre o passado. Dio, lembra que Jogávamos bola no asfalto, bola queimada, pique esconde, porta bandeira, caçávamos passarinho com estilingue, nadávamos nos córregos, bolinha de gude! Não tínhamos pressa, nem cobranças, nem compromissos. Ninguém queria ser melhor do que ninguém. Queríamos ser apenas nós mesmos, tolas e inocentes crianças. Isto me fez pensar sobre o que me tornei. Tantas contas, cobranças, peso, lutas, ansiedades, frustrações, uma luta à procura da perfeição e em ser o melhor; onde vou chegar desta maneira? Quando meu amigo foi embora me disse: Dio, a vida pode ser menos pesada, menos ofegante, menos dramática. Tudo dependerá de como e do que estamos correndo atrás e de qual o valor que damos a estas coisas! Pense nisto! Abraço!
Percebo que o mundo está cansado de sonhadores! Pode até pensar que isto é pessimismo meu, mas não é. Falo de pessoas que, a tempo, não fazem outra coisa a não ser: projetar, sonhar, fantasiar, programar, traçar metas, mas que não saem disto. Estão esperando que alguma coisa ou alguém faça algo e crie uma oportunidade para eles. Isto não acontecerá! O mundo espera que alguém, em algum lugar, tome iniciativa, que tome os remos nas mãos, que marchem para a objetividade, que desçam de suas camas, que ponham os pés no chão, que transformem esta subjetividade em algo concreto. Medo, esta é a fobia que atrapalha a ação e realização. O medo só cabe em nossos sonhos! Lá, não se constrói, não se encarna, não se faz! Lá, no mundo dos sonhadores, apenas observamos os que têm coragem e audácia vencerem, fazerem, realizarem. É hora de materializarmos os nossos sonhos! Não podemos parar de sonhar, apenas precisamos ir atrás deles! Sonho sem ação é pura fantasia! Não existem limites para aqueles que possuem a capacidade de sonhar!
Chuva e melancolia
Sou um ser entre o ser e o não ser.
Sou luz que brilha ao despertar da alva,
mas minha alma se escorrega pelos lugares sombrios.
Sou paz do sorriso de infantil,
Mas sou ardor beligerante!
Posso ser manso como as águas calmas e um lago,
Mas sou tormenta em alto mar.
Posso morrer de sorrir com uma anedota, conto, piada
até mesmo mal contado de um amigo.
Mas posso proferir fel, veneno com a mesma facilidade.
Sou melancólico assumido, sou dos extremos,
Não sou do meio, não sou estático, não sou morno,
Basta uma chuva fria, um dia escuro, e lá estou eu...
Um ser diferente, que não ri, não fala, que não abraça,
Que se afasta de todas a formas de contato.
Me torno amigo dos livros, de mim mesmo.
Espero que esta chuva vá embora rápido!
Que leve este não ser, para bem longe...
Mas, ele volta!