Coleção pessoal de DiMarina

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Sempre achei que quando chegasse aos 50 anos, seria uma pessoa diferente, descobri que continuo a mesma, apesar de alguns bons retoques... E isso deu um alívio...

Besouros luminosos guardam o tesouro cobiçado...

Aromas que se confundem, entre louros e flor de laranjeira... Coroando o que não se vê, só se sente...

Aberto ao público... Claro, que há algumas vírgulas aqui e acolá, reticências cautelosas, interrogações sinuosas... As exclamações !!?? Ahhh as exclamações !!!!!! Mas nada de ponto final, é muito limitante e, particularmente, prefiro o abrangente que me leva livre pra navegar nesse meu rio de palavras desconexas, sem ter o menor cuidado com as fronteiras sinalizadas...

Lágrima seca que partiu no sentimento amargo,largado nos cantos ocupados... Mas achei a tarraxa, travessa, que fugiu, encaixada no carpete cinza, que só a noite viu...

Eu e Tu, sonho com isso.

Desfocados, por vezes,
Encaixados, pra sempre...

Sentimento emaranhado
Num beijo assanhado
De um coração tragado
Pelo fôlego sonhado.
Corpo escorregado
No óleo perfumado
De Pimenta ardida
Que cura a ferida
Da mente perdida...
Na cama atrevida
A Rosa mostra a vida
Na Pele da música ouvida.

Hoje, minha escrita não se traduz, são letras amigas, desencontradas; reticências perdidas, acanhadas; virgulas à deriva, solitárias; ponto final magoado em busca do texto que não se faz.

Em certos momentos a confusão é tanta que nem sei o que é o quê.

Vivias de mão em mão,
Feito água benta.
Abençoando corpos entristecidos
De almas perdidas e bolsos vazios
Corações pungentes
Lágrimas inexistentes
Vida só ...
Só solidão...

Tropeça,
Cambaleia,
Como se equilibrada
No bambu rachado de dor, estivesse...
Esbravejando,
Ecoa seu grito
pela garganta inerte e muda...

Pra saber realmente quem sou, só conhecendo, profundamente, as minhas loucuras, as minhas sandices e estando comigo nos meus raros momentos de lucidez.

Me rendo à minha loucura, porque ela é o que há de mais verdadeiro em mim, mas não tirem a minha alegria, porque é ela que me mantém viva ...

Esse céu cinzento me deixa impaciente até com meus botões...

Vida avessa
Vida travessa
Girando feito redemoinho
E, de carona, vou a lugares só meus ..

E não sou todo tempo delicada
Também tenho meus surtos de grosseria
Que não me deixam parecer tão babaca... Será???

Não sou todo tempo grosseira
Também tenho surtos de delicadeza
Que não me deixam ser tão ruim quanto parece...

Ser comum é tão bom, podemos nos reconhecer nas pessoas e aliviar nosso ego inflado...

Não estou em mim, quando fico lúcida....

Quero a dose equilibrada de insanidade e a pitada certa da louca sensatez...

Essa culta sensatez dos sentimentos não foi feita para os medíocres poetas insensatos, como eu....