Coleção pessoal de DietrichLohan
Eu sei que não gostas de elogiar,
Achas isso trivial, superficial.
Não sabes ao certo o porquê de me amar,
Apenas sentes, de forma natural.
Teu afeto é intuitivo, inexplicável,
Comigo, sentes-te à vontade, em paz.
Aprecias meu jeito, meu ser amável,
E desejas estar perto, cada vez mais.
O que devo te dizer, minha querida?
Que és linda? Que tua pele é macia?
Que teu cheiro é doce, tua voz, bendita,
Que teu olhar me enlouquece dia após dia?
Já expresso tudo isso em meus poemas,
Nas minhas obras, nos meus pensamentos,
Em minhas confissões, em minhas preces,
Em todos os momentos e sentimentos.
O que devo te dizer, afinal?
E o que deverias me dizer?
Preciso de prova do teu amor?
Não, simplesmente te amo, e me amas, sem temor.
Sei que não tens todas as respostas,
Nem para tuas próprias incertezas.
E eu, que questiono incessantemente,
Vejo nisso uma mágica beleza.
Temos tão pouco em comum, é verdade,
Até nossos temperamentos são distintos.
Mas mesmo assim, amo-te sem piedade,
E sei que me amas, sem labirintos.
Esses sons não são apenas notas soltas. São as emoções esculpidas em partituras, as lágrimas e risos que ecoam através das cordas e teclas. Cada acorde é uma história, cada melodia um mundo.
Eis a sabedoria, sendo como uma lâmpada, cuja luz transcende as sombras da ignorância que envolvem nossa jornada mundana. Meu coração se perturba, pois discerno os equívocos que teimosamente perpetuo, as transgressões que afligem meu caminhar. Ó, este meu anseio pela luz da sabedoria, como o quero, pois revela diante dos meus sentidos os desvios em minha senda, e me conduz ao arrependimento e à correção.
Gênese dos Conceitos
Na busca por compreender a natureza dos conceitos, somos conduzidos a um fascinante enigma filosófico: eles emergem de um princípio universal, mesmo quando suas manifestações podem parecer subjetivas. Os conceitos, sendo entidades abstratas que transcendem a materialidade, têm o poder de moldar nossa percepção e compreensão do mundo.
No cerne dessa questão está a interação entre o sujeito e o objeto. Ao nos depararmos com a realidade, nosso intelecto entra em ação, criando abstrações que capturam a essência do que experimentamos. Essas abstrações são os conceitos, construções mentais que nos permitem categorizar, diferenciar e relacionar as diversas facetas da existência.
O princípio universal que fundamenta a gênese dos conceitos reside na natureza inata da mente humana. Como seres dotados de razão e consciência, somos impulsionados a organizar e estruturar o mundo ao nosso redor. Os conceitos surgem como resultado desse anseio inato por ordem e significado.
Embora possam parecer subjetivos, os conceitos têm uma base comum que transcende as peculiaridades individuais. Mesmo que nossas experiências e perspectivas possam diferir, há uma estrutura cognitiva universal subjacente que nos leva a criar conceitos semelhantes para representar as mesmas realidades.
Essa universalidade dos conceitos também nos conduz a um diálogo filosófico profundo sobre a natureza do conhecimento. Os conceitos não são apenas produtos de nossa mente individual, mas também são influenciados pela interação com outros seres humanos e pelo legado cultural e histórico que nos precede. Assim, os conceitos são tanto reflexos da subjetividade humana quanto expressões de algo maior, transcendendo a individualidade para se tornarem construções coletivas.
Diante disso, os conceitos são a ponte entre o sujeito e o mundo externo. Eles são criados a partir de um princípio universal, uma necessidade inata de compreensão e organização. Ao mesmo tempo em que refletem a subjetividade individual, os conceitos têm uma base comum que nos conecta enquanto seres humanos.
Nessa intrincada teia de abstrações e percepções, os conceitos nos permitem explorar a realidade e dar sentido à nossa existência. Eles nos convidam a questionar, aprofundar e transcender nossas limitações pessoais, buscando uma compreensão mais ampla do mundo e de nós mesmos. Assim, mergulhamos em um profundo enigma filosófico, no qual os conceitos se revelam como um reflexo de nossa natureza universal e como uma ferramenta para desvendar os mistérios da existência.
Sentado na colina, contemplo o vasto céu azul, perscrutando as névoas distantes em busca do lugar onde encontrar-te, ó minha amada. Separados estamos, por montanhas e vales, divididos não só pelo espaço, mas pela paz, pela felicidade e também pela dor que nos acompanha. Ah, se ao menos pudesses perceber meu olhar, que se dirige a ti com ardor e paixão, e os suspiros que exalo na solidão, à espera do vazio que nos envolve. Será que nada pode chegar até ti? Nenhuma mensagem do meu amor pode ser entregue? Desejo entoar canções que te recordem da dor que sinto pela tua ausência! Pois diante do lamento amoroso, cada distância e cada momento se esvaem, e um coração amoroso alcança aquilo que um coração igualmente apaixonado consagrou.
Entre sombras, caminha no limiar do ocaso,
Seus olhos refletem o peso do fracasso.
Demi-gênio em seu tormento, Semi-fausto de agonia,
Numa dança perturbadora, na noite fria.
Sua virtude é um espelho quebrado,
Refletindo os destroços de um passado.
Como uma imagem distorcida de Florestan,
Vaga pelo tempo, um eco desenganado.
A ausência de compaixão é tão deslocada quanto a comparação entre peixe e elefante, ambos incapazes de escalar uma árvore.
Nas teias do destino, mesmo que não, sussurram os ventos do mistério. Mesmo que sim, as estrelas dançam no firmamento da incerteza. A vida, um eterno dilema, onde o ser se entrelaça com o não ser, e o sim com o não.
Eu vejo o que não entendo,
Entendo quando melhor sinto,
Nas sombras do mistério, me perco,
Na essência do momento, me encontro.
No silêncio das palavras não ditas,
Na música das emoções não descritas,
Desvendo o mundo com olhos abertos,
E compreendo o que transcende os verbos.
A verdade se revela nas entrelinhas,
No eco dos suspiros, nas entrementes,
A sabedoria se esconde na intuição,
Na dança sutil da mente e do coração.
Minha paciência esgotou-se no ato de ansiar pelo bem àqueles que carregam a má índole. Agora, anelo que se desfaçam, enfrentando uma punição ainda mais severa do que aquela que impuseram aos demais, na esperança de que compreendam, em toda a sua complexidade, o conceito de bondade. Desejar-lhes o bem apenas prolongaria sua ignorância.
A coragem, essa virtude sublime, desvenda-se como a própria essência da sabedoria, revelando-se apenas aos corações previdentes, que compreendem que a ousadia consciente é o fio de Ariadne que guia os destemidos pelos labirintos da existência.
Trama
No enfeitar das palavras, traço a cena,
Fios de sonhos tecendo realidades,
Fofocas mal contadas, a mente ordena,
Em versos e rimas, brotam as verdades.
Cartas nunca encaminhadas, guardam segredos,
Pensamentos gravados na tinta da pena,
Nas linhas, afloram desejos e medos,
Histórias do coração que a alma sustenta.
Ideias não retomadas, esperam seu tempo,
Como sementes plantadas, aguardam a luz,
No papel, florescem, eis o seu alento,
Crescendo em versos, cada uma reluz.
Dois quartetos, as tramas entrelaçam com graça,
E dois tercetos, a conclusão do soneto abraça.
O infinito é uma concepção. Essa concepção é definida como limitada. O infinito é uma compreensão do indecifrável.
É profundamente lamentável e até mesmo irônico que ao longo de nossas existências, nos empenhamos incessantemente na busca pelo que consideramos ser a "verdade", uma jornada repleta de reflexão, questionamentos e esforços intelectuais, apenas para sermos confrontados por indivíduos deploráveis, destituídos de raciocínio e consciência, que ousam se aventurar no território da verdade com uma ignorância estupefaciente.
É uma tristeza exasperante testemunhar a arrogância e a falta de discernimento desses seres acéfalos, que parecem incapazes de reconhecer a vastidão do conhecimento e a complexidade inerente ao processo de discernir a verdade.
Diante de tal desvario, é difícil não soltar um desabafo exasperado e frustrado, pois a sinceridade é assolada por tal desdém irracional.
Resiliência.
Uma das grandes lições que aprendi ao longo da vida é que o sofrimento não se dissipa de forma repentina e mágica. Ele não desaparece simplesmente com um estalar de dedos. Muitas vezes, nos encontramos diante de desafios, decepções e dores que parecem persistir, insistindo em nos acompanhar. É nessas horas que me pego refletindo: "Por que as falhas me aborrecem? Será que é porque criei expectativas irreais? Ou será que, compreensivelmente, não quero que nada de ruim aconteça na minha vida?" Essas perguntas provocam um questionamento interno, uma busca por compreensão. Entretanto, ousando refutar meu próprio pensamento, percebo que existe um caminho promissor. Se eu aprender a cultivar a paciência, uma virtude tão nobre e necessária em momentos difíceis, posso romper as amarras que me prendem à angústia. A aceitação, então, ganha espaço em meu coração e mente. Aceitar as coisas como são não significa ser passivo diante das adversidades. Pelo contrário, trata-se de reconhecer a realidade e direcionar minha energia para enfrentar os desafios com resiliência. É compreender que a vida nem sempre seguirá o curso que desejamos, mas que podemos escolher como reagir e lidar com as circunstâncias que surgem em nosso caminho. Ao abraçar essa perspectiva, descubro uma nova dimensão de quem sou. A verdadeira essência do meu ser não reside na ausência de falhas, medo, insegurança, rejeição ou imperfeição. Ela se manifesta na forma como escolho enfrentar e superar essas dificuldades, como aprendo e cresço com elas. No âmago desse processo de autorreflexão e aceitação, há esperança. A esperança de que, ao reconhecer nossas limitações e lidar com as provações da vida, poderemos encontrar uma paz interior duradoura. E, à medida que abraçamos nossa autenticidade e aprendemos a amar e a cuidar de nós mesmos, somos capazes de criar um futuro mais sereno e significativo.
O Paradoxo do Infinito Reflexivo
Suponha que exista um espelho mágico que possua a propriedade de refletir não apenas a aparência física, mas também a essência e a consciência de uma pessoa. Quando uma pessoa se olha neste espelho, ela vê não apenas sua própria imagem, mas também uma versão exata de si mesma que está olhando para o espelho dentro do espelho. Essa sucessão de reflexões infinitas continua até o infinito.
Considere o seguinte: Se alguém se aproxima desse espelho mágico e coloca sua mão nele, a reflexão da pessoa no espelho fará exatamente o mesmo. Cada reflexão subsequente repetirá o movimento, fazendo com que todas as infinitas versões reflitam o toque na mesma ordem e com a mesma precisão.
Aqui está o paradoxo: Se uma única ação é realizada pelo indivíduo original, todas as infinitas reflexões também realizam essa ação. Isso leva a duas possibilidades contraditórias:
A ação é realizada infinitas vezes em um tempo finito: Se a ação ocorre em um intervalo de tempo finito, todas as reflexões infinitas a realizam simultaneamente, o que sugere uma quantidade infinita de ações em um tempo limitado. Isso viola a ideia de um tempo finito.
A ação é realizada uma única vez em um tempo infinito: Se a ação ocorre em um intervalo de tempo infinito, todas as reflexões infinitas a realizam em uma sequência ordenada. No entanto, se o tempo é infinito, nunca chegaremos ao final dessa sequência, pois sempre haverá uma reflexão subsequente. Isso sugere uma quantidade infinita de ações em um tempo infinito, o que também parece incoerente.
Portanto, o Paradoxo do Infinito Reflexivo desafia nossa compreensão do tempo, da causalidade e da natureza do infinito. É um paradoxo difícil de ser compreendido, pois parece entrar em conflito com nossas noções comuns de linearidade temporal e causalidade.
Nos recônditos da alma, vive uma história que se desenrola entre os fios da tristeza e do amor não correspondido. Amar sem ser amado é mergulhar em um mar de emoções complexas, onde o coração se afoga na dor da solidão.
Como um farol solitário na noite escura, eu me encontro perdido na imensidão de um sentimento que transborda em meu peito. Minhas palavras se transformam em suspiros sussurrados ao vento, na esperança de que alcancem o ser amado e desvendem o que há de mais profundo em meu ser.
No entanto, o silêncio ecoa como uma canção triste, preenchendo os espaços vazios que restam em meu coração. É uma angústia dolorosa, a sensação de que o amor que sinto é apenas um eco distante, perdido em meio ao caos das incertezas.
As lágrimas se tornam minhas companheiras constantes, testemunhas silenciosas de uma batalha interna que travo todos os dias. Busco refúgio em memórias de momentos que nunca foram, em abraços que nunca se concretizaram e em beijos que apenas habitam meus sonhos mais profundos.
Amar sem ser amado é como caminhar por um jardim de rosas, com espinhos que ferem a alma. Cada palavra de afeto não correspondida é um espinho a mais, perfurando minha pele sensível. A dor se torna um lembrete constante de que o destino nem sempre nos agracia com a reciprocidade que ansiávamos.
Mas, mesmo na escuridão da desilusão, encontro forças para continuar. O amor, por mais desigual que seja, é uma chama que nunca se apaga completamente. Alimento-me da esperança de que um dia, talvez, meu amor seja compreendido e retribuído.
Enquanto isso, sigo com o coração partido, envolvido em um véu de saudade e solidão. Neste universo particular de sentimentos entrelaçados, busco consolo nas estrelas que iluminam o céu noturno, nas músicas que ecoam em minha mente e na certeza de que, apesar de tudo, o amor é uma força que transcende o tempo e as circunstâncias.
Amar sem ser amado é um dilema cruel, um paradoxo que nos mantém cativos da própria essência do amor. No entanto, é nessa batalha entre a alegria e a tristeza que encontramos a verdadeira coragem de amar, mesmo quando todas as probabilidades estão contra nós.
Que meu amor perdido possa um dia encontrar seu caminho de volta para mim, ou que meu coração aprenda a ser livre novamente, a amar de outras formas. Pois, apesar de todas as dores, a beleza de amar é um presente que nunca se perde, mesmo que não seja retribuído.