Coleção pessoal de Diarmuid
Na medida em que vou me autodiagnosticando, vou percebendo o quão burro sou por não procurar ajuda.
Não podemos falar que estamos ''vazios'', se esse ''vazio'' é por um motivo ele automaticamente não é mais vazio.
Sou como uma alma que vaga no cansaço de conviver com criaturas de corpos construídos e cabeças destruídas.
Meus amigos, vamos brindar o cansaço! Este é o prêmio pra vitória do boêmio, que bebeu de bar em bar o seu fracasso.
Mas o pior é o súbito cansaço de tudo. Parece uma fartura, parece que já se teve tudo e que não se quer mais nada.
O suicida não deseja a morte. A sobrevida talvez. O cansaço de ser.
Apagar a lembrança quase intermitente do que é. Ele morre para pontuar.
E colocar um ponto infeliz ao final de sua história.
''Eu não me conheço, às vezes eu simplesmente tenho total sabedoria sobre as coisas, sobre mim, sobre qualquer pessoa que precise de mim. Só que eu não me acho, eu não me encontro nunca, eu sinto que eu estou no neutro da vida, como se eu estivesse avulso, não tenho nada pra fazer, só vivendo bem dizer, eu não consigo entender isto, eu estou vagando sobre meus próprios pensamentos e não consigo encontrar um eu.
Eu queria ser só 1 eu, mas eu sou vários, eu não preciso de alguém para me dar amor eu já sei me amar, eu não preciso de alguém para me fazer feliz porque eu já sou feliz comigo mesmo. Só que chega a noite e fico pensando oque é a vida, oque eu sou, oque é tudo, e não chego a nenhuma conclusão o que me afeta muito.
Vou acordar amanhã e não vou ter nenhuma dúvida, porque vou cumprir meu papel de neutro no mundo, eu sei que em um futuro bem perto a minha vida ande para frente, só que no momento eu sou o cara neutro que esta ali no meio simplesmente por estar''.