Coleção pessoal de dialogar

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Chamo isso de força

Há várias formas de viver. Nesse infindável mercado do bem-viver-feliz cada um escolhe o estilo de vida que quer de acordo com o que acha que vai lhe trazer felicidade. Pois então, tenho cá me identificado com o estilo de vida dos fortes, isso mesmo: daqueles que sabem que é preciso ter força para se humilhar, que é preciso ser corajoso para chorar, que é preciso ser bravo para amar, que é preciso suportar a dor e lutar por aquilo que acha que vale a pena levar para o ali e o além; mas também, daqueles que sabem que não lhe pode faltar garra para renunciar a vida que se tem levado quando essa se esvair de um sentido mais profundo. Identifico-me com o estilo de vida daqueles que sabem que tudo pode ter sem nada possuir, daqueles que sabem que sonhos são necessários, mas não são absolutos, por isso podem ser trocados numa boa padaria; identifico-me com estilo de vida daqueles que sendo fortes não se deixam abalar se de fracos forem chamados, até porque o coeficiente de força só pode ser determinado em relação aos obstáculos que se tem de enfrentar; de minha parte, contento-me em saber que os obstáculos mais difíceis de serem vencidos são invisíveis aos olhos e, por vezes, estão dentro de nós mesmos; contento-me em ser feliz sem compromisso com o que se diz por aí ser a felicidade. Pois então, prefiro a vida dos fortes que sabem que são fracos, por isso mesmo, fazem do “negue-se a si mesmo” um dos princípios de sua caminhada, que assim caminha para além das angústias e das alegrias porque caminha com poeira nos pés sobre o solo da eternidade.

comlucasnascimento.blogspot.com

Se não nos realizarmos nas pequenas coisas da vida, a vida nunca será capaz de produzir o suficiente para nos sentirmos realizados.

Além do Ego

Às vezes tenho a sensação de que meus sentimentos, sentidos e algo mais, que poderia chamar de o centro do meu "eu", ao dialogar com elementos do real pulam dentro de mim até de mim saírem para tocar uma fagulha do eterno, daquilo que não se pode explicar, medir ou mensurar com métodos "naturais". Chamamos isso de momento que se eterniza. Talvez isso ajude a explicar aquele gosto na alma de algo saboroso e inexprimível que, por vezes, sentimos e que a partir do nosso espaço-tempo os transcende amplamente. Isso me acena de que existe um lugar e um tempo que não é o que "vivo" na maior parte do meu tempo. Isso me diz de que meu corpo foi criado para transcender. E se todos nós vivemos sempre em busca desses momentos, isso nos diz que somos carentes de sermos envolvidos por algo maior que nós mesmos. Se somos carentes é porque nos falta, se é uma falta tão absurda que todo homem universalmente vive a busca de preenchê-la de alguma forma à sua maneira, é porque fomos criados com a presença de algo que hoje nos falta e, no máximo, a tocamos às migalhas. Mas se de alguma forma podemos tocar, isso nos diz que esse algo existe.

É melhor seguir de sorrisos dados com a esperança, que sempre vem, tão imprevisível, como uma novidade.

Viver não é meramente existir, é eternizar-se.

Ame a todos, sobretudo aquelas pessoas que fazem você se sentir uma pessoa amada.

O Papai Noel não deve roubar a cena do Cristo, mas talvez ele represente aquilo que o Cristo é para muitos, um genuíno doador de esperança. Se Papai Noel não existe, nós existimos e esse é o desafio do natal, sermos presentes ao mundo, sermos promotores da paz, sermos pequenos cristos para grandes esperanças.

[Crônica com Música, Natal Infinito]

Eu posso dizer que a vida é bela, mas nem sempre posso dizer que ela é bonita. Ela é bonita quando me deparo com coisas e momentos harmoniosos, de perene alegria, quando estou diante de paisagens agradáveis e de situações favoráveis. Apesar de não sabermos diferenciar muito bem os dois termos, e filosoficamente haver diversas definições que se interseccionam, posso afirmar, por simples intuição, que ser belo é uma coisa, bonito é outra coisa (...) A beleza é um sentido esculpido em alguma forma. Deparar-se com a beleza é deparar-se com a possibilidade de um sentido, mesmo envolto em mistério. Pode-se dizer que algo passa a ser belo assim que passamos a minimamente compreendê-lo.

que não falte coragem, porque é preciso ter coragem para visitar os porões da alma e rever o que passou; olhar as fotografias de conquistas e as caricaturas de derrotas, o lixo e a bagunça que restou. É necessário, sobretudo, ter coragem para se desvencilhar e não repetir as promessas vazias, com tons de autoajuda, feitas ano a ano a si mesmo, aos outros e a Deus na ocasião do novo ano que chega. Na verdade, para se pensar a felicidade é preciso ter sangue no olho, portanto, é imprescindível ter muita coragem e desprendimento de si mesmo.

Uma coisa mais forte do que o medo é a esperança. A esperança desafia as aparentes impossibilidades.