Coleção pessoal de destroya

Encontrados 14 pensamentos na coleção de destroya

Vamos passando, passando, pois tudo passa. Muitas vezes me voltarei. As lembranças são trompetas de caça, cujo som morre no vento.

Meu desejo maior é ter em casa uma mulher razoável, um gato a passear entre meus livros e, a todo tempo, amigos. Sem tais prazeres eu não viveria.

O verdadeiro amor acontece em silêncio,sem estardalhaço.Quem ouve sinos precisa consultar o otorrino.

Sem o amor o homem é apenas um cadáver em férias.

Não há necessidade de grelhas, o inferno são os outros.

Não sei por que, mas não consigo te dizer
o que eu sinto por você.
Foi uma ação assim sem querer
comecei a gostar de você.
Hoje vivo tentando te dizer
o que eu sinto por você.
Mas com palavras não consigo...
dizer o que eu sinto.
Por telefone nem te digo...
sinto arrepio.
Por isso estou escrevendo esse poema ...
para te dizer o que eu sinto.
Só quero que você saiba...
que meu amor por você e indescritível...

Oblivio


Viva, corra, invente, deseje
Seja, minta, sofra, acredite
Ame, insista, aprecie, tente
Use e seja usado
Se quer tem que sair daqui de dentro do buraco
Eles não vêm aqui
Os sentimentos mais puros, algo intocável para chamar de amor
Algo escroto, sujo e podre
E eles querem que eu acredite
E eles querem que eu acredite
E eles querem que eu...
Corra, viva, aproveite o momento
mate, transforme, agora, existo
cresça, use, ame e odeie, prove e seja morto
Eu prefiro ficar dentro do buraco, por que no buraco
ao menos eu me sinto assim

Vermes de uma Carcaça

Veja minha desgraça
Somos da mesma raça
Estou me alimentando
De vermes de uma carcaça

Carcaça como a sua
Carcaça como a minha
Carcaça, carcaça humana
Carcaça suja e fedida

Tamanha minha desgraça
Minha saúde é escassa
Vermes vou mastigando
Enquanto a morte me abraça

Carcaça podre, horrenda
Carcaça infestada por bichos
Carcaça,carcaça humana
Carcaça é meu destino.

Os Abutres Estão Prontos 2

A pele muda de cor
Tecidos ficam enrijecidos
Sobe um horrível odor
O que era vida agora é carniça

Os órgãos cada vez mais expostos
Vermes copulam nas tripas
Ossos ocos e podres
Nos abutres aumenta a cobiça.

Os Abutres Estão Prontos

Carne, ossos e miolos, espalhados pelo chão
Fim da vida, chega a morte, logo a putrefação
Muito tempo se passou, e o cadáver lá deixado
Vermes, moscas e micróbios, corpo seco e retalhado
Os abutres estão prontos pra devorar a carcaça
Jaz um corpo na estrada, que sofreu uma desgraça.

Mariposa Nocturna

Voa a Mariposa
Negra como a noite
Bate as asas

Noite brilha,
Tempo passa
Voa, voa mariposa,
Dê o ar de sua graça

Mariposa Nocturna
A mais negra obscura
Sai voando

Morcegos! a ameaça
Neste jogo de trapaças
Voa, voa, voa Mariposa
Vai tomar uma vassourada.

Amor, que o gesto humano n'alma escreve,
Vivas faíscas me mostrou um dia,
Donde um puro cristal se derretia
Por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,
Por se certificar do que ali via,
Foi convertida em fonte, que fazia
A dor ao sofrimento doce e leve.

Jura Amor que brandura de vontade
Causa o primeiro efeito; o pensamento
Endoudece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera, num momento
De lágrimas de honesta piedade,
Lágrimas de imortal contentamento.

Eu cantarei de amor tão docemente,
Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.

Farei que amor a todos avivente,
Pintando mil segredos delicados,
Brandas iras, suspiros magoados,
Temerosa ousadia e pena ausente.

Também, Senhora, do desprezo honesto
De vossa vista branda e rigorosa,
Contentar-me-ei dizendo a menor parte.

Porém, pera cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.