Coleção pessoal de DenylsondaMatta

Encontrados 8 pensamentos na coleção de DenylsondaMatta

Meu Carnaval

Numa infinitude carnavalesca
Me perco em intermináveis inquietudes
Abarco em noites os poemas vivos
As carreiras longas dos artigos sãs
É diverso, é louco, é tudo,
São noites grandes, dos meus carnavais particulares
Nas linhas do meu bel prazer eu trago
As utopias e enlaces reais para meu afago...

Suor

Pingos sórdidos passeiam e se deleitam em corrimão
São quenturas mínimas, brotadas no seio do coração
Vem de baixo, vem de cima, em uma única mão
São linhas desalinhadas de umidade escorridas em combinação...

Fervidos, salgados, em total desobstrução
Saídas de orifícios com encontros sem razão
Que mergulha e embebeda as curvas do divã
No corpo fervido em sinuosa e mortal pulsação!

São orvalhos que levam o corpo e alma em consagração
Atreladas a passeios em corridas mãos
Nas doces danças do luar em constelação...

Assim são eles, que iluminam as candeias da paixão
Que brincam em conforme intuição
Os prazeres comuns de um organismo em conspiração!

Cabeleira da Morena

Quão protuberante tua cabeleira é morena bonita
Quão lindos são, teus cachos sãs...
Graúdos, pomposo, proezos, preponderantes...
Vivos, livres, malandros e sinuosos...
São teus cabelos morena pura, de cheiro real, vivo e mortal!

“A falsidade está sempre atrelada à inveja. É o desejo mimético, e assim querer ter, ou superar algo em relação a alguém."

“O perigo das paixões são suas traiçoeiras e implacáveis armadilhas. O Amor é compreensível, pacífico e paciente. A Paixão não!”

Amizades verdadeiras e paixões verdadeiras são joias raras que pouquíssimas vezes temos oportunidade de ter.

Lembranças torpes

Mas uma vez a noite cai...
E as obras dos meus pensamentos
Vagam sobre a biblioteca do meu ser...
Aquelas lembranças íntimas
De uma tarde ensolarada de verão
Pingos de suor nos consumiam
E do desejo queimava na paixão!
Éramos dois jovens homens
Doces, tenros, turvos, loucos
Macios, sóbrios, lúgubres, roxos
Da boca ardida a morder o outro!
Paixão doente, maluca e torpe
Era aquela onda quente
Que passeava-me todo...
Cavalgava em mar
Em terra
Em queda
Por cima das pernas
Nas celas do potro!
Ah verão louco!
De dois jovens nervosos...
Em cima, em baixo
No eixo, no todo.
Nas rédeas, no laço
E no rastro do outro!

Mau amor

Esquisito é,
Esse amor que não se pode compreender
Um dia o presente é o mar, a maré,
N’outro
A trovada ralé!
Coitado daquele que cai
Nas armadilhas dos sonhos qualquer,
Da lábia doce que é
Tuas palavras requequé!
Mas como das entranças sair?
Desse amor tão louco por ti
Envolvido na trama devir?
Quão grande poder lhe detém?
Para libertar-me das ânsias dessa mão
Que noutros corpos deleita-se em corrimão!
Usura é tua lei
Tua consagração
É ferro, é carne, é canção
Que arma maior é a sedução...