Coleção pessoal de deboradalsasso
Posso ter muitos defeitos e ter cometido muitos erros, mas não esqueça que tenho minhas qualidades e a maioria dos meus erros foram tentando acertar. A vida não vem com manual de instruções.
Algumas coisas doem, outras não… algumas coisas são impossíveis de entender, outras eu só relevo e digo que entendo. Algumas pessoas eu amo por prazer, outras porque o coração é teimoso e insiste em sofrer. Algumas coisas são inesquecíveis, outras eu só finjo que esqueci.
Diz então, o que há de errado comigo, qual o motivo do meu pranto, por que nada dá certo? Existem coisas erradas aqui dentro, tentando confundir cada vez mais o pensamento. Existe distância, sofrimento, lembranças e um monte de acessórios do coração que se multiplicam em saudade e desejo. Diria até mesmo, em meus súbitos momentos de alegria, que está tudo bem e alguns desses momentos se eternizariam na minha história. O problema de eternizar algo é que você nunca sabe quando vai querer jogá-lo fora para não doer mais. Eterno. Aqui, ali, acolá. Odeio essa palavra. Aliás, odeio ouvir aquele timbre de voz me dizendo seriamente “eternamente”. Ecoa na mente, sabe ? Até rima. Mas e tudo isso se transforma em sofrimento eterno, e não “nós dois” eterno. E adivinha ? Sofrimento para mim, é claro. Sabe o que eu odeio mais ainda ? É que o motivo do erro, o motivo do pranto e o motivo de nada dar certo é sempre o mesmo, é sempre aquele alguém. Me vem aquela gigantesca vontade de mudar isso. Nem que seja para tudo dar errado em função de outro alguém. Nem que seja para o eterno vir a ser além, muito além de aqui ou acolá.
Demorei tempo demais para conseguir escrever sobre isso. Harry Potter. Não só ele, mas também Hermione Granger, Rony Wesley, Gina Wesley, Os gêmeos, Hagrid, Snape, Minerva, Dumbledore e, é claro, Lord Voldemort. São tantos nomes que compõe essa história, muito mais que esses, cada um com seu valor, cada qual representando mais de uma década de história. Eu, você, NÓS somos a geração Harry Potter, e eu me orgulho muito disso. Fomos nós quem chorou e riu, quem leu todos os livros e tem, dentro de si uma parte do que representa a nossa vida. Há tantas coisas que eu gostaria de expressar, a minha vontade instantânea de chorar quando eu penso que é o "fim". Eu vejo as notícias na televisão e me dá um nó na garganta. Infelizmente, eu nao poderei assistir ao ultimo filme na estréia do mesmo. É claro, eu sei o que acontecerá no final. Mas enxergar isso, diante de uma tela de cinema, e escutar o "hino" de HP pela ultima vez, me causará uma dor aguda, que eu já tive um pequeno vislumbre quando vi Dobby morrer. Não quero que acabe. Não quero ter que chegar em novembro ou julho e não ter nenhuma estréia de Harry Potter para acontecer. É repugnante! É tão clichê dizer: não é o fim, nunca será o fim, a menos que eu mate essa história dentro de mim. Mas eu acho que é isso que reconforta. É essa ideia de que a saga criou uma amizade em forma de teia, e no momento em que um de nós esquecer o quanto foi importante em nossas vidas, o resto irá se romper. Lembro quando li pela primeira vez "A cicatriz não incomodara Harry nos últimos dezenove anos. Tudo estava bem." Foi o terrível momento em que eu desabei em lágrimas e pensei "haverá o filme, e eu mal posso esperar para assisti-lo". Mas agora que o filme chegou e realmente terminou a história, eu imagino o que vou pensar quando a ultima cena acabar e as luzes do cinema acenderem. Não há o que pensar. Porém, deixo com Harry e todos os seus amigos o amor sincero que iniciou na minha infância e persistirá por toda a minha vida. Lerei os livros mais uma vez, assistirei aos filmes mais algumas milhares de vezes até me conformar. Foi, com certeza A MELHOR HISTÓRIA QUE O MUNDO JÁ VIU. Pottermaníaco ou não, o mundo inteiro conhece a história do bruxinho com uma cicatriz em forma de raio na testa. Assim, com minhas sinceras palavras termino isso dizendo uma única coisa: nunca haverá um adeus para Harry Potter.
Chega um ponto da vida em que você deixa sua mãe de lado…
o que seus “amigos” dizem é o certo e tudo o que ela lhe adverte é errado e todas as suas falas não têm sentido. Você passa a achar que deve seguir conselhos dos “amigos” e não da sua mãe. Porque seus “amigos” são descolados, devem estar totalmente corretos (pois afinal, são os seus “amigos”) e a sua mãe é careta, não sabe de nada e não pode se meter na sua vida. Aí você deixa seus “amigos” influenciarem, mudarem seu comportamento aos poucos e a sua mãe e o resto da família vão ficando em segundo plano, como se não importasse quase nada. Sair ? Ah, com os “amigos” você está sempre disposta, feliz, alegre. Com a sua mãe ? É chato, careta, sem graça e você se pergunta “o que eu estou fazendo aqui ?”. Então o tempo passa, os seus “amigos” são substituídos por outros, os seus “amigos” te decepcionam, os seus “amigos” não acreditam em você, os seus “amigos” se transformam em nada. Você esquece os momentos bons que teve com seus “amigos”, você deixa seus “amigos” no passado, você finge que não os conheceu. E a sua mãe te colocou no mundo, está com você desde o início da vida e permanecerá até o fim. A sua mãe é a única pessoa no mundo que vai deixar a felicidade dela completamente de lado para deixar você ser feliz. A sua mãe é a unica pessoa que vai chorar e passar noites em claro enquanto você não volta para casa, porque está se divertindo com seus “amigos”. A sua mãe, vai passar o resto da vida dela em função da sua, vai te abraçar quando nada mais fizer sentido e dizer “eu estou aqui”. E isso será o maior presente que alguém poderia te dar. A sua mãe vai sorrir quando você conquistar algo e não sentir inveja como muito dos seus “amigos” fariam. A sua mãe estará com você em cada lágrima que você derramar e cada ciclo da vida que se fechar. Ela rezará por você todas as noites e pedirá proteção a Deus para que você tenha uma vida plena e feliz. E embora a sua mãe seja careta, te repreenda, seus conselho pareçam inúteis, pode ter certeza: ela é a unica que vai estar certa e nunca irá te abandonar ou te decepcionar. Ela te amará para sempre e esse é o UNICO amor incondicional.
E quantas vezes você falou e ninguém acreditou, expôs seus sentimentos e ninguém valorizou, disse “estou com você” e teve como resposta a indiferença ?
Amizades de anos, de abraços e risadas. Amigos que nunca me julgaram e embora alguns estejam muito longe, conseguem ser mais presentes do que muitos que estiveram perto. Amigos das festas, dos cinemas, dos parques, do passado no colégio, dos brigadeiros em casa, das lágrimas por motivos alheios, das conversas sérias e tequilas além da conta. Amigos dos segredos, das verdades, da cumplicidade. Amigos que conquistaram meu amor, amigos insubstituíveis.
Esses pensamentos que eu tento ignorar, essas lembranças que insistem em machucar, essas recaídas que chegam em momentos inoportunos e só conseguem me fazer pensar: eu não sou mais nada para você.
Estranho, mas meu coração ainda acelera quando algo relacionado a ele aparece. Acelera de medo, frustração, desprezo, saudade. Eu me pergunto o que eu me tornei depois de tanto tempo, por causa de uma pessoa só. Me pergunto como seria tudo tão diferente se ele nunca tivesse entrado na minha vida. É um paradoxo. Embora muitas vezes eu tenha me controlado para não desistir de mim mesma, às vezes eu sinto que eu vou vacilar, vou ver escorregando entre minhas mãos toda a felicidade que a vida me preparou só de pensar nele por um segundo. E como dói. E como lateja. Vivo buscando uma nova inspiração, um novo jeito de criar situações que marquem tanto quanto as “nossas” marcaram. E isso é tão difícil. Devo confessar que tenho sido um fracasso total em tentar ser eu mesma. Cada vez mais eu penso nele, cada vez mais eu me dôo às pessoas, cada vez mais eu decepciono. Mas eu sempre digo: um sorriso no rosto e tudo fica bem. Porém, contudo, entretanto, percebo cada vez mais que enganar aos outros é fácil demais. Complicado mesmo tá em enganar a mim e dizer a minha alma que está tudo em paz. E vou tentando, errando, buscando e todos os verbos no gerúndio que possam significar progresso ou fracasso na minha tentativa. Eu sinto falta também, daqueles momentos monstruosamente férteis e inesquecíveis. Ah sim, como eu sinto falta. Um absurdo essa saudade de algo que não existe mais. Um absurdo de saudade. E como dói. Dói tanto que logo depois não dói mais. Meu coração está tão acostumado a doer, que ele já sabe como encontrar um remédio para a dor passar. Passa, mas passa passageiramente. Ligeiramente bruta e logo depois reaparece, e realmente a dor se torna física. Meu estômago dói. Aquelas pontadas que parecem agulhadas e eu sussurro ao meu corpo e coração: um sorriso no rosto e tudo fica bem.
De tudo o que vi, custo a sonhar no que acreditei. De tudo o que escutei, lembrar do que esqueci, meramente como uma promessa.
Não sei, não vieram me dizer nada, não abriram as cortinas de manhã, não me olharam com reprovação. Solva, livre. E agora, presa em mim, presa nos sonhos, presa no vento. Viva, embora a luz dentro de mim esteja apagada. Leve, sendo machucada até pela brisa. Machuco também, faço derramarem lágrimas de decepção, faço a dúvida persistir nos sonhos, faço os sorrisos aparecerem quando os olhos me tocam. Reparo. Paro. E olhar para trás era um tanto quanto reconfortante. Já não é mais. Para frente então ? Assustador. Meus sonhos se esvaíram nas palavras alheias, nas decepções que nunca me pertenceram. Vieram me falar que eu não era capaz. Eu sabia que era. Me olharam com reprovação quando eu tentei. E agora eu estou presa, presa, presa. Solta de novo.
Vou reviver, retornar ao que eu era, retomar o que eu sentia, ser quem eu sempre fui. É o recomeço de tudo, o start de uma nova história, o começo do que já acabou.
Preciso de algo meio parecido com paz e carinho. Não sei ao certo, não sei se existe. Mas sei que existe uma pessoa capaz de me proporcionar isto e não posso fazer nada para ter.