Coleção pessoal de deberg
Ninguém morre de amor
a vida não tira seus méritos
Ninguém foge sem valor
sem falsos apelos inquietos
Amor é vida e partilha
não é sim, sim é não
Se a troca não é concebida
amor de mentira, é paixão
Quando tudo é menor que a dor
nem assim se pode morrer de amor
O homem sem amor é uma casca sem graça
Que despedaça a cada golpe de ausência
O homem sem o amor ronda cada praça
E perde a noção do tempo tocando o vazio
O que um dia já foi cura, consome-lhe a carne
A cada excesso de fúria, a esperança que vai tarde
Tudo acaba desconhecido, difícil ver algum sentido
E se a felicidade não lhe pertence mais
Não cativa nada, não tem valor o que ficou pra trás
O homem sem graça é uma casca sem amor
Que sangra ao ver que hoje é só mais um
Amor liberto, banhado pela ingratidão
Que faz do homem um ser comum