Coleção pessoal de davi_de_jesus

Encontrados 10 pensamentos na coleção de davi_de_jesus

Saudações mundo
As vozes das árvores ecoam roucamente em meus ouvidos
E ao acaso a noite me conquista
E meus olhos negros cegam com tanta nitidez

Viver com histeria não é mais tão frugal
Um nom de plume em nome de cada história
Para que não se percam em um tempo qualquer
Medieval é o amor, e o tempo se desfaz com ele

Benquisto era o romantismo
Hoje é apenas abominação dos bruxos
Saudades do azul da manhã
Lembranças de um viver qualquer

Saudações mundo
Como se faz hoje em guerra
Antes se fazia em paz
E pela mitologia de atena
Vibra ainda a voz rouca das árvores

Como uma singela canção
Que vibra no firmamento do segundo céu
Era tudo extremamente rudimentar
Hoje as árvores falham a voz
Pois não tem mais o que cantarolar

Vozes cintilam na beira da estrada
E eu corro vigorosamente em busca do amanhã
E o amanhã nos meus sonhos é sempre e será eternamente
Como nos dias passados

Como o rei é coroado
Eu coroo a noite como rainha do amor
Entre plebeus e marajás há tanta infinidade
pouco se sabe quando não há o que saber
toda sabedoria é plena quando há pelo que plenar

Planeje o futuro para não prender-se ao passado
Escolha entre ambos para não pender-se em um penhasco
Suba de galho em galho e alcançará o fim e um belo horizonte
Dono de mistérios e mistérios, teu e todo o império

Era assim os dias de antes e será assim os de amanhã
Hoje o mundo se perde
e vaga pobre num vazio infinito.

A melancolia é o sentimento mais misterioso
Acreditem, também o mais irracional
Todos gostam de se sentirem melancólicos
O sofrimento agrada ao nosso ego animal

Não há oportunidade para a humanidade
Todos vivem numa redoma de sonhos
A imaginação é seu maior alimento e fruto de possibilidades
Mas a imaginação nos impede de realizar os sonhos que nunca sequer
Passaram pela nossa cabeça

A melancolia é sórdida e nos destrói sem que saibemos
Não temos noção
A melancolia é como a bela sereia que canta e encanta
Mas mata quem atrai com sua doce voz

A melancolia é bela e atrativa
Que não gosta de ser coitado de chorar por amor?
Supere e esqueça a melancolia é o que digo

Mas os ignorantes histéricos persistem nela
Se acabam nos seus próprios sonhos
Perdem a vontade pela vida e pela realidade
E tudo fica tão frio e pobre

Perto dos nossos sonhos
Sonhar imaginar e melancolizar
Tudo isso consome nosso ar
Destrói nossos caminhos para que não andemos
Mas sim, rastejemos

Traiçoeira como a névoa do deserto
Essa é a melancolia
Nela não há alegria tampouco euforia dos pássaros vibrantes
Nela só há dor e sofrimento, solidão e escuridão
Nela somos coitados e inocentes
Sem acolhimento
É isso que os atrai
A escuridão do sofrimento

Sede de viver sede de pensar
O passado nos faz acordar
E regressar para as velhas montanhas
E para os corcovado das emoções

Afinal somos curvos como chuva das monções
Somos delimitados como sede que não se mata
Como um vôo sem pouso
Somos um destino sem fim e um fim sem começo

E é isso que nós amedronta
Nem sempre sabemos o que somos
Mas descobrir pode tirar o sentido
Da vida, dos contos de fada

Somo júrias de paz
Razão do raio que causa chamas
E da dor que aquece nossos nervos

Mas ainda não sabemos o calor da nossa essência
O sabor de tal efervescência
Que arrepia e mata cada fio de cabelo
Afinal o que somos?

Senão passos que morrem cada vez mais
A cada dia
Somos a doença que nos torna fracos
Mas somos a cura que nos faz renascer
Somos a sombra de toda ignorância
Mas somos o fruto do pensar e crescer.

Somos as histórias perdidas
Somos sonhos realizados
E nem toda a esperança dos poetas
Pode hibernar nossos instintos

A humanidade que se perde
Encontra o novo cada vez mais longe
Vai e faz o grito da fúria
Rogue e torture todos os teus medos

Mas são os medos que nos fazem ir em frente
São os medos que criam as coragens
E os covardes não sentem medo
Ou o sentem demais.

Cale-se, enriqueça-te dos seios dos rios
Atravesse os mares com teus dedos
Sussurre no ouvido da flor
Faça júrias de fé
Ou injúrias de amor
Mas não esqueça de quem é.

O mundo é só um paradoxo de mentes
Cada qual com seu pensamento com seu sentimento
Eu sinto, tu sentes
Uns com um ódio fétido capaz de invocar os próprios demônios
E outros com tamanho amor capaz de invocar o mais belo dos anjos
e tudo tão cinza se torna obscuro
E é isso que nós atormenta: o medo do futuro

Esqueçam vamos lembrar que há o belo
Que há os motivos para caminhar
Sem deixar que os pés afundem no chão
Embora as vezes tenhamos vontade de nos derramar
Existe muito mais pelo que devemos amar
E pela primeira vez tragar uma só rota

Por um só destino
Por um só caminho
por um só mar, por uma terra qualquer

O que importa é não desistir, como os passarinhos
Os pássaros que cantam não desafinam a voz
E assim como nós nossos passos não desafinam
Eles entornam até encontrarem seu fim

Veredito e retumbante pode ser a voz do silêncio
Mas se aguentar nunca mais torna a ouvi-lo
E em obsoleta fé é que o mundo se encontra
Num abismo muito distante
Mas no fim de cada abismo há os campos e as flores
E em todo instante
É preciso lembrar com euforia

Que não há noite tão longa que não encontre dia.

Toda sabedoria é frugal
O saber é amar é reciprocidade
É o alimento que nutre nossa alma
E a deixa menos invisível e mais aparente
Como qualquer pássaro que aprende a voar

E o conhecimento sem sabedoria
E como um cego com uma lente
Não sabe, não teme, não é
Não tem utilidade, não existe

Todo trovão é apenas reflexo de uma existência
Todo agir é repleto de pensar
E todo pensar é repleto do agir
Tragar todo o mar sem navegar
Nada mais é do que imaginação

Só os sábios diferenciam o sonhar do viver
O crer do descrer
O irmão do amigo
O São do louco
O enganoso do verdadeiro

E de falsa simplicidade constrói as virtudes falaciosas
E de tão ditosas, ditam tal viver
Mudam toda maneira de crer
Mas só os sábios sabem

Estamos tão alheio a tudo
Como um meteoro caindo no fim do mundo
Como um laço que prende toda consciência
Só o sábio consegue resistir
A tentação de desistir

Fecha-te
Pare de andar sem tornar-te sábio
E para o bem o mundo calo
Todo conhecimento é falho
Se não tem quem saiba usa-lo

Lembranças
Como a chuva corre pelo mundo
E a gota percorre uma folha qualquer
Como esperança circunda
Essa é a lembrança, Fé

Como a suave pele de seu amor
Ou uma música que faz queimar nossos olhos
Como a flor que emite um aroma que faz-nos lembrar
Como a fé que nos faz acreditar
Assim é cravada a esperança

Seja dia seja noite
Seja um anjo ou um demônio
Não te reprime com teus sonhos
A dor que torna aguda os pensamentos
Assim é sofrer por esperança

Guincha todos os Pégasos no céu
E as nuvens se dissolvem como nossos pesadelos
É assim o raio que cruza o horizonte
É assim que brota da juventude sua fonte
E lá detrás dos montes
Há alguma lembrança

Como na união de todas as cores
Como na união de todas as coisas
Como na união de um sorriso seu com o meu
Assim une-se todas as lembranças

Nosso ser tecido com lembranças
Passa a ser um remendo qualquer do passado
Somos metamorfoses, somos lembranças
Somos metáforas, somos esperança

Saber não é conhecer
Mas lembrar é viver novamente
E assim qualquer discrente
Passa a crer em todas as quimeras
E todas as utopias se tornam reais

E tudo se remenda
Tudo se remembra
E tudo se torna possível
Quando se lembra

Sente só isso
Lembre de tua velhice de tua infância
Esse sentimento bom qual é o nome?
Lembrança.

Pensamentos
As vezes nos confrontamos com eles
As vezes discutimos
As vezes nos embebedamos do pensar

Sem agir, sem refletir só pensar
São os pensamentos que nos rodeiam tão constantes
Destilam nossos pés do chão e nos levam ao ar
E em cada instante tão distante
Nos faz amar, odiar
E novamente pensar

As vezes os pensamentos invadem nossas lágrimas
As vezes controlam nossos sentimentos e emoções
As vezes nos fazem sorrir
As vezes nos fazem sentir

Os pensamentos tem dessas
E sempre há teorias e controvérsias
Nossos amores são os únicos que penetram a camada metálica
Dos pensamentos

E As vezes revoltosos eles são
As vezes dão o último adeus
As vezes lotam-se de esperança

E de tão lento
Eles saem de nossas mentes frágeis
Nos fazem sentir medo
Nos fazem voar com o vento

E as vezes
São só pensamentos.

E de poética alma os fazem
Pensamentos são tecidos com as flores
Alguns ficam gravados sem misericórdia na nossa consciência
Repleto dos reflexos do passado

E assim tiranos são sobre nós
Tem toda potência e voz
São eles que agem e nos acaloram
Como todos os sóis

Roguemos por esperança
Que há aqui dentro
Mas sempre sabemos
Que no fundo são apenas pensamentos.

O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

Sempre me dizem que o simples é mais bonito
Que cada fibra torna o simples único e belo
Que uma linha é mil vezes mais bonito que um castelo
E que os olhos de uma moça bonita é tão admirável quanto as estrelas
É na simplicidade que se encontra o amor
É na missiva frugal que se encontra as palavras incendiadas de uma paixão
É na simples coragem que se enfrenta um leão
É uma personalidade simples que é profunda
São as palavras simples que conquistam alguém
Pois é, é melhor ser uma pessoa pequenina nesse planeta que circunda
Do que ser todo o universo
O universo pode ser infinito
mas nunca irá compor um infinito verso.

É sempre tão difícil lembrar que estamos sozinhos
Que pensamos sozinhos
Que nossas entidades são únicas e isso nos faz sozinhos
Que o mundo gira no meio do nada e isso nos faz sozinhos
Não estar só é o único elo perdido dá humanidade
Que nunca irá ser encontrado
Mas, vai, ande com passos fechados
Pensamento feliz, um sorriso no rosto
Um dia todos acordam e se lembram com desgosto
Que estamos sozinhos
Podem contemplar o mundo vasto
Nossos pés tão pequenos comparados com os astros
E mesmo assim em tal devaneio
Cada ser deixa seu rastro.