Coleção pessoal de DanielGRibeiro
Mas o que o SABER tem a ver com o SABOR?
O movimento “ensinar-aprender” que contempla os momentos de busca, de conhecimento, de entendimento, ou seja, de tudo o que está à nossa volta, na escola, deve estar ligado aos momentos de DEGUSTAÇÃO DO SABER.
Por isso, todas as escolas deveriam ensinar o aluno a DEGUSTAR AS DISCIPLINAS, tornando-as assim, algo SABOROSO.
O SABER com SABOR desperta o bem mais precioso de um aluno: O DESEJO PELO CONHECIMENTO!
A comunicação acontece no momento em que o nosso maior propósito passa a ser a compreensão do outro. (Daniel G. Ribeiro)
"Fora do nosso limite é onde todo mal acontece. Mas do que saber até onde podemos suportar, é não nos colocarmos diante de tais situações. Se não sei, ao menos, lidar com o mal que há em mim, como saberei lidar, justamente, com o limite do outro?"
Se ensino uma criança ou um adolescente, é parte do meu “ser educador” saber se aquela criança ou aquele adolescente se alimentou pela manhã, se teve uma boa noite de sono etc. Faz parte do “ser educador”, do meu ser ético, medir esse aluno com a mesma medida que lhe foi oferecida a vida.
Jesus vive nas comunidades, conhece o drama pessoal de cada indivíduo; percorre os povoados, e vê, de perto, a dificuldade do povo. Para educarmos é preciso, também, termos compaixão, ou seja, segundo a etimologia da palavra, participarmos da dor dos nossos alunos.
O diálogo é a base da relação humana, logo, para que essa relação se estabeleça em sua magnitude e culminância se faz necessário que ambas as partes estejam esperançosas quanto à relação, ou seja, às propostas que estão sendo estabelecidas naquele instante; para que haja esperança é preciso que haja fé, contudo, só acreditamos em algo que nos é confiável. Desta forma, se não há confiança, não há diálogo.
Hoje se fala muito da construção de uma nova moral. O grande problema social não está na formação desta, mas sim que esta nova moral esteja fora dos limites estabelecidos pelos valores éticos.
Nossa gênese nos propiciou a liberdade. Logo, a maravilha da educação está em tornar essa pré-disposição humana realidade. Se educar é desenvolver as potencialidades, cabe a educação cumprir esse papel desenvolvendo no individuo sua maior condição, aquela que o difere dos outros animais; educar para exercer o pleno direito (e dever) de optar, de decidir, de lutar, de fazer política. Tudo isso nos remete à necessidade de uma prática formadora sublime, de natureza notável, por isso, ética. Uma educação pela verdade, radical e esperançosa.
A verdade que nos liberta, por nos tornar espíritos livres, é a saída da ingenuidade para o conhecimento epistemológico. O espírito livre é aquele que adquiriu autonomia, logo, pensa de modo diverso, transcende seu tempo, rompe; não é mais definido pela sua cultura, religião ou política, mais sim pela sua plena capacidade de discernir, optar e tomar posição; através da liberdade.