Coleção pessoal de DanielAvancini
Considerando o mutável, cada ser em uso de suas transformações realiza suas subjetivas potencialidades, essas, advindas de sua essência, por conseguinte uma não aceitação do estático; mas não de forma contraditória ao que antecede, apenas uma de suas faces.
Não guardarei pétalas de rosas
Nem mesmo lembrarei de sua fragrância
De ti, somente espinhos restaram
Banho de aroeira
Queima de pólvora
Suma
Quem diria
Meu sonho era dormir e acordar ao seu lado
Viajar na imensidão de seu primeiro olhar
Assim foi, cometas e estrelas
Até que um dia tudo mudou
Amanheceu
Revelando todos os segredos que um dia existiram
Mantenho os pés no chão
Para que eu sonhe acordado
Enquanto eu viver
Deixe que meu vento te assopre
E carregue toda poeira
Que lhe traga boas energias
Que o vento frio se afaste
E o sol possa voltar a brilhar
Feche os seus olhos
Sinta o cheiro de tudo que lhe cerca
Permita-se viver
Eu estava a seus pés
Você se confundiu
Achou que eu estava debaixo deles
Quando o que eu queria era caminhar a seu lado
No corpo
Crio asas pesadas
Voam precipício abaixo
A cada segundo
A distância diminui
Até que não há onde descer
Deito-me e descanso
As vezes, assim penso, vivo
Um monólogo diário
Atravessando as vielas
Sem atalhos
Em frente ao mar
Dedico-lhes meus devaneios
Discorro sobre tudo
Sem, ao menos, um pingo de receio
O mar atento
Se comunica através de suas ondas
Mergulhante, deslizante e ascendente
Cabe a interpretação daqueles que mantém os olhos bem abertos
Hoje mais um lado do globo
Foi iluminado pelo sol
O sentimento dos primeiros feixes de luz
Esquentando calmamente
As belas cataratas que haviam congelado
Com o tempo, acostuma-se com todos os padrões
Sejam quais forem
E assim, espero mais um lado do globo
Ser irradiado
Hoje lembrei das águas que escorriam
Acompanhadas de belas palavras
Dos sentimentos manuscritos
Das músicas dedicadas aos nossos momentos
Hoje lembro de cada detalhe
Memórias não se apagam
E a imaginação não tem limites
Estas palavras são de alguém que diz adeus
Alguém que não suportou a pressão do mundo real
Alguém que de tanto chorar, secou-se
Este alguém, desta vez, terá coragem e ousadia
Ao menos desta vez
Este será livre
Me senti abraçado
Algo me invadiu e fez morada por alguns minutos
Não é possível que eu tenha me sentido em alguém
De seu peito saiu paz como nunca antes
O acolhimento que só aqueles braços são capazes de proporcionar
Em seu fim, sinto o arder no peito
E a falta sempre fará presente
Olho e rezo as estrelas
Para que um dia
Viva aquele momento novamente
O sol nasce,
e com ele, a esperança.
O sol se pôe,
a lua toma seu espaço,
rouba sua luminosidade
e inicia-se a aflição.
Desde sempre.
Quem nunca olhou-se no espelho
Não saberá sua aparência
Quem não reconhece se perder
Nunca será achado
Não!
Não que eu tenha medo
Estou me perdendo em becos
Na imensidão do pequeno lugar
Mas eu tentei me encontrar nos meus erros
Tentei lutar contra os meus medos
Não é tão fácil assim pra mim
Não é!
Esse é o meu limite, grite e corra
Se não for suficiente
A vida é cheia dessas coisas
As quais, ninguém entende