Coleção pessoal de CValentim
Ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos de egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra.
Aqui nessa pedra, alguém sentou para olhar o mar. O mar não parou para ser olhado. Foi mar pra tudo que é lado.
Nada é impossível de mudar
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.
Todo mundo chama de violento a um rio turbulento, mas ninguém se lembra de chamar de violentas as margens que o aprisionam.
INTERTEXTO
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Sorriso: é o cartão de visita das pessoas saudáveis. Distribui-o gentilmente.
Diálogo: é a ponte que liga as duas margens, do eu ao tu. Transmite-o bastante.
Amor: é a melhor música na partitura da vida. Sem ele serás um eterno desafinado.
Bondade: é a flor mais atraente de um jardim de um coração bem cultivado. Planta essas flores.
Alegria: é o perfume gratificante, fruto do dever cumprido. Esbanja-o, o mundo precisa dele.
Paz na consciência: é o melhor travesseiro para o sono da tranquilidade. Vive em paz contigo mesmo.
Fé: É a bússola certa para os navios errantes, incertos, procurando as praias da eternidade. Utiliza-a sempre.
Esperança: É o bom vento, enfunando as velas do nosso barco. Chama-o para dentro do teu quotidiano.
Cada adversidade, cada fracasso, cada dor de cabeça carrega consigo a semente de um benefício igual ou maior.