Coleção pessoal de CristianeMartins1974
POESIA DE ANIVERSARIO - CRISTIANE MARTINS
Falta um dia,
Pra celebrar,
Um ano a mais de vida,
Neste planeta Terra,
Existência das manhãs,
E experiência dos anos,
de muito em tempos adquirida.
Dia de PRIMAVERA,
que colore com energia,
que enfeita o caminho de todos,
Com paz e alegria.
Neste dia bem-vindo,
Desejo a todos os meus irmãos,
Os mais próximos,
Os mais distantes,
Luz e amor no coração.
Que tenham força e coragem,
Pra vencer toda barragem,
de tristezas e derrotas,
que se faça em cada lagrima,
Novo grito de vitoria.
Fruto de um bom aprendizado,
Eu colho na terra da vida,
O que aprendi na dor e no amor,
É que se vive o dia a após dia,
Como se fosse um bom "CARPIE DIEM"
A vida é um grande mestre,
E tudo na Terra também o é,
As flores,
Os frutos,
Os pássaros,
O mar,
O sertão,
O céu
Com toda sua amplidão,
Nos traz com toda a sua essência,
A essência das essências,
Da vida do coração da vida,
Da vida do coração.
POEMA PARA ALGUÉM QUE TAMBEM SOU EU.
(Cris Martins)
E neste corpo de desistência, de dor e de carência,
Alguém te matou!.
Mata uma, e põe outra no lugar,
Mata a outra e põe outra no lugar.
A mulheres todas não são senão as mesmas!
..
..E então se cria outro corpo - o do desejo,
Ele cria este mundo enganchado, suspenso e preso.
Os homens todos não são senão os mesmos!
..
E nesta roda interminável, impossível e insustentável,
Mundos que surgem se vão,
Pessoas que partem nunca chegarão!
...
(Surgiu o poema num momento de comer uvas sem sementes e no espaço livre da mente).
Certa vez se encontrou um homem numa rua deserta.
Ele se sentia só e machucado.
Estava cego de um olho e passava muita fome.
Aquele homem aparentava ter uns 70 anos, mas sua idade real era 41.
Ele caminhava pelas ruas sem parar.
Já havia perdido a noção do dia e da noite.
Já esquecera o cheiro da flor, a comida da mãe, o conselho do pai e o abraço do irmão.
Estava triste.
Durante anos ele procurava por alguém que o ouvisse e desse atenção.
Deixara um amor, um bem querer perdido na estrada.
Desejava morrer, como se a morte fosse vida.
Desistira da vida porque a vida já era morte.
Certo dia, como num sonho, alguém estendera a mão.
E esse alguém o pegou pela mão e o conduziu pra dentro de um carro.
Do carro, entrou num foguete, e viajara para o espaço sideral.
Pousara em um outro planeta, bem parecido com a Terra.
Porem muito mais abundante em flores, frutos e animais.
A moça que o colocara no foguete o pegara pela mão.
Se aproximaram de um rio azul.
Ela pegou um pouco de agua e tocara em seus olhos.
Pronto! Não estava mais cego!
A alegria havia dominado aquele homem.
Naquele rio ele tomara um banho e se vestiu com roupas limpas!.
Depois do banho a moça sorridente e acolhedora o conduzira a uma roda e o colocara no centro dela.
Lá Homens, mulheres e crianças sorrindo haviam dito:
- Fale!
- Fale tudo o que quiser!.
O homem passou 10 dias e 10 noites falando sem parar.
Depois chorou como uma criança e emudeceu.
Aqueles seres se aproximaram do homem e o abraçaram.
Ê mundo velho esse o nosso.
Ê mundo velho esse o nosso
Que mal o amor nasce, ele morre,
Que ainda se pensa só em si,
Que o pior golpe continua sendo o silêncio cínico.
Que todos pedem por paz, justiça e liberdade.
Mas sequer olham pro próprio coração,
ou, o coração do outro!
...
Eita velho mundo este, o nosso,
Onde se é esquecido pelo amigo,
num estalar de dedos,
Onde se oferece a casa um dia pra o amor entrar,
Ele ele só envia um email bem fajuto dizendo:
"Estamos juntos??!!"
....
Ei ei ei, como é esse mundo velho o nosso!?
Em que cansados dos velhos sapatos desbotados?
continuamos seguindo?
sem mais?
nem porque?
onde poderíamos escolher?..
- Seguir para encontrar a quem!
"Eu apenas acho que o todo artista carrega em si algum tipo de santidade.
Por algum motivo -seja pelo objeto refletido em sua obra-, no momento da composição, ele se desprende de si e num ato de profunda elevação ele se doa.
Ele, doando o espaço de seu eu-total no momento do nascimento da obra, já não existe mais.
O santo-artista se retirou de seu auto-centramento para beneficiar os outros seres com sua arte, pura liberação."
O ator trancendental.
(pequenos escritos para um livro)