Coleção pessoal de CrashOver

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Alma Viajeira

E perguntei-me ao fim da longa viagem:
- E agora aonde irei ter se, novamente, tiver de prosseguir noutros caminhos
a viagem sem fim na qual perdendo
me vou para salvar-me desde o início?

Que hei-de fazer de mim sem mais andança, eu, que caminho; sou, mais que pousada?
Eu que sou, no que sou, um ser em viagem e que às vezes me sinto o mais das vezes não um ser a mover-se em espaço e tempo, senão que a passagem mesma do ser móvel?

Assim aonde irei ter se esta viagem acaba para mim, que não termino e que vou, pela minha alma, sempre adiante?

Sei que sempre haverá novos caminhos, alma assim viajeira, assim inquieta que sempre além se põe de onde há chegado.

Mas aonde irei ter, já finda a viagem, quando me for à aventura dos caminhos?
E a minha própria alma viajeira
– feita de inquietação e movimento –
a minha alma, que os pés de vagabundo não deixam se detenha nas pousadas onde o senso de estar se recupera,
é ela própria, a minha alma, que me fala, no profundo silêncio, a mim, que a escuto.

Aonde irás ter, perguntas, se de novo tiveres de seguir outros caminhos
no fim desses caminhos já seguidos?
Pois bem sabes que aquele que viaja
não no espaço de fora e no extensivo tempo de humana seiva carecentes
senão no Espaço e Tempo, substâncias
e ritmo do Amor que a Vida move,
esse viaja sempre, embora às vezes pareça repousar, como o pareces agora que, no entanto, mais sem termo,
mais estranha e esquisita e pura viagem
é a que estás a fazer pelas infindas, silenciosas águas das paixões obscuras
de que se faz a vida e a vida criam,
que parar não te deixam um só instante, aspirações que são de eternas formas ideais e divinas que te arrastam
como exemplares causas de teus sonhos para além do que és, ao infinito
do teu querer, que é o teu destino de homem.

Aonde irás ter, se o fores?
Que adianta perguntares agora, alma viajeira?
Não saberias nunca. A estrada chama,
a alma chama, os pés chamam, a vida chama.

Andar, sair, caminhar sempre – é isto
o que tens a fazer, eterno peregrino,
e o que sempre em agonia vens fazendo na insatisfeita busca de ti mesmo.

Vai, pois, sem nem saber aonde caminhas. Ainda sem roteiros indagares.
Que o mistério da vida, que a beleza
da vida só se dá, gratuita e plena,
a quem, andando sempre, ama a Viajem porque a Viagem é a estrada
e a Estrada é a Vida.

Homem livre, tu sempre amarás o mar!
O mar é teu espelho,
tu contemplas tua alma...

Vem, te faço um carinho, eu te toco mansinho, te conto um segredo, te encho de beijo.

A verdade provoca insônia, a lucidez te acorda no meio da noite e te torna ciente de que não estás no lugar certo, tua alma percebe o exílio, sabe que passa por abraços bem intencionados, mas que nenhum é o verdadeiro. Tua alma é exilada enquanto não estiver nos braços do seu destino, aqueles que chamas de "alma gêmea" sem entender o que afirmas, imaginando que seja, talvez, aquela pessoa que te compreenderá telepaticamente. Talvez sim, talvez não, nem todas as almas conseguem essa recompensa inimitável entre o céu e a terra, a de um abraço feito ser humano. Abraço do destino pode ser o lugar em que se irradie através de ti a melhor influência possível, trabalhando, dizendo "bom dia" aos anônimos cotidianos. Somente tu sabes qual é teu lugar, porque consegues reconhecer que não estás aí.

A água inteira do mar não pode afundar um navio, a menos que ela invada seu interior. Da mesma forma, a negatividade do mundo não pode te derrubar... A menos que você permita que ela permaneça dentro de você.

A paciência é a virtude mais difícil de se conservar, é amarga, porém seu fruto é doce.

O RIO E O OCEANO

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes das montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência. Você
pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.
Então, não se preocupe. As coisas estão acontecendo perfeitamente bem para você.

Eu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude. Eu sei da luta que tens travado à procura de Paz. Sei também das tuas dificuldades para alcançá-la. Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos. Eu agora te compreendo... Eu te compreendo, mas não te apoio! Tu és o único responsável por todos estes sentimentos. A vida te foi dada de graça e existem em ti remédios para todos os teus males. Se, no entanto, preferes a autocomiseração ao invés de mobilizares as tuas energias interiores, então nada posso te oferecer.

Faze as pazes com tua consciência, te liberta da culpa de não teres vontade para iniciar a semana útil, o céu te autoriza a te despreocupares e deixares de lado os compromissos tão importantes que pareceria que sem esses perderias teu lugar na civilização. Tua vida não se resume a produzir, tua vida requer nutrientes que só com a mente sossegada e o coração aprazível poderias receber, e nem sempre os finais de semana ou feriados são períodos propícios a isso; às vezes, como agora, em plena segunda-feira encontras o terreno fértil para mandares teus importantes compromissos te buscar lá na esquina enquanto Tu te dedicas à prática da sagrada arte da despreocupação. Assim, em paz com tua própria alma evitarás te atrapalhar e irradiarás uma influência positiva a todas as pessoas com que te relacionares.

Cuide de si mesmo e não deixe de lutar espalhe a alegria e aprenda perdoar domine seus valores não deixe outro dominar.

Se quiseres profundamente ser, tu já o és.
Se quiseres profundamente fazer, tu já o fez.
Se quiseres profundamente ter, tu já o tens.
Não há segredo pra ti. Não há transtornos, nem obstáculos.
Tudo está disponível para que tu realizes o teu bem querer, o desejo que teu coração embala.
Deixa a tua fraqueza sem alimento.
Deixa o teu medo paralizado nas garras da tua coragem, da tua precisão, da tua determinação.
Refaz teus movimentos e com eles circula pelo mundo que tu queres, o qual te sentes inteiramente bem e feliz.
Traz à luz o teu sorriso, o brilho dos teus olhos.
Traz à consciência o teu valor, quem és verdadeiramente.
Traz a confiança, que teu ser tem em ti mesmo.
És capaz, bem sabes.
Arregaça tuas mangas e vai...
Transformando paredes em portas, barro em vida, cristais em diamantes, luas em sóis.
O caminho é tu quem faz.
Vai com tua paz, com tuas pessoas queridas.
Vai, e não se esqueça de alimentar dia a dia o que te põe em conexão, em alinhamento, em segurança com o teu amor maior:
Tu mesmo!

“Por você eu espero o tempo que for, aprendo a conviver com essa saudade absurda. Porque sei que vai valer a pena quando estivermos juntos.”

O ato da conquista de um grande sonho reflete o sucesso nas lutas diárias para alcançá-lo.

Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.

Tarde demais

Conheço uma mulher, já quase cinqüentona, que passou boa parte da sua vida apaixonada pelo primeiro namorado. Eles tiveram um romance caliente lá nos seus 18 anos, depois se separaram e cada um tomou seu rumo. Ele casou e teve filhos, ela casou e teve filhos. Nas raras vezes em que se cruzavam pelas ruas da cidade, cumprimentavam-se, perguntavam como andava a vida de um e de outro, mas nada além disso. A verdade é que ela preservou o sentimento que tinha por ele por muitos anos, mesmo sendo feliz no seu casamento. Era um amor de estimação. Até que esse amor, tão sem ressonância, tão sem retribuição, tão sem aditivos, um dia evaporou. Perdeu o prazo de validade. Expirou.

Dia desses esta mulher recebeu um telefonema. Era ele. Oi, tudo bom? Há quanto tempo? Trivialidades de quem não se fala há anos. Ela perguntou: o que você conta? Ele respondeu que estava ligando para dizer uma única coisa: eu te amo.

Corta. Não teve happy end. Ela agradeceu o telefonema, desligaram e ambos seguiram suas vidas. Conversando com ela sobre isso, senti sua felicidade e desilusão ao mesmo tempo. Felicidade, logicamente, por ter deixado marcas profundas no coração dele: nem em sonhos ela imaginou que ele também tivesse levado esse sentimento tão adiante. E a tristeza veio da falta de ressonância, mais uma vez. Por que a demora? Por que a falta de sincronia? Como teria sido se ele houvesse dito isso alguns anos antes? Agora já não adiantava.

A beleza e a tristeza da vida podem estar em situações como esta: descobrir, tarde demais, que se ama uma pessoa. Pode acontecer até com quem está ao nosso lado neste instante. Parece que é um amor morno e sem graça, e que se acabar, tanto faz, e só daqui a muitos anos descobrir que nada era mais forte e raro do que este sentimento. Tarde demais é uma expressão cruel. Tarde demais é uma hora morta. Tarde demais é longe à beça. Não é lá que devemos deixar florecer nossas descobertas.

O que todas as pessoas fazem não serve de exemplo, preserve seus valores, suas escolhas, suas atitudes e sua personalidade. Não os entregue simplesmente para “acompanhar o rebanho”. Seja única(o).

Ele olhou para o horizonte, e pensou em tudo o que havia acontecido. Tantas batalhas, tantas pessoas, tantas coisas…. que já nao faziam parte dele. Lá estava ele, sozinho, contemplando o pôr do Sol. Tons de amarelo e vermelho nas nuvens mais altas, a brisa soprando de leve no seu rosto. O mar e a areia acompanhando o vento, naquele último suspiro da tarde… faziam vir tantos pensamentos...

"Uma pessoa que é bem sucedida simplesmente criou o hábito de fazer coisas que as pessoas mal sucedidas não vão fazer."

Nunca nasceu, nunca morrerá. A água não o molha, o fogo não o queima, o vento não o sopra.

A luz mais brilhante que conheço é um grande sorriso sincero.