Coleção pessoal de cpereira604
Para sua indecisão, tenho paciência
Para suas viagens, dou apoio
Para os sonhos, mais idéias
Para as noites em casa, nossas conversas.
Para seu sono, massagem nos pés
Para os meus defeitos, sua compreensão
Para meus filhos, um herói
Para meu sucesso, sua torcida
Para suas cócegas, mil risadas
Para suas bagunças, minha alegria.
Para minhas expectativas, suas possibilidades
Para o desejo em comum, apetite
Para suas promessas, minha credibilidade
Para suas dúvidas, eu tenho as minhas...
Para sua ausência, minha espera
Para o meu medo, sua honestidade
Para o limite de desistir, mais uma noite
Para a tristeza do momento, um futuro diferente
Para o impossível hoje, tempo amanhã...
Para as coisas ruins, borracha.
CURVAS
“Uma reta pode parecer mais segura, mas, nem sempre é o caminho mais bonito.
Projete. Sendo possível, analise a estrada que vem pela frente, mas não deixe de percorrê-la porque nela há muitas curvas. Você pode perder grandes oportunidades.
Evitar as curvas pode tirar de você a possibilidade de viver momentos incríveis, ver paisagens fabulosas e encontrar surpresas inimagináveis.
Sim, há que se ter cuidado. É necessário também projetar a velocidade certa. Nem muito depressa, nem muito devagar. Mas como diz a canção de Walter Franco, “tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo”.
Ouse. Não escolha um caminho tão linear. Caminhos unidimensionais te levam sempre ao mesmo lugar e você fica na dependência de que alguém modifique a paisagem, construa ou devaste algo para que, enfim, se possa ver qualquer coisa nova nesta estrada tão comum.
Em algumas ocasiões é preciso afastar de suas idéias tudo o que te parece mais fácil, rápido ou seguro. Porque às vezes, só parece. Depois de muito tempo andando na mesma direção, você vai se sentir cansado e provavelmente não vai prestar mais atenção em nada que esteja ao redor. E é quando perdemos o foco que o caminho se torna longo e perigoso.
Saiba que existirão curvas arriscadas, onde a chance de cair aumenta. Nesta você provavelmente vai diminuir a velocidade, olhar e pensar: “Devia ter escolhido outro caminho”. Mas lembre-se de que muitos já passaram por ela com êxito e que também é possível cair numa reta. Tudo depende do que pode surgir no meio da estrada para te atrapalhar naquele momento. Ainda assim, se dê a chance de experimentar as curvas e todas as novas sensações que percorrê-la pode te trazer.
Planeje, cuide-se e arrisque. “Mas não deixe de fazer curvas.”
Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...
Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...
Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma.
Você pode voltar e nada ser como antes.
Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso.
Você pode sofrer por perder alguém.
Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples:
Da sua mãe te chamando pra acordar,
Do seu pai te levando pela mão,
Dos desenhos animados com seu irmão,
Do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural,
Do cheiro que você sentia naquele abraço,
Da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver,
E como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter.
De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com o que anda desabafando;
Conte até três (está certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito acompanhado;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.
“Quando o vento sopra estranho é hora de dar atenção ao sexto dos meus sentidos…
É hora de sentar, abrir o coração e falar dos medos, das inseguranças, mesmo que isso me custe ouvir o que já espero, mas não desejo.
É hora de abrir uma caixinha cor-de-rosa no coração e na memória, já me preparando para arquivar os momentos fantásticos, os sonhos bonitos e as expectativas que nem chegaram a se concretizar.
É hora de colocar em prática toda a razão que bem conheço na teoria, mas que pouco exercito na vida de verdade.
Quando o vento sopra estranho é hora de enfiar na cabeça e socar no coração que a maioria das coisas tem começo, meio e fim. De fazer descer garganta abaixo que o começo dura o tempo suficiente para ser inesquecível, o meio é a essência e o fim, é só o fim.
Quando o vento sopra estranho, dá medo de colocar a cara na janela, porque sei que posso senti-lo, porque vou respirar e ele vai me invadir e encher meus pulmões com a convicção de que tudo vai se diluir quando eu expirar.
Então respiro o mais fundo que posso, seguro o máximo que meu corpo agüenta, mas logo preciso expirar…
Quando o vento sopra estranho é sinal de que sua intuição funciona como defesa te dizendo: “Tome coragem!”…
Mas onde está a coragem quando o vento sopra estranho?…”
Ano novo, vida nova.
Esta é uma frase que ouvimos e falamos com freqüência quando um ano se acaba e outro se aproxima.
Mas uma nova vida talvez nos afastasse de pessoas e coisas que almejamos e conquistamos ao longo dos anos velhos. Talvez nos fizesse esquecer lições importantes que aprendemos nas adversidades. Uma nova vida talvez mais nos tirasse do que nos acrescentasse.
Não, não vale a pena desejar uma vida nova. Muito melhor seria desejar apenas novas oportunidades para fazer as velhas coisas de maneira diferente. E como material de trabalho, uma única ferramenta, de nome pequeno, mas de resultado infalível: AÇÃO.
Você pode traçar mil objetivos e ter dez mil oportunidades, mas precisa saber que mudanças dependem de movimentos.
Acredite que a vida é uma dança, onde cada passo é a oportunidade que te aproxima de um objetivo. As oportunidades aparecem todos os dias, mas nem sempre estão à altura dos olhos. É preciso mover-se para que se aproveite a maior quantidade de oportunidades possíveis.
Em 2009, não se imponha metas inacessíveis. Coloque seu foco naquilo que depende apenas de você, e faça seu melhor! Crie uma dança única, só sua. Se for necessário, abaixe-se. Se achar que está difícil alcançar, salte. Se der um passo errado, volte. Se estiver perto, avance.
No final do ano você vai se dar conta de que, lá no fundo, não desejava tanto uma “vida nova”, mas apenas algumas oportunidades de aperfeiçoar a que você já tinha.