Coleção pessoal de CleSantos
Eu quero asas para voar, ir além do que eu possa ver.
Subir mais alto do que as nuvens chegar quase perto do céu, de lá eu posso olhar tudo que tem abaixo de mim, contemplar o horizonte ver mais além, como um pássaro livre minhas asas me levam para onde os meus sonhos querem chegar.
Do meio da África distante veio um grito de dor , me prenderam fui feito escravo eu que era Senhor da liberdade.
Trazido numa caixa de madeira, no meio de águas turbulentas aqui cheguei neste país. De rei liberto a escravo maltratado sofrido.
Dor, revolta, o ódio tomou o lugar no meu peito perdi tudo que tinha. Quantos anos de dor e lombo espancado, quanto sofrimento eu e meus irmãos.
Mas chegou o dia da partida desta terra, cheguei no outro lado.
Ah quanta coisa vi então aprendi mais ainda e o meu coração voltou a bater, mas agora eu tinha compaixão por quem ficou então pedi implorei, deixa esse " fio " curar as dores de quem ficou mas quero fazer como foi a maior dor na minha vida quero ser Preto Velho.
Hoje fui jogado na máquina do tempo e levado de volta a Jerusalém no dia da crucificação, a chamada hoje Sexta Feira Santa.
Olhei ao redor e no alto vi a Cruz e presa nela um homem banhado em sangue, meu coração estremeceu, quanta dor havia ali naquela carne humana, Ele era humano igual a mim, mas era diferente de mim. No olhar não havia mágoas nem revoltas, só ternura.
Abaixei a minha cabeça e chorei, o raio de Amor que Ele me enviou era a maior for a que eu podia receber.
Fui trazido de volta ao presente, olhei as mesas fartas, mas vi também homens jogados na ruas sem nada e eu chorei de novo desta vez porque vi uma Sexta Feira Santa onde não existia a presença do Cristo crucificado com seu olhar de amor, pois nas fartas mesas falta a divisão do pão, falta o amor e sobra a condenação.
Lembrei da turba aos pés do monte o seu barulho ensurdecedor, seus dedos apontando o Cristo que naquele momento ainda não tinha conseguido reformar os corações e vi que mais de dois mil anos depois ainda somos como aquela turba sem rumo, sem entender que Ele não morreu por morrer Ele morreu porque era puro Amor
Sim é Sexta Feira Santa, no nome porque ela somente será a rememoração da verdadeira Sexta de Jerusalém quando nos tornamos a minoria que estava nos pés da Cruz e recebeu no coração a flechada de Amor vida com coração transpassado do Cristo e a partir daí transfirmou-se na turba que espalhou a mensagem de amor ao mundo.
CleSantos
Existem projetos e encontros que são marcados pela Espiritualidade antes do nascimento, mas o véu do esquecimento existe.
Os envolvidos se esquecem do projeto, mas o Espírito mais comprometido sente em si o chamado e insiste até o último momento para que o projeto aconteça, e tenta a todo custo carregar o outro.
Porém, se os encarnados tem sempre um outro plano, a Espiritualidade também tem e muitas vezes para que não se perca a encarnação de um dos envolvidos, muda o roteiro.
Ao Espírito que desejava o cumprimento da tarefa, ficará a tristeza da postergação, mas o desejo de servir o comprometerá na nova tarefa apresentada.
Me chamam de Preto velho ou preta velha.
Não me importo, guardo dentro de mim um sabedoria muito grande. Trago na lembrança todos as dores porque passei nesta terra.
Tragona mais forte ainda a certeza que hoje quero ajudar meus irmãos que estão na terra independente da cor da pele.
Preto velho pela cor da pele, pela idade que acham que tenho.
Na verdade não importa, o que importa é vocês saberem que tenho muito conhecimento dos mistérios desse mundo e do de cá.
A quem me busca minha bênção, sempre ajudo os que de coração me buscam.
Lembro sempre somos todos irmãos. Preto velho hoje mas seu irmão sempre.
O vulcão em erupção jorrando sua lava vindo do mais profundo da terra é o sinal de que o ser humano que não retira do fundo do seu ser as coisas velhas para se renovar um dia querendo ou não irá transbordar.
Agora o homem tem a escolha de transbordar somente coisas boas, só cabe a ele guardar dentro de si o melhor.
CleSantos
As vezes não temos nada, mas ainda assim temos um medo paralisante de pegar o novo e deixar o nada para trás
CleSantos
Se quero fazer a caridade material, antes de mais nada não me cabe o julgamento do porque aquela pessoa está naquela situação ou o que irá fazer com o que doei.
Faz a tua caridade, envolve aquela prece em momento de gratidão a Deus que te permitiu ser a mão que auxilia. Deixa a consciência do ajudado a resposta a Deus do que irá fazer do benefício ou a resposta se os motivos não foram verdadeiros.
CleSantos
Às vezes precisamos deixar tudo que conhecíamos e era tão nosso para trás e aceitar a aventura do novo.
O novo é um percurso todo diferente de tudo que você viveu e imaginou, é aceitar novos processos e formas de encarar a chamada vida.
O novo não significa que é fácil, mas é a melhor forma de encontrar a tão chamada paz.
O novo vai trazer muitas coisas inesperadas e sem explicações, mas principalmente vai te fazer feliz.
Deus, no momento em que o peso nos meus ombros me fizerem cair, como o Cristo carregando a Cruz a caminho do Golgota, que eu lembre de levantar o rosto olhar para o céu e acreditar que você irá mandar um Cirineu para me ajudar a continuar.
Deus que mesmo diante desse peso eu tenha o discernimento para enxergar e aceitar a ajuda do Cirineu, pois ele as vezes vem revestido de formas tão sutis que meu orgulho não me permite identificar tua mão me ajudando.
CleSantos
A mente humana é semelhante o campo de plantação.
Sempre precisa ser revolvido para retirar o material velho que impede o crescimento de novas idéias, no campo retira-se as ervas daninhas.
Tem que semear novas idéias, isso é feito com boas leituras, conversas salutares até mesmo com momentos de silêncio, no campo é o momento que aduba a terra e coloca as sementes.
Por fim vem a colheita que no caso do homem é o resultado do seu dia, são suas atitudes, seu modo de viver e encarar a vida.
CleSantos