Coleção pessoal de ClaudinhaLima

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Como dizer as coisas certas



Há alguns meses eu estava almoçando no México, e uma amiga – Cristina Belloni – fez um comentário:

- “Acho que Deus não me escuta mais, porque vivo enchendo a paciência dele”.

Todos os que estavam na mesa, riram. De minha parte, acho que Deus escuta sempre, não importa quantas vezes pedimos alguma coisa. Entretanto, o comentário de Cristina me fez lembrar uma história, narrada pelo jesuíta Anthony de Mello em seu livro “O Enigma do Iluminado”:

A história dos dois videntes

Pressentindo que seu país em breve iria mergulhar numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores videntes, e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava viver.
- “Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver todos os seus filhos mortos”.

Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras. Então, a guerra civil era realmente uma ameaça! Desesperado, chamou um segundo vidente.

- “Quanto tempo viverei”? – perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.

- “Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa, que ultrapassará a geração dos seus filhos, e chegará a geração dos seus netos”.

Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata. Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:

- Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foi executado, e você recebeu recompensas. Por quê?

- Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz. Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.

Já fui frágil, sensível e doce. A vida me fez forte, porém a doçura se foi... Pena... preferia a fragilidade e doçura ao azedume de agora...

TENDO A VITÓRIA NO LAR

“Pela sabedoria a casa é edificada...”
(Provérbios 24:3 NKJV)

Construir um bom relacionamento em
casa é como construir uma parede:
É necessário colocar tijolo por tijolo.
E o cimento que une esses mesmos tijolos é o amor incondicional, sem condenação e sem egoísmo.
A única maneira de você saber se o trabalho que fez foi
bom é quando ele é testado pelas tempestades da vida.
Uma das chaves mais importantes para se ter
vitória no lar é - comunicação.

Portanto:

1) Torne-se criativo.
Passem tempo juntos como família.
Chame seu cônjuge durante o dia e tente
encontrar-se com ele para almoçar.
Leve seus filhos á escola ou ao treino de futebol
para ter tempo para falar com eles.
A comunicação pode acontecer em qualquer lugar, mas ela não acontecerá a não ser que você a torne uma prioridade.

2) Identifique os ladrões da comunicação.
A Internet, os telefones celulares
e a TV são os principais culpados.
Um casal normal passa menos de uma hora por semana envolvida em uma atividade de comunicação expressiva.
Ele passa diariamente cinco vezes mais vendo televisão.
Este é um teste pelo qual você deve passar
se quiser ter vitória em seu lar.

3) Incentive cada membro da família a dizer o que sente.
E quando eles o fizerem, não critique nem revide. As diferenças de opinião são saudáveis.
Se forem tratadas da forma correta,
podem fazer as coisas melhorarem.

4) Tenha consciência da forma como
você interage com sua família.
Você pode ter adotado não intencionalmente
um estilo que sufoca a comunicação.

Pare e reflita.

Você:
a) Revida? - isto gera depreciação
b) Domina? - isto gera intimidação;
c) Isola? - isto gera frustração;
d) Coopera? - isto gera encorajamento.

Se você tem o habito de usar qualquer estilo de
comunicação que não seja o cooperativo, comece
a trabalhar imediatamente para mudar isso.
Se você quer construir ¬um bom relacionamento
com a sua família, você precisa fazer isto.

Os patos de Rui Barbosa

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
"- Dotô, eu levo ou deixo os pato?"