Coleção pessoal de ClaudiaViCon
Porto seguro, fortalezas de areia
fantasias, enfeites de vida
Romances inventados
Ora o fogo
Ora o gelo
Eu ainda existo
Embora o cotidiano tenha tomando conta de tudo, e me engolido sem ao menos pedir permissão
Como algo no fundo de uma gaveta
esquecido
Uma alma apagada, enfraquecida,
de tanto ceder
Porém, ainda pulsa
Espero ainda me reconhecer, por traz de tantas renúncias
De tantas páginas escritas no silêncio da minha fala
Ainda estou aqui, bem no fundo
Porque eu, que um dia fui mais livre
Ainda existo
Inteira
Existe uma janela
Abro essa janela, sempre bem cedo.
O sol sempre está lá
Tem calor
Tem pássaros, flores
Uma janela de vida
Mas existe tempo certo para fecha-la
Sempre tenho que fecha-la
E conviver tb com as minhas paredes
São dois mundos
E de fora e o de dentro
O imaginário e o real
Vivo os dois
Um complementa o outro
Mas dá vontade de pular
E viver ao sol
Por todos os dias
Pelo resto da minha vida
E se um dia te ver
Não direi uma só palavra
Todas serão desnecessárias
Vou tomar dos teus olhos
Teu significado
Vou beber na tua boca
O gosto da tua alma
E escrever na pele do teu corpo
O mais belo poema que eu puder fazer
Poderia ter feito vc rir
ou chorar com minhas histórias
Porque eu sou todas elas,
as histórias
Sou o que aconteceu comigo, o que vc não sabe e o que não viu
Sou um resultado
E nós somos apenas
estranhos desconhecidos
O desconhecido é uma caixinha de surpresas. Só sabe o quem tem nela, aquele que consegue abrir
Quase sempre com muito esforço
Quase sempre com alguma dor
E às vezes
nada tem lá dentro
Paixão
De onde é que vc vem?
Desconstruindo minhas fortalezas
Me apresentando um medo
Quase visceral
Um desejo descontrolado
De vida, de pulso
De onde é que vc vem?
Tirando meu sono
Meu sossego
E tem o amor...
Que se transforma em dor
Que se transforma em mágoa
Que se transforma em ódio
Que se transforma em nada