Coleção pessoal de ClaudiaPoetisa

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Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

A estrela da vida

A estrela brilha novamente
Me fazendo ver de repente
A profundidade de ser
E a complexidade de viver

A estrela brilha sempre
Sempre ali, constantemente
Mesmo que eu não possa ver
Ela não deixa de ser

Assim como é constante
Ser a cada instante
Sem ter a consciência de ser
Viver por simplesmente viver

Constante e incerta
É a vida que nos cerca
Essa estrela que vejo brilhar
Pode já estar morta

Se não entendo o que é ser
Muito menos viver
Como saberei que estou
Se nem sei se sou?

Meu jeito de amar

Amo de forma louca
Não sei amar com calma
Só sei beijar a boca
Se sentir na alma

Só sei me entregar por inteira
A metade não me satisfaz
Só sei amar dessa maneira
Onde o amor não encontra paz

Sei dar carinho
Sei viver momentos de amor
Mas só segue meu caminho
Quem sabe conviver com a dor

Não gosto de contos de fadas
Não vivo uma ilusão
A realidade mesmo que amarga
Faz bem ao meu coração

Incomodo!

Tudo em mim incomoda
Afeta os conceitos
Meu costume fora de moda
De impor meu jeito

Quando peço bom senso
Quando quero ficar só
Quando preciso de silêncio
De ninguém ao meu redor

Minha falta de humor
Meu riso sincero
Meus gestos de amor
Quando amor espero

Tudo em mim incomoda
Causa desconforto
Meu jeito não se molda
Não cedo sem esforço

Minhas dores incompreendidas
Incomodam ainda mais
Só desejo na vida
Encontrar minha paz

Não peço compreensão
Nem que entenda meu jeito
Jamais pedi admiração
Mas exijo respeito